Folha Metropolitana

Matéria do Folha Metropolitana sobre minha passagem pela Feira de Guarulhos.

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Enjoy.

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SALÃO DO LIVRO


João Machado

Rafael Draccon traz literatura fantástica para Salão do Livro
Draccon contou que decidiu trabalhar com cinema criança, com 6 anos, após assistir um filme do Bruce Lee
Rafael Draccon traz literatura fantástica para Salão do Livro
Juliana Aguiar Carneiro

O roteirista e escritor de literatura fantástica Rafael Draccon esteve na tarde de ontem na 3ª edição do Salão do Livro de Guarulhos. Os fãs aproveitaram a oportunidade para discutir livros, roteiros, séries e participar de uma tarde de autógrafos.

Draccon contou que decidiu trabalhar com cinema criança, com 6 anos, após assistir um filme do Bruce Lee. De acordo com ele, a admiração pelo ídolo fez com que ele buscasse as mesmas qualidades Lee.

“Depois de assistir o filme eu decidi que seria igual ao Bruce Lee. Demorou 20 anos para eu conquistar as mesmas qualidades, mas hoje sou escritor, trabalho com cinema e também sou faixa preta”, disse.

Draccon também contou que adquiriu o hábito da leitura jovem e que seus autores prediletos eram Monteiro Lobato, Pedro Bandeiro e Maurício de Souza, mas foi na adolescência que ele descobriu a literatura fantástica.

“Apenas na adolescência que eu passei a ler livros de literatura fantástica, como o ‘Senhor dos Anéis’ e ‘As crônicas de Nárnia’. Esses clássicos são importantes à formação de um leitor, porque envolvem o jovem em uma magia, que o mesmo começa a gostar de ler.”

Rafael escreveu o primeiro romance da série de literatura fantástica: ‘Dragões de Éter’ , durante a faculdade. Ele afirmou que rapidamente o livro atingiu o 1º lugar no site Submarino. “Eu queria resgatar uma história que a minha geração viveu, assistindo o desenho ‘A Caverna do Dragão’.”

Quinta edição do ‘Guerra dos Tronos’ chega ao Brasil no próximo mês

Responsável por trazer ao Brasil a obra ‘Guerra dos Tronos’, do autor George R.R. Martin, Rafael Draccon garantiu ontem que a quinta edição do livro chega às livrarias de todo o País no próximo mês.

“Fui o responsável em trazer o livro ao Brasil, antes ninguém conhecia o autor. Insisti na minha editora para que o livro fosse publicado. O autor demorou cinco anos para escrever a última edição. Agora existe uma pressão dos leitores para que ele escreve mais rápido as próximas edições, que vai até a sétima”, disse.

‘A Guerra dos Tronos’ narra uma história de lordes e damas, soldados e mercenários, assassinos e bastardos, que se juntam em um tempo de presságios malignos.

Clube do Livro Saraiva 2012

Post muito bacana e sincero do escritor Marcelo Amaral, autor do livro Palladinum, comentando sobre o evento sábado passado, ao meu lado e de Luís Eduardo Matta.

O Clube do Livro Saraiva é comandado uma vez por mês pelo fenômeno de comunicação e mediadora de Lauren Kate na Bienal do RJ, Frini Georgakopoulos, na Saraiva do Shopping Rio Sul, no Rio de Janeiro.

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Enjoy.

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Clube do Livro com Draccon, LEM e Eu! Saiba Como Foi.

Sábado passado, dia 28/04, foi um dia bem especial para mim, pois foi a primeira vez que falei para uma plateia como escritor, um mês após o lançamento do Palladinum, meu primeiro livro.

Por si só, isto já seria motivo de certo nervosismo de minha parte. Contudo, minha estréia se deu ao lado de duas feras da literatura nacional: Raphael DracconLuís Eduardo Matta, o LEM, que foram os responsáveis por arrastar uma multidão para o evento. Ou seja, minha ansiedade era grande! O__o

Quando a Frini me convidou para esse Clube do Livro, ela me explicou que queria justamente mostrar as visões de quem já atua há muito tempo e a de quem acabou de entrar no mercado editorial. O resultado foi um bate-papo muito rico, onde três experiências diferentes foram passadas ao público presente. Um público, aliás, que interagiu muito, com perguntas inteligentes, inclusive de vários aspirantes a escritores.

O resultado desse encontro, segundo a própria Frini, foi o maior público de todos os Clubes do Livro, junto com o do André Vianco, nosso mestre da literatura de terror nacional.

Para mim foi uma experiência fantástica estar ali, vendo a cativante sinergia que existe entre o Draccon e o LEM, e me deixando contaminar por ela, de modo que meu nervosismo ficou de lado. A todo momento, durante a palestra, recebi palavras de incentivo do Draccon, e para mim isso foi muito importante. Me senti acolhido por esses dois escritores, a quem admiro cada vez mais, a cada novo encontro.

E o que dizer da Frini? Ela nos deixa à vontade, ela é divertida, um fenômeno. Alguém dá um programa pra ela na TV, por favor!!!

Mas a melhor parte foi ouvir, ao final do bate-papo – enquanto o Draccon era merecidamente assediado por uma fila com dezenas de fãs –, o feedback das pessoas que já leram Palladinum. Seja o menino de dez que amou essa aventura e agora quer escrever seu próprio livro; seja do senhor de sessenta, também um contador de histórias, que está se divertindo muito com o livro que ganhou da filha (ficou me contando as passagens que mais gostou dando muita risada); seja de uma jovem que terminou agora seu mestrado e, habituada a ler rápido, devorou as 460 páginas do livro em um só dia. Ela amou o livro e já me cobrou a continuação!

Tudo nesse dia foi perfeito. Sou muito grato aos envolvidos e principalmente à todos que compareceram.

Ah, no final, claro que eu fui também pegar meu autógrafo do Draccon!!! Pena que não levei o Box completo, pois eu já saí de casa todo carregado! Ele assinou com uma dedicatória que me deixou emocionado:

Autógrafo Draccon

Encerro o post com uma galeria de fotos. Peço às pessoas que foram ao evento que me mandem suas fotos, vídeos e links de postagens em blogs com suas impressões desse último CdL. Postarei tudo aqui!

Em breve pretendo publicar um vídeo do evento, gravado pelos amigos Rafael, Vivi e Spina.

Um abraço,
Marcelo Amaral.

Impressões de quem esteve lá:

Post do Blog Hachiikko’sDragões de Éter, Palladinum, As Bem Resolvidas – Uma tarde de aprendizado

Post do Blog Murmúrios PessoaisBate-papo animado no Clube do Livro Saraiva com a presença de Raphael Draccon, Marcelo Amaral e Luis Eduardo Matta

Post do Blog No Meu MundoClube do Livro Saraiva – Brasileiros na Literatura Jovem

Dragões de Éter – leitor escala elenco nacional

O leitor leko019 escalou em vídeo um elenco nacional super simpático para “Dragões de Éter – Caçadores de Bruxas”.

Para conferir, só dar play abaixo.

Enjoy.

Nova resenha de Dragões de Éter no “Steillen”

Levitra online
Levitra

Resenha de Dragões de Éter por Amanda Steilein.

Link original aqui.

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Resenha: Caçadores de Bruxas, Dragões de Éter #1, por Raphael Draccon ♥


Nem sei por onde começar a resenhar esse livro. Sinceramente. Eu o adorei de diversas maneiras diferentes por ele simplesmente ser diferente daquilo que eu tinha lido até então. Eu já ouvi pessoas dizendo que o coto de fadas dela era diferente. Que as fadas delas eram diferentes e que o muno encantado delas também era original. Mas, francamente, na maioria das vezes eu não concordava. Mas eu não posso dizer isso de Nova Ether. Dificilmente. Primeiro que Draccon é muito corajoso por reunir todos os contos infantis e dar uma sequência a eles. Já devo ter dito isso aqui antes, mas é verdade. Esse tipo de coisas é muito propensa a críticas de diversas fontes e lados. Eu, por exemplo, sou uma daquelas que vai ficar pra sempre clamando para que Raphael Draccon jamais pare de escrever e ter boas ideias como essa. Dá pra ter uma ideia do quanto o livro me enfeitiçou.

Dito isso, agora acho que consigo começar.

Em Nova Ether reina uma Era de paz e tranquilidade após a Caçada das Bruxas que consagrou Primo Branford, o filho do moleiro, como um herói e o fez subir ao trono. Porém, não qualquer trono, mas sim no Maior Reino, Arzallum, tornando Primo o Maior de Todos os Reis. Embora a paz tenha sido conquistada com muito suor e luta, as coisas estão ameaçadas e não somente em Andreanne. Quando um pirata com título de crocodilo começa um sanguinário e perigoso conflito aportando em Andreanne, as coisas começam a mudar  e ficar no mínimo perigosas. E é então que ninguém mais pode ignorar o episódio da Casa de Doces ou da garota do maldito chapeu vermelho. Uma nova Caçada é iniciada, abalando os pilares grandes e fortes que sustentam o Grande Rei no seu trono.
Muitas pessoas antes citaram e eu posso repetir isso sem nenhuma dúvida: Caçadores de Bruxas é um livro espiritualista. Não de auto-ajuda como as pessoas automaticamente pensam quando ouvem essa palavra, mas sim de um espiritualismo sincero que é colocado nas páginas da fantasia como uma coisa essencial na vida de qualquer um. Particularmente, eu concordo com isso até mesmo aqui, na vida real, de modo que não achei nada espantoso o fato de um Criador precisar que os nova-etherianos pensem nele para continuar existindo e vice-versa. Mas, voltando ao livro e deixando de lado minhas crenças por alguns momentos, o livro nos ensina coisas - sim, ele o faz e você pode achar isso estanho em um livro de fantasia, mas abra sua mente por alguns minutos – e seu ensinamento principal, pelo menos no meu ponto de vista, é a importância de ter fé. Nós vemos isso de maneira clara nos personagens e nos acontecimentos. Um simples pedido do segundo príncipe Axel (adorei esse nome por motivos óbvios), uma prece silenciosa de Ariane Narin e até mesmo uma atitude inesperada (mas que devia ser esperada) da Rainha-fada Terra.
Verdade seja dita: eu me perdi no meio desse universo fantástico e me imaginei claramente nas terras de Nova Ether, assistindo a tudo com meus próprios olhos, navegando pelos túneis do tempo, transferindo éter, assistindo um troll cinzento e um Mestre Anão duelarem ensandecidamente e até presenciar um beijo sob o céu estrelado entre um príncipe e uma plebeia. Tudo é descrito de maneira minuciosa e de um modo que faz você devorar cada página esperando pela outra com mais ansiedade ainda e a história só te prende cada vez mais. É um livro que todos que sentem aquela curiosidade em saber o que aconteceu depois do ‘para sempre’ nos contos de fadas, definitivamente, deveriam ler.


SINOPSE
Nova Ether é um mundo protegido por poderosos avatares em forma de fadas-amazonas. Um dia, porém, cansadas das falhas dos seres racionais, algumas delas se voltam contra as antigas raças. E assim nasce a Era Antiga.

Essa influência e esse temor sobre a humanidade só têm fim quando Primo Branford, o filho de um moleiro, reúne o que são hoje os heróis mais conhecidos do mundo e lidera a histórica e violenta Caçada de Bruxas.

Primo Branford é hoje o Rei de Arzallum, e por 20 anos saboreia, satisfeito, a Paz. Nos últimos anos, entretanto, coisas estranhas começam a acontecer…
Uma menina vê a própria avó ser devorada por um lobo marcado com magia negra. Dois irmãos comem estilhaços de vidro como se fossem passas silvestres e bebem água barrenta como se fosse suco, envolvidos pela magia escura de uma antiga bruxa canibal. O navio do mercenário mais sanguinário do mundo, o mesmo que acreditavam já estar morto e esquecido, retorna dos mares com um obscuro e ainda pior sucessor. E duas sociedades criminosas entram em guerra, dando início a uma intriga que irá mexer em profundos e tristes mistérios da família real.
E mudará o mundo.

Dragões de Éter – #Na Minha Estante

Resenha de Amanda Steilein para a seção “Na Minha Estante”.

Link original aqui.

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Na minha estante #1

Eu odeio não ter tempo suficiente para ler. Mesmo com o dia-a-dia corrido, entre responsabilidades e deveres, consigo dar uma driblada e ler um bom livro. Mas é claro, pra quem acompanha o blog desde a época em que eu lia uns três livros por semana, deve estar estranhando esse súbito stop nas resenhas. Não é porque eu parei de ler – continuo lendo, acredite! -, mas é porque a velocidade da leitura diminuiu, assim como o tempo para a mesma. Para o blog não perder o propósito principal que seria a literatura e para eu não ficar postando textos ou depressivos ou de incentivo do tipo “acredite nos seus sonhos”, vamos conver, isso não está mais enrolando os seguidores, resolvi criar essa coluna, Na minha estante. É basicamente falar sobre minhas metas de leitura, um livro que estou lendo o que comprei e está apenas aguardando a sua vez. Alguma coisa assim. E para estrear essa nova coluna que pretendo ter com a mesma frequência que os Devaneios e as Músicas (olha só onde fomos parar, tsk tsk), nada melhor que um autor brasileiro.

E não, dessa vez não vou declarar amor eterno a escrita do Eduardo Spohr.

Alguns dias atrás, após outros dias de espera ansiosa, finalmente chegou o box da trilogia Dragões de Éter que eu havia comprado no Submarino numa promoção relâmpago super interessante. Já fazia um bom tempo que eu queria ler esses livros, primeiro pela temática me agradar e segundo pelas resenhas que eu li terem dado ótimas críticas quanto ao autor e ao modo dele escrever. Constatei que tudo isso não era mentira já nas primeiras páginas de Caçadores de Bruxas.

O modo que Raphael Draccon descreve os cenários, as situações e os próprios personagens dá a entender que ele realmente sabe do que está falando. É claro, você irá dizer. Ele é o escritor. Sim, eu sei disso. Mas tem vezes que quando a narração é em terceira pessoa, o autor não consegue passar aquela intimidade com os personagens, entendem? Não que seja algo frio, dificilmente, mas algumas vezes fica vago, isento de muitos detalhes. Com Raphael Draccon a coisa é bem diferente.

A narrativa é feita em primeira pessoa, porém a história não é narrada pelo protagonista. Em nenhum momento o narrador se defronta com os outros personagens e isso é peculiar, porque dá a impressão que o narrador é alguém de fora, que pode observar tudo e todos eu suspeito do que o narrador seja, mas ei, não me deem spoiler, estou na metade do livro, muito obrigado sem se preocupar em ser visto. Outro ponto são os personagens. A história não é narrada apenas pela Ariane Narin ou João e Maria Hanson ou pelo príncipe Axel Terra Branford ou Primo ou alguém em particular, mas sim por todos eles. Sim, é claro que alguns personagens como Maria e Axel, Ariane e João, possuem um destaque maior, pelo menos na primeira metade de Caçadores de Bruxas. Não importa realmente a quantidade de personagens que narram se o autor sabe levar o leitor a todos os lugares que ele deseja, de um porto velho de Andreanne ao Palácio do Rei Primo. E tenho de confessar que Raphael Draccon faz isso com maestria.

Reunir vários contos de fadas num lugar só e construir uma sociedade com eles não é uma tarefa fácil. Primeiro porque Caçadores de Bruxas é uma situação pós-lobo mau, pós-bruxa má, pós-felizes para sempre. Depois, são contos que todas as pessoas conhecem e se é perigoso para um escritor lidar com algo desconhecido do público, é ainda mais árduo agradar com algo que eles já conhecem. Mas, por incrível que pareça, essa “salada de personagens” teve um ótimo resultado. Não sei como explicar, mas é divertido ler um livro que retrata toda uma suposta continuidade dos contos que você ouvia desde criança. Mas mais interessante ainda é a base, a autenticidade que Raphael Draccon trouxe para Nova Ether, criando assim, seu próprio universo, com seus próprios personagens, com suas próprias histórias e personalidades, com uma trama de acontecimentos que intrinca cada uma delas, fazendo de qualquer marujo um personagem importante para o desenrolar da história.

A minha pergunta e acho que a de muitas pessoas também era, sempre foi: “O que aconteceu com eles depois do felizes para sempre?” Ninguém nunca tinha uma resposta. Eles não envelheciam, não morriam, não tinham filhos ou cresciam e tinham suas namoradas ou namorados? Parece até que, de um modo único e encantador, Raphael Draccon está respondendo essas perguntas, não só minhas, mas de muita gente por aí.
Já até sei a história qe vou contar para meus filhos. Não um feliz para sempre, mas, depois de muitas anos, em um Reino de Nova Ether, aos arredores de Andreanne um príncipe conheceu uma plebéia e o irmão dela conheceu uma menina cujo chapeu já fora vermelho, onde, numa taberna, um caçador reencontrou a protegida, onde um plebeu virou Rei, assim mesmo, com letra maiúscula.

PS: Minha reação quando descobri que a imagem do site oficial de Dragões de Éter se mexe, muda de clima etc, foi muito histérica. Gostei disso, hein *-*

Revista Fantástica – Tributo Dragões de Éter

A Revista Fantástica prestou uma homenagem à série Dragões de Éter em forma de edição de video, ao som da música Dream About Me, de Moby.

O link original pode ser encontrado aqui.

Ficam aqui também os agradecimentos aos integrantes pelo eterno esforço em prol da literatura fantástica, e em especial ao Luiz Ehlers pela trabalhosa edição.

Enjoy.

Dragões de Éter no “A Irmandade”

Resenha de Gutemberg Fernandes para o A Irmandade.

Link original aqui.

Enjoy.

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Dragões de Éter : Caçadores de Bruxas

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Dragões de Éter: Caçadores de Bruxas

Nova Ether é uma terra feita de magia e encantos, criada pela inspiração de deuses e alimentada pelos sonhos e desejos de um sem-número de semideuses. E para manter a ordem, a paz e promover o bem que estes semideuses tanto prezam existem seres especiais, avatares na forma de poderosas fadas-amazonas cujos objetivos eram testar os mortais e presenteá-los caso se mostrassem valorosos. Mas diante de várias falhas dos humanos com que uma fada se deparou um sentimento sombrio se apoderou de seu coração e ela perdeu seus dons puros, tornando-se a primeira fada caída e a precursora de uma das mais cruéis eras que aquele mundo já havia visto. Nos anos seguintes a queda da primeira fada, outras seguiram seu ruidoso caminho, levando junto de si humanas que uma vez tocadas pelas trevas passaram a ser conhecidas como bruxas.

O enredo de Caçadores de Bruxas tem início alguns anos após a grande caça as bruxas realizadas pelo, até então camponês, Rei Primo Branford que com o seu suor, sangue, aço e esforço somado ao de outros tantos, conseguiu destruir a maior parte daquelas encarnações do mal e de suas seguidoras humanas corrompidas. Logo nas primeiras páginas somos apresentados aos personagens que nos acompanharão durante todo o desenvolvimento da narrativa e as suas tragédias particulares assim como a um panorama geral sobre o povo e alguns costumes de Arzallum e Nova Ether.

Os irmãos João e Maria Hanson assim como a pequena Ariane Narin eram crianças que tinham tudo para terem uma vida feliz e tranqüila caminhando e brincando pelas ruas de Adreanne, a capital da grande nação de Arzallum. Porém os três tiveram em suas breves vidas traumas que os marcaram para sempre; cada um deles fora vítima de bruxas malignas ou passaram por acontecimentos terríveis. E como fora com essas crianças havia sido antes com dezenas, centenas e talvez milhares de outras pessoas antes do levante do Rei Primo.

Além destes completam o núcleo de personagens importantes de maneira direta para a trama: o segundo príncipe de Arzallum, Axel Terra Branford; sua mãe, a rainha fada Terra Branford; o exótico professor Sabino Von Fígaro e a misteriosa Madame Viotti além dos antagonistas, mas prefiro deixar estes para a curiosidade e descoberta durante a leitura.  Sendo narrado em capítulos que se revezam entre as visões dos protagonistas e cujos tamanhos variam o livro é de leitura fácil e viciante, em alguns pontos, cômico, em outros, profundo e romântico.

E um detalhe interessante quanto à narrativa é a presença de um narrador peculiar que temos ao longo das páginas. Quase como um personagem a parte, este ser que nos conta a história de forma onisciente possui uma personalidade que ajuda a casar os momentos tensos e dramáticos com os mais amenos de maneira magistral, um dos grandes pontos fortes da escrita do carioca Raphael Draccon.

Durante todo o transcorrer do livro as cenas, diálogos e descrições mantém o mesmo ritmo de desenvolvimento, e desde a primeira página este é rápido e envolvente. O enredo fluí com naturalidade, os diferentes pontos de vista se intercalando de maneira homogênea, permitindo ao leitor ter o vislumbre de vários acontecimentos, mas sem se perder entre os mesmos. Outro ponto de destaque é a construção da personalidade dos personagens. Cada um possui seus defeitos e medos assim como virtudes e motivações o que os torna tão apaixonantes em vários os sentidos.

O universo criado ou, parafraseando o autor, redescoberto por Raphael Draccon é ricamente singular, mesmo sendo formado por vários elementos clássicos da fantasia e dos contos de fadas. Valendo-se tanto da temática sombria originalmente moldada pelos Irmãos Grimm assim como dos contos populares com seus finais felizes e príncipes galantes, Draccon deu forma a uma nova visão ao que já existia e o trouxe para mais próximo ainda do leitor, sendo cada página lida muitas vezes uma experiência que envolve diversos sentimentos diferentes. Temos lá desde o lobo mau, que realmente é um lobo, até os três porquinhos, modificados para serem orcos, criaturas semelhantes a orcs mas com aparências de porcos.

E além da influência da fantasia também temos vários ícones pops aparecendo volta e meia tanto de maneira velada, como nos trejeitos das crianças e adolescentes com suas gírias, quanto em homenagens como as estrelas Cobain, Blake e Prince. E este é um fator que torna Caçadores de Bruxas, e todos os livros da série, mais próximos dos leitores, pois não há aquele distanciamento muitas vezes provocado pelo vocabulário usado pelos autores em seus livros medievais. Nova Ether pode ser definida como um mundo épico trazido as luzes de nossa era contemporânea, mas sem perder a elegância e magia do fantástico.

Não posso esquecer-me de dizer que o desenvolvimento da história assim como  maneira que esta se encaminha para o desfecho é fenomenal. Mesmo este sendo um volume inicial de uma trilogia há um encerramento que uni muitas pontas soltas que haviam surgido no transcorrer da leitura, mas também deixa outras tantas perguntas para o próximo volume e o seguinte. Curiosidades e questionamentos que fazem com que você não veja a hora de por as mãos em Corações de Neve e devorar também cada página.

E devo salientar que a parte de revisão, diagramação e estética  desta série é um primoroso trabalho da Editora LeYa. As capas são mais firmes do que a maioria dos livros, assim como orelhas e contracapa além de terem ilustrações belíssimas. A fonte usada nos livros é de um tamanho excelente para a leitura, o que deu um pouco de volume ao livro, porém nada que atrapalhe, pois um dos únicos pontos negativos que tenho que frisar é que acabou muito depressa a história (rs).

Enfim, Caçadores de Bruxas é o primeiro volume de Dragões de Éter, uma série épica que resgata a pureza dos contos de fadas e os transforma. Que encanta, emociona e fascina a cada palavra, a cada linha… e ao final você também será mais um dos semi-deuses que com seus sonhos irá manter Nova Ether viva e pulsante.

“Se os sonhos são forjados no éter hoje… nós iremos tocar na quinta-essência”

Video-resenha de “Espíritos de Gelo”

Video-resenha de Espíritos de Gelo por Fabricio Martines.

Fabricio já havia feito uma resenha por escrito no blog “Eu Penso Sozinho“, encontrada aqui.

Enjoy.

Dragões de Éter no Wazup?

Resenha de Helena Lange para o Wazup?.

Link original aqui.

Enjoy.

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Resenha: Dragões de Éter – Raphael Draccon

Eu já comentei sobre esse livro no meu twitter (aqui, aqui, aqui, aqui e aqui) e de fato precisa de muitos comentários. A principio pode soar confuso e chato, mas quando a gente pega o jeito do autor as coisas se tornam claras. E repito, é o tipo de livro que a gente não tem vontade de parar de ler.

Conto por experiencia própria: sempre tem uma parte de um livro que a gente não gosta tanto e é uma regra que eu não podia ser exceção. A parte de Snail Garford (leia e saberás) sempre me entediou, sempre, mas os capitulos são intercalados em um esquema 1-2-3-4-1-2-… e eu ficava tão curiosa a respeito das outras partes que continuava lendo. Sabe aquela frase “vou ler só mais um capítulo”? Ou “eu preciso saber o que acontece com esse personagem então vou continuar lendo”? É exatamente disso que eu estou falando e quando a gente se dá conta, acabou o livro :(

Em menos de 300 páginas Dragões de Éter vira uma salada de contos de fadas e histórias contadas para crianças (Faz-me lembrar dos irmãos Grimm) que nao fazem o menor sentido separadamente mas que Raphael Draccon as interliga com maestria na pele de um bardo. Além de escrever de forma extremamente simples e ao mesmo tempo com uma riqueza incrível de detalhes, é regado a muita crítica e ironia. A história se desenrola como se o autor realmente conversasse com o leitor, com certos devaneios e auto-críticas.

eu tenho *-* lindão

Nova Ether é o mundo onde tudo acontece sombriamente, dividido em dois continentes e um sem-numero de reinos. Sem divindades mas com semideuses sempre presentes; e as fadas são encarnações desses semideuses, como avatares. Os habitantes desse mundo são os personagens das histórias infantis (Chapeuzinho branco que virou Vermelho, João e Maria, Gato de Botas, Branca de Neve, Capitão Gancho, …) que desconectados não tem nada a ver um com o outro e que são ligados por fatos possíveis para a realidade da fantasia épica escrita por Draccon; de onde vem, para onde vão e o que acontece depois do “Fim”. As motivações e razões para que esses personagens se tornem heróis são completamente humanas: orgulho, amor, guerra, saudade. Os momentos de paz em Arzallum que foram declarados após o fim da Caça às Bruxas está perto do fim e uma nova caçada vai acontecer.

Volto, assim que der, com Corações de Neve e Círculos de Chuva :)

Trechos que eu mesma transcrevi: http://bit.ly/wds9m9, http://bit.ly/Ad73Rx

Quer uma dica? Considere, inclusive, ler o epílogo e as orelhas do livro antes do restante da história.

Dragões de Éter no “As Palavras Fugiram”

Resenhas de Octávio Henrique para o As Palavras Fugiram.

Link original aqui e aqui.

Enjoy.

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Resenha: Caçadores de Bruxas – Raphael Draccon

12:00 | Por Marta Safaneta |

Saga: Dragões de Éter v.1
ISBN: 9788562936333
Páginas: 438
Editora: Leya
Ano: 2010
Avaliação:

Nova Ether é um mundo protegido por poderosos avatares em forma de Fadas-Amazonas. Um dia, porém, cansadas das falhas dos seres racionais, algumas delas se voltam contra as antigas raças. E assim nasce a Era Antiga.
Essa influencia e temor sobre a humanidade só tem fim quando Primo Branford, o filho de um moleiro, reúne o que são hoje heróis mais conhecidos do mundo e lidera a histórica e violenta Caçada de Bruxas.
Primo Branford é hoje Rei de Arzallum, e por 20 anos saboreia, satisfeito, a Paz. Nos últimos anos, entretanto, coisas estranhas começaram a acontecer…”

Se você já se perguntou alguma vez o que aconteceu com os irmãos João e Maria Hanson, com Ariane (conhecida como “a menina do chapéu vermelho”) e até mesmo com o capitão pirata James “mão-de-gancho”, já passou da hora de ler “Dragões de Éter”.

Diferente do que sugere o título, os “dragões” da narrativa são aquelas personagens lendários, que pensamos que não existem fora dos contos-de-fadas, mas que possuem uma personalidade a qual os Irmãos Grimm jamais imaginariam.

Além do mais, Draccon escreve de forma que me pareceu estar sentado em uma taverna ouvindo um excelente bardo contar brilhantes histórias (e sinto que ainda devo pagar-lhe uma bela caneca de cerveja).

Porém ainda há algo que torna a narrativa ainda mais emocionante, que é a existência dos semideuses criadores, já que eles existem, mesmo que ninguém alguma vez os tenha visto e eles jamais se apresentarem.

Vale totalmente à pena conhecer profundamente (ou quase) personagens de histórias que marcaram a infância de todos que já leram, assistiram ou ouviram os clássicos contos de fadas. Ainda mais por ler (mesmo que pareça que esteja ouvindo) uma intrigante Caça ás Bruxas onde todos os personagens te surpreendem em algum momento que você realmente não esperava, mostrando seu verdadeiro poder, criando sua marca na história de Nova Ether, se tornando (ou tentando se tornar) uma lenda, um Dragão.

Resenha: Corações de Neve – Raphael Draccon

Saga: Dragões de Éter v.2
ISBN: 9788562936012
Páginas: 495
Editora: Leya
Ano: 2010
Avaliação:

Nova Ether é um mundo protegido por poderosos avatares em forma de Fadas-Amazonas. Um dia, porém, cansadas das falhas dos seres racionais, algumas delas se voltam contra as antigas raças. E assim nasce a Era Antiga.
Hoje, Arzallum, o Maior dos Reinos, tem um novo Rei, e a esperada Era Nova se inicia.
Entretanto, coisas estranhas continuam a acontecer…
E a Tecnologia do Oriente chega de maneira devastadora ao Grande Paço, dando inicio a um processo que irá unir ciência e magia, modificando todo o conhecimento científico que o Ocidente imaginava possuir.
E mudará o mundo. Mais uma vez

Cuidado: Spoilers para quem não leu o primeiro livro.

Por um acaso já imaginou um príncipe participar de um torneio de pugilismo? Axel Terra Branford, ultimo príncipe de Arzallum, já participou.

Já conseguiu imaginar um revolucionário que deveria ficar preso pelo resto de sua vida receber anistia de um Rei? Bom, Robert de Locksley obteve, mas não contentou-se com a liberdade e continuou a buscar a independência de Sherwood, província onde, na juventude, ficou conhecido como Robin Hood e buscava tirar dos ricos para dar aos pobres.

Se não bastasse um torneio de pugilismo e um revolucionário a solta, temos ainda um filho que precisa defender a honra da família que fora manchada pelo pai ao fazer um contrato com um conde ligado á magia negra.

Mas se acha que toda essa frieza não lhe foi suficiente para gelar-lhe o coração, você conseguiria ver um rei ser envenenado e ainda assim acreditar que a princesa, sua filha, deverá assumir Stallia, o reino da neve, onde Robert de Locksley está à solta preparando uma revolução em um de seus condados?

Mesmo que isso ainda não tenha sido suficiente para assustar-lhe, conseguiria acreditar que Branca coração-de-neve, princesa de Stallia, e filha do envenenado rei Alonso, além de ter que assumir o reino de seu pai também irá se tornar a Rainha de Arzallum, o maior dos Reinos, ao se casar com o novo Maior dos Reis, Anísio Terra Branford?

Pugilismo, mentiras dentro de famílias, revolucionários a solta, reis envenenados não são o suficiente para abalar Nova Ether, pois ainda há a chegada de uma máquina voadora, vinda de terras-além-mar, com criaturas jamais vistas em Arzallum ou em todo o Ocidente e a iminência de uma gigantesca Guerra Mundial e o ressurgimento dos, já prometido pelo falecido Rei Primo, Cavaleiros de Helsing. Verdadeiros Caçadores de Bruxas.

Tudo isso adicionado a narração de um bardo jamais visto na história, como Raphael Draccon, e você terá a história mais envolvente e reveladora já vista por nós e presenciada pelos Nova-eterianos.

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