Entrevista – Jornal do Comércio

Entrevista para o Jornal do Comércio, realizada durante a Feira do Livro de Porto Alegre.

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Autor fala sobre o mergulho na literatura fantástica

Bruno Felin

MARCOS NAGELSTEIN/ JC

Draccon recebeu menção honrosa da American Screenwriter Association
Draccon recebeu menção honrosa da American Screenwriter Association

Raphael Draccon é autor da trilogia fantástica Dragões de Éter, sucesso que já vendeu mais de 50 mil cópias. Com formação em cinema, recebeu menção honrosa da American Screenwriter Association (ASA) por seu primeiro roteiro de longa-metragem, o drama sobrenatural In Your Hands. Draccon fala das transformações na literatura, cinema e mercado editorial com foco em histórias fantásticas.

JC – Feira do Livro – Como você vê os seus livros e outros de literatura fantástica como forma de inserir os jovens na leitura?

Raphael Draccon – É fantástico. Recebo mensagens de leitores dizendo que o meu livro foi o primeiro lido na vida, ou o primeiro sem a professora mandar. O fato de serem obrigados a ler uma literatura densa faz com que eles se afastem do que deveriam atrair. A gente faz a proposta contrária, uma literatura que fala sobre os dramas deles. O grande diferencial por trás da fantasia é a metáfora dos sentimentos humanos. Dragões de Éter conta a história de sete jovens em sua passagem da adolescência para a vida adulta, envolvidos em uma guerra de caça às bruxas, magia. Não é por que o cara  vai enfrentar um dragão que é fantástico, mas sim a coragem que ele tem de enfrentar um dragão ou o medo, a saudade da pessoa amada, a esperança do povo. Esses sentimentos fazem a magia das obras.

Feira do Livro – Para quem está pensando em começar a escrever, o que você diria?

Draccon – O número de originais que chega numa editora pode chegar a 200 por semana. Ao mesmo tempo, o mercado nunca esteve tão aberto a novos escritores, principalmente em literatura fantástica. Mas também nunca houve tanta concorrência. Alguns têm o talento, mas não têm a vocação. É a coisa de ser forjado na dor. Como diz o Eduardo Spohr, tem que sangrar para merecer. Seguir o coração e ler bastante. É ruim dizer isso, afinal se é preciso dizer que se tem de ler muito a alguém, a pessoa não nasceu pra ser escritora.

Feira do Livro – E a possibilidade de o cinema nacional fazer adaptações da literatura fantástica?

Draccon – Hoje em dia os efeitos especiais são feitos lá fora, como em Besouro, por exemplo, em que a equipe vem aqui e faz os efeitos lá, isso não é mais problema. O obstáculo são os investidores. Vamos ter que fazer coisas independentes para provar que podemos. Existem temáticas nascendo. O Cláudio Torres, por exemplo, um diretor que é fã do Frank Miller, fez filmes como Homem do Futuro e Mulher Invisível. Mas nada é impossível, meu primeiro roteiro na faculdade de cinema, In your hands, um drama sobrenatural, recebeu menção honrosa da American Screenwriter Association (ASA) e cinco anos depois parou na mão do Will Smith. Então, nada é impossível.

Feira do Livro – E quais seriam os rumos da literatura fantástica?

Draccon – É e sempre foi a mais popular do mundo. Era uma coisa que o público sabia, mas a crítica não. Hoje ninguém pode dizer que Senhor dos Anéis é uma literatura sem poder. Há uma geração inteira que aprendeu a ler por causa de Harry Potter. Atualmente a literatura não é mais uma experiência isolada, é uma experiência a ser compartilhada. Antes a pessoa dependia de outra ter lido para comentar. Agora basta entrar na internet, onde há milhares de pessoas querendo debater. Fora que o livro para essa geração é uma plataforma. Ver um filme, jogar um game, tudo é uma coisa só. O escritor que não entender isso não está preparado pra escrever pra essa geração.

Dragões de Éter no Tijolinhos de Papel

Resenha da Mari Sampaio para o Tijolinhos de Papel.

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Resenha | Caçadores de Bruxas, Raphael Draccon

Nome: Caçadores de Bruxas
Autor: Raphael Draccon
Editora: Leya
Ano de Publicação: 2010/2007
Número de Páginas: 440
ISBN: 9788562936333
Skoob: AQUI


Primeiro volume da trilogia Dragões de Éter.


Resenha:


Tudo acontece em Nova Ether, uma terra abençoada pelos semideuses, onde o éter domina. Estamos em Andreanne, capital do país do Maior de todos os Reis, Primo Branford, aquele que participou da caçada às bruxas e ganhou o respeito do povo por livrá-los desse terrível mal que os assolava.
Mas alguns acontecimentos dos últimos anos são estranhos, e ninguém parece perceber… Até que descobrem que aqueles dias terríveis podem estar voltando.
Pior ainda, o príncipe primogênito desapareceu, e o mais novo foi em sua busca.
Piratas invadiram a cidade, e está tudo um caos. A maravilhosa cidade de Primo está em pedaços, e muitos morreram.
E o pior… Parece que a Caçada está para se repetir.


Raphael Draccon escreveu uma história riquíssima, onde a trama não gira em torno de um acontecimento apenas. No início ele joga informações isoladas, de forma que o leitor não entenda nada do que é dito, e ao decorrer da narrativa vai ligando tudo. Adoro isso!
Em certo ponto estava grudada no livro de uma forma que não largava mais.
Outra coisa muito legal, ele faz uma espécie de releitura de contos de fadas como Peter Pan, Chapeuzinho Vermelho, João e Maria, e acredito que os sete Anões também, contando o que acontece depois das estórias pelas quais ficaram tão famosos – O que aconteceu quando João e Maria voltaram para casa, deixando a bruxa no caldeirão? Qual é o nome da Chapeuzinho Vermelho, e quem é o corajoso caçador que a salvou? O que aconteceu com o Jolly Roger(Navio do capitão gancho, para quem não se lembra)?
Ele junta bruxas, reis, rainhas, fadas, anões, criaturas fantásticas e várias outras coisas de forma incrível!
É riquíssimo! Adorei cada detalhe que ele colocou!
No Posfácio ele colocou a seguinte frase: “Eu não inventei Nova Ether, todos nós criamos uma parte dela [...]Nova Ether é diferente. Ela é o que é.”
Achei maravilhoso a forma como ele edifica Nova Ether. Ela é o mundo onde nossos pensamentos e imaginação criam vida(como não gostar de um lugar assim).


Adorei cada personagem… Ariane, nossa Chapeuzinho Vermelho, João, Axel Branford( o principe caçula), Maria e muitos outros!
Só não foi perfeito, porque acho que ele poderia ter explorado ainda mais certas coisas, como as cenas de mágica, por exemplo, mas isso é só um pequeno detalhe que não tira o brilho da história.
Recomendadíssimo!
Adorei. É o tipo de livro que fica na sua cabeça mesmo depois de a última página ser virada.


Beijos.

Eventos em Bauru nesse fim de semana

Para o pessoal de Bauru e regiões: nesse fim de semana inteiro estarei por aí.

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Na sexta-feira/11 farei a palestra sobre Guerra dos Tronos na Nobel.

Onde: Nobel Bauru – Rua Alberto Segalla, 1.-80 – JD. Infante Dom Henr

convitebauru

No sábado/12 e domingo/13, ministrarei um workshop de criação literária com inscrições gratuitas.

Onde: Ponto de Cultura – Sede.

O que: Workshop de Roteiros de duração de 12 horas, divididos em dois dias. Os horários serão de 9 hs ás 12hs, pausa para almoço, e das 14 hs às 17hs.

Inscrições: Gratuitas. Evento patrocinado pela Oficina Cultural Glauco Pinto de Moraes.

http://www.oficinasculturais.org.br/programacao/regionais-2-semestre-2011/glauco-pinto-de-moraes.php

Nos vemos em breve.

Enjoy.

Resumo da Feira do Livro de Porto Alegre

O melhor resumo do que rolou na Feira do Livro de PoA pode ser encontrado no post de Douglas Eralldo para o excelente Listas Literárias, que resumiu de maneira muito coesa e precisa o encontro.

Segue o texto abaixo. Link original aqui.

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10 Coisas que rolam num bate-papo entre leitores e escritores de literatura fantástica

Nesta segunda-feira estive na Feira do Livro de Porto Alegre para acompanhar os encontro com os escritores Eduardo Spohr, Raphael Draccon, Carolina Munhoz, e Leonel Caldela. Nesta lista sintetizo alguns pontos bem legais deste bate-papo que não foi mais longe por que os autores tinham as sessões de autógrafos na programação.
1 – Filas: E não, eu não estou criticando ao falar isso. Tô muito feliz, pois não há nada melhor que uma boa fila de leitores aguardando seus autores para jogar um balde de água fria naqueles que dizem que os brasileiros e os jovens não leem. Este blogueiro se achando muito esperto, chegou 10 minutos mais cedo para escapara da fila, mas que nada, tive de quebrar alguns corredores do Memorial RS.
2 – Jovens, nerds, e não tão nerds assim: Sim na ampla maioria do público estava explícito o elevado grau de nerdisse, no entanto o que mais me chamou a atenção era a juventude, os jovens sim tem feito uma revolução ao realizarem suas próprias escolhas, e definirem tendências ao que o mercado editorial se obriga a seguir, ou seja, mais compradores, mais publicações;
3 – Descontração: Esta foi a tonalidade da conversa, e por isso jamais me atreveria chamá-la de palestra, pois o encontro foi descontraído, informal, e com isso aproximando de tal forma autores e leitores, que me permite dizer que estivemos numa grande roda de conversa.
4 – Risadas: Este item deve-se muito ao pândego, e hilário Raphael Draccon, que não raro levava a platéia que lotava a Sala dos Jacarandás aos risos com suas tiradas dignas dos melhores stand-ups;
5 – Seriedade: Mas também há espaço para assuntos sérios, como a pirataria [pergunta feita por este blogueiro] onde a opinião sincera dos autores jogou luzes sobre o assunto, como Leonel Caldela que afirmou que a ele esta não prejudicou, e ainda colaborou na divulgação. Eduardo Spohr por exemplo não criticou o ato de A batalha do apocalipse ter sido pirateada, mas sim do monstrengo que fizeram, mesclando edições da Nerdbooks e Verus e a inclusão de capítulos inexistentes. Para Spohr, o leitor que baixar um livro não deve julgar o autor e o livro por esta versão, que de longe terá a qualidade da versão final;
6 – Dicas: Rolaram muitas dicas para as perguntas da platéia. Os 4 autores falaram sobre a vida de autor, e a realidade da Litfan no cenário atual, que ajudou bastante aos presentes conhecer um pouco mais sobre esta realidade;
7 – Relação com blogs: Outro debate puxado em minha tripla pergunta, trouxe a tona a relação de autores e blogs. Raphael Draccon abordou muito claramente o papel dos blogs, tanto os bons quantos os ruins, pois como ele disse “hoje alguns estão seguindo para o lado negro da força” e com o crescimento da blogosfera literária, já tem muito blog nascendo só para aporrinhar editoras atrás de livros cujas resenhas não passam da sinopse disfarçada, mas segundo ele os blogs que trabalham com seriedade são aliados importantes de autores e editoras. Carolina Munhoz também aprofundou no tema e sua relação com os blogs, e para minha alegria revelou que um link em um post que ela aparecia no Listas Literárias acompanhou o material enviado por ela para o editor da Novo Século, sua nova editora.
8 – Interação: Esta é outra palavra chave do encontro, pois houve muita interação entre autores e leitores, que trocaram dicas, e principalmente conversas sobre os livros de cada um deles;
9 – Tempo curto: Sinceramente, uma hora e meia correm rápido demais quando o assunto é bom, interessante, e os painelistas cativam a platéia, pois vi que ainda ficaram muitos com o dedo em riste para fazer sua pergunta, mas cujo tempo foi curto;
10 – Satisfação: Esta é a ultima coisa que tenho para falar de um encontro como o ocorrido. Saí de lá completamente satisfeito com o que ouvi, e vi, e a certeza de que a literatura fantástica tem muito a crescer.

“Dragões de Éter” na Up! Brasil

Resenha de Renata Alves para a Up! Brasil.

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[Resenha de Livro] “Dragões de Éter – Caçadores de Bruxas” – Raphael Draccon

Editora: Leya
Autor:
Raphael Draccon
Páginas:
440

Se você quer ler um livro diferente, nada clichê e muito agradável, leia “Dragões de Éter – Caçadores de Bruxas”. Raphael Draccon tem escrita envolvente, mente criativa e a junção das duas coisas torna o livro brilhante.

É difícil resumir o livro em poucas palavras, em ser sucinta em explicar sobre o que se trata essa estória fantástica criada por Draccon. Posso começar dizendo que o autor criou um novo mundo, comparado aos mundos de Tolkien, C.S. Lewis e J.K Rowling. Esse mundo chama-se Nova Ether.

Nova Ether é protegida pelas fadas, que ao se cansarem das falhas dos seres racionais, voltam-se para o lado negro da magia, e assim deram origem as bruxas. Junto com as bruxas, iniciou-se uma nova era, uma era de guerras e junto com elas vieram os caçadores de bruxas, sendo Primo o mais famoso deles. Primo Branford é Rei de Arzallum, um dos reinos de Nova Ether, e o mais próspero deles. Primo é casado com a rainha Terra, uma fada a quem foi concedido o poder da mortalidade. E deles nasceram dois príncipes: Anísio, criado para ser o sucessor do Rei e adorado pelos nobres, e Axel, que adorava o convívio com os plebeus e assim amado por eles. Ambos arrancavam igualmente suspiros das damas.

Outros personagens são apresentados ao público como a menina Ariane, seu amigo João e a irmão de seu amigo, Maria. Os três – que na verdade fazem parte contos de fadas que povoaram as nossas infâncias – são personagens importantes ao longo da estória e você vai se encantando com eles. Como em todo conto, há uma reviravolta na calmaria em que o reino vive, e é aí que tudo fica mais fascinante.

A narrativa é diferente, ele vai e volta no tempo, salta de estórias e intercala personagens. E isso tudo sem ser chato, cansativo ou sem que o leitor se perca. Achei simplesmente mágico a releitura de alguns contos de fadas da nossa infância feita por ele. Sem contar no encontro de personagens que ele promove e que se tivesse menos talento poderia ter sido uma grande confusão, mas que na sua mão, vira um encontro surpreendente. Eu adorei a relação de Ariane e João, me assustei com os piratas e assim como Maria, tive meu coração balançado por Axel.

A série é composta por mais dois livros: “Corações de Neve” e “Círculos de Chuva”. Para quem gosta de um bom livro de fantasia, a leitura é quase obrigatória.

“Dragões de Éter” no Sem Tédio

Resenha de Carla Gomes para o Sem Tédio.

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Dragões de Éter – Caçadores de Bruxas, de Raphael Draccon

Dragoes Eter01 Dragões de Éter   Caçadores de Bruxas, de Raphael Draccon

Ser influenciável às vezes pode ser algo bom. Depois de ver alguns elogios de Eduardo Spohr, autor de A Batalha do Apocalipse, e de ir parar numa propaganda sobre o livro, acabei não resistindo e comprando a trilogia Dragões de Éter, escrita pelo brasileiro Raphael Draccon. E preciso dizer que, depois de ler o primeiro volume, Caçadores de Bruxas, me senti incrivelmente feliz por ter feito isso.

Contando com referências a inúmeros contos de fadas que fazem parte da infância de grande parte das pessoas, a obra conquista aos poucos, pela curiosidade em descobrir qual a ‘verdadeira’ versão por trás do que deveria ser uma história bonitinha. Ainda que possa não soar incrivelmente original brincar com essas fábulas, a narrativa consegue surpreender ao juntar e fazer citações inesperadas, de uma só vez. Seja através do filho do Capitão Gancho, de Ariadne, que detesta ser conhecida por sua capa vermelha, dos irmãos João e Maria, ou ainda com a estrela intitulada Cobain, que morre cedo demais.

É provável ainda que, por não conhecer Final Fantasy, citado pelo autor como uma de suas inspirações, eu tenha perdido mais algumas dessas suas ligações, contudo, isso de nada afeta a impressão de que é uma história muito bem desenhada.

Ambientada em um universo fantástico, a trama tem seu ponto forte no narrador, que mais parece um amigo tentando compartilhar algo que acompanhou. Dessa forma, enquanto vamos conhecendo os acontecimentos do reino de Primo Brandford, criamos uma curiosidade crescente em torno de quem será essa pessoa que parece saber cada detalhe do lugar. Mistério que provavelmente só deve ser esclarecido no último livro.

Ainda assim, depois de terminar a primeira parte, não existe nenhuma sensação de que estamos apenas em um terço do enredo. O que não cria uma falsa expectativa em torno do que ainda virá. Pelo contrário, ao finalizar o primeiro volume de maneira coerente, aumenta a confiança de que a trilogia vai se manter da mesma maneira, não precisando ser ancorada em falsos suspenses, mas sim em criatividade pura.

Aliás, criatividade é o que não falta em todo livro. Chega a ser impressionante o quanto a exploração de contos tão familiares conseguem prender tanto. Criando uma boa base para imaginar quem mais vai aparecer na continuidade da obra.

Apesar disso, confesso que não sei o que esperar de Dragões de Neve, próximo volume. Por já ter gostado do primeiro, me vejo ávida por saber quantas outras referências ainda vai conseguir fazer. Mas, de qualquer maneira, tenho a leve impressão de que vai valer a pena. Até porque, só de saber que existem autores brasileiros de tanta qualidade por aí, já me sinto incrivelmente empolgada.

Campinas – 10/10

Galera de Campinas, só lembrando que na próxima segunda-feira, 10/10, estarei por aí na livraria Saraiva do Shopping Iguatemi.

O evento terá início às 19 hs em uma palestra minha com o amigo Eduardo Spohr.

Em seguida teremos uma sessão de autógrafos a partir das 20 horas, que irá contar também com a presença da escritora campineira Carolina Munhóz, autografando em sua cidade a nova edição do livro A Fada, após receber o Prêmio Jovem de Melhor Escritora pela obra.

E para o pessoal do sul e do nordeste, foi confirmada minha participação em eventos por aí ao longo do final desse mês e início de novembro.

Mais detalhes, só conferir a agenda clicando lá no menu superior ou diretamente aqui.

Espero todos por lá!

“Dragões de Éter – Corações de Neve” no Subtítulo

Resenha de Lodir Negrini para o Subtítulo.

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Para ler a resenha de Lodir de Dragões de Éter – Caçadores de Bruxas, só clicar aqui.

Enjoy.

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Corações de Neve (Dragões de Éter), de Raphael Draccon

ISBN: 9788562936012
Editora: LeYa
Ano de publicação: 2009
Páginas: 496
Classificação: 5/5
Onde comprar:
SubmarinoSaraivaCultura

Uma reportagem publicada em junho na revista Época trouxe um paralelo sobre as gerações recentes de escritores brasileiros e portugueses. Segundo a publicação, os novos escritores portugueses estão dando um banho de qualidade nas ficções dos estreantes brasileiros, lançando obras mais criativas e prestigiadas pela crítica. A matéria se pergunta os motivos do bloqueio sofrido pela nova literatura nacional. Será?

Não é para tanto. O Brasil vem recebendo uma boa leva de novos escritores, que estão surpreendendo a crítica e principalmente o público já em suas primeiras obras. Um dos casos mais notáveis é o carioca Raphael Draccon, autor da trilogia de fantasia Dragões de Éter. Coincidentemente, Draccon lançou esse ano um livro em Portugal chamado Espíritos de Gelo pela GaiLivro, braço editorial de LeYa em Portugal. O livro não foi lançado no Brasil, é uma publicação exclusiva. O convite foi feito depois do sucesso que a série brasileira fez em Portugal. Irônico, não? Talvez a comparação feita pela revista não seja tão certeira.

A obra analisada em questão, Dragões de Éter – Corações de Neve, é o segundo livro da série. A leitura do primeiro livro começou sem muitas pretensões, mas impressionou logo nas primeiras páginas. Os livros são fantásticos. O segundo volume foi muito aguardado, já que as histórias e principalmente a narrativa de Draccon são contagiantes e viciam desde o início.

Em Corações de Neve, os príncipes Anísio e Alex Branford precisam tomar conta do reino de Arzallum depois da morte do pai, acontecimento do final do livro anterior. A trama então começa com a coroação de Anísio ao trono. Ele usa seus três pedidos, a qual todo novo rei tem direito, para conseguir eventos inusitados, incluindo ai a soltura de um preso. A ousadia enfurece os reis dos reinos vizinhos. A trama continua com diversas narrativas, incluindo detalhes do que aconteceu com o preso e quais as ligações e os motivos que levaram o rei a tal ato. Há, claro, a presença de João, Maria e Anarin, os melhores e mais divertidos personagens da história. Os diálogos envolvendo as três figuras são hilários e provocam boas risadas. O livro trás bons momentos com o romance Maria/Alex e muitas cenas de combate durante o torneio de pugilismo.

Esse talvez seja o único ponto fraco de Corações de Neve: o livro corta muitas vezes a narrativa fantástica e para por tempo demasiado nesse combate. O torneio é narrado em detalhes. Cada luta, por menos importante que seja, é descrita de forma prolongada.  Tantas cenas de luta são cansativas. Talvez o livro ficaria melhor com a redução dessas partes. No entanto, esse não é um grande defeito. A série é excelente e, por mais que certas partes sejam cansativas, seu nível de qualidade é alto e uma queda em algumas cenas não desmerece a obra. Com um pouco de paciência, o livro ainda assim é uma grande obra, tão bom quanto seu antecessor.

Dessa forma, ainda continuo com a mesma idéia da época do primeiro volume. Dragões de Éter é uma das melhores series de fantasia já escrita, e certamente é a melhor da história da literatura brasileira. A narrativa de Draccon continua prendendo o leitor noite adentro até o sono. Nada assim apareceu por aqui antes, e talvez não vá aparecer.

“Dragões de Éter” no Ler e Imaginar

Resenha de Mim e Bah para o Ler e Imaginar.

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Dragões de Éter: Caçadores de Bruxas do escritor Raphael Draccon

DDE_CacadoresdeBruxas

Sinopse:

Com diversas referências contemporâneas, que vão de séries como Final Fantasy a contos de fadas sombrios, passando por bandas de rock como Limp Bizkit e Nirvana, o autor constrói, com extrema habilidade, uma narrativa em que romances, guerras, intrigas, fantasias e sonhos juvenis se entrelaçam para construir o final poético desse fantástico quebra-cabeça. Essa obra, que é a estréia do roteirista Raphael Draccon na literatura, combina fantasia, história antiga e aventura na medida certa, de uma maneira revolucionária em relação aos demais livros do gênero.

A história do livro se passa em Nova Ether, um mundo controlado por semideuses e criado através da imaginação. Neste mundo, vivem alguns dos mais célebres personagens dos contos infantis: Chapeuzinho Vermelho (que, aliás, odeia esse nome), João e Maria, entre outros personagens que fizeram parte da minha infância e acredito que da sua também.

O livro começa explicando como funciona Nova Ether e como ela continua existindo. Está ai um ponto que me impressionou muito, a criatividade do Raphael ao criar um conceito totalmente novo e diferente de todas as histórias que eu já li.

A história se desenvolve mostrando hora do ponto de vista dos plebeus, moradores desse mundo, hora na visão da família real. Tudo parece calmo nesse reino, até que aparece o pior dos piratas para acabar com essa falsa paz: Jamil Coração de Crocodilo, o filho de um pirata muito famoso nas histórias infantis.

Com muita ação, Dragões de Éter é uma leitura ao mesmo tempo envolvente e complicada, pois é preciso prestar muita atenção em informações que no momento parecem aleatórias, mas que depois são essenciais para o desenvolvimento da história.

Outro ponto positivo, e que em minha opinião é o que dá um sabor especial ao livro, é o fato de ele mostrar uma questão que atormenta todas as crianças após o término da leitura de um conto de fadas: o que acontece após o “viveram felizes para sempre”?

Em minha opinião, Raphael Draccon desbanca muito autor gringo, e se você quer começar a se interessar por literatura brasileira, eu recomendo essa série. Com personagens cativantes e um cenário mágico, é um prato cheio para os fãs de ficção.

Ainda não li o segundo livro, mas estou muito ansiosa para saber como será o desenvolver dessa história.

“Dragões de Éter – Corações de Neve” no Freya Sigel

Resenha de Freya para o Freya Sigel.

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Dragões de Éter (Vol. 2 – Corações de Neve) de Raphael Draccon


Corações de Neve, de Raphael Draccon

E continuando com a série Dragões de Éter, passo por aqui para falar um pouco do segundo volume: Corações de Neve. O livro é independente do primeiro, digo, existem referências, menções, mas nada que o obrigue a ser lido (Caso você queira perder uma parte desse Universo de Nova Ether), porém, recomendo fortemente!

A releitura dos contos de fadas continua, mas com uma ênfase bem menor que no primeiro. Quem leu o primeiro volume da série, já consegue uma vaga ideia do que se trata, ao menos, o título. Nesse segundo volume encontramos um Raphael Draccon mais amadurecido, um bardo mais ciente de seu público e até mais seguro de si ao colocar em sua história algumas de suas inspirações: Bruce Lee. Uma referência claro! Ah, quem ler a mini biografia do autor irá encontrar isso. :D

Em Corações de Neve, já entrosada no Universo, consigo definir os personagens centrais, e até, um favorito! Claro, o príncipe oras, que não é nenhum boboca que chega num cavalo branco e dá um beijo na princesa. Parece uma pessoa comum, tanto que tem sósia para aparecer  no lugar dele quando ele tem coisas mais legais a fazer e isso é bem importante.

Preciso ressaltar uma coisa: odeio filmes de luta, acho nojento, e com situações desnecessárias, mas me peguei grudada nas páginas em meio a um torneio de pugilismo louca para saber quem iria vencer. E apesar de não saber nomes de golpes e nem ao menos me interessar sequer do que poderia ser (exatamente) um jab, prossegui a leitura sem traumas, e muito bem obrigada.

Agora, os destaques:

“Ele sentiu o coração amolecer. A garota à sua frente era tão especial, mas tão especial, que ele sentiu medo de não ser capaz de ser a pessoa certa, simplesmente de merecer estar ali.”

“A menina passou os dedos pela capa, fascinada. O livro era preto, e esse detalhe era particularmente interessante. Em Nova Ether, ao menos em Andreanne, os cadernos, principalmente os utilizados nas escolas reais, eram livros grossos que o Rei mandava preparar sem texto algum. As crianças os guardavam pelo resto de suas vidas e utilizavam o mesmo ano após ano, mesmo porque era muito difícil alguém chegar ao final dele. Aqueles que o conseguiam, costumavam se tornar poetas.

Ou romancistas.”

“- O pentagrama… – explicou Madame Viotti – …na verdade, é um símbolo puro. Agumas fadas caídas o inverteram, mas não foi o símbolo que ficou impuro. Foram elas, compreende?

- Mais ou menos.

- O pentagrama como vê em seu caderno, com a ponta para cima dentro de um círculo, representa os quatro elementos regidos pela essência sagrada.”

Hummm, só acho que os livros poderiam ser menores, nossa, como é pesado carregar para todo lado! Brincadeiras a parte, recomendo a leitura para aqueles que curtem fugir um pouco do tradicional e tem mente e coração abertos.

Minha nota é 4 (1-5). Leia! Vale a pena!

Autor: Raphael Draccon
Editora: Leya
Número de páginas: 495
Ano de publicação: 2009

Links:

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Compre aqui: Dragões de Éter – Corações de Neve
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E seguindo para o próximo volume: Círculos de Chuva. \o/

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