“Dragões de Éter” universitário
Sábado passado estive na universidade FACHA como convidado do escritor (e professor) Eduardo Spohr, e conversei com a turma do curso de extensão sobre literatura e a jornada do herói.
O tempo foi curto para o tanto que havia para ser passado pela turma interessada e, ao final, a maioria seguiu para o simpático Bar do Tresdê, onde discussões ricas envolveram debates calorosos que iam de cinema e nerdcast a medievalismo, espiritismo e a falta de provas da existência do Estado do Acre.
Turma muito bacana, culta e animada. E uma experiência privilegiada.
Já nessa quarta-feira estive na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) para assistir a algumas apresentações de um seminário de literatura infantil e juvenil.
Tocando em temas como paródia, arquétipos, insólito e contos de fadas, o seminário, já apenas nas apresentações que vi, se mostrou de uma riqueza incalculável para qualquer pessoa amante de cultura.
No meu caso, cheguei até lá a convite de uma das participantes, a professora de português e formanda em letras Danielle Trevezani, que já havia feito seu TCC em cima de “Dragões de Éter” e conduziu uma apresentação ao longo do seminário com o tema: Dragões de Éter: uma releitura de contos de fadas.
O interessante foi que Danielle fez uma rápida referência à minha presença na platéia e começou sua apresentação.
Em pouco tempo, porém, isso não seria suficiente.
Ao fim da apresentação, uma das professoras doutoras responsáveis pelo evento afirmou: “gente, eu não sei se vocês entenderam, mas aquele rapaz sentado ali é o autor do livro! Ele está aqui presente! E eu acho que nós deveríamos aproveitar esse privilégio e cedermos o espaço que seria de debates ao final para ele!”.
E foi assim que, de mero espectador, eu passei a palestrante em poucos minutos.
E, bom, como de costume nesses eventos, foi ótimo.
Sabem, eu estou acostumado a ministrar workshops e conversar com alunos, fãs, editores, espectadores em geral. Entretanto, ainda assim aquele momento foi marcante porque aquelas pessoas que estavam ali não eram meus leitores (ao menos não a maior parte), não eram exatamente fãs da cultura pop nerd, não eram alunos de segundo grau empolgados ou escritores amadores buscando conhecimento.
Eram formados em letras, professores e doutores que definem calendários de matérias de faculdades.
E como escritor você tem de saber o que está dizendo ao se dirigir a uma platéia desse nível. Contudo, se souber, aí em troca você igualmente aprende muito.
Ao final, umas das doutoras me agradeceu por ajudá-la a compreender que as novas mídias de hoje não competem com a literatura, pelo contrário; se bem orientadas, elas formam leitores.
Como ela própria conclui sabiamente: “um grande leitor não necessariamente será um grande escritor, mas um grande escritor obrigatoriamente é um grande leitor”.
Doa-se de um lado. Doa-se de outro.
Sábia é toda geração que sabe trocar cultura.
Resenha de “Dragões de Éter” no “San Diegirls”
E, depois do Pinguim Metaleiro, dessa vez a resenha de “Dragões de Éter” vem do simpático “San Diegirls”.
Blog girl power parceiro do já aqui linkado “Livros Em Série”, trata seus posts e textos com muita sinceridade e um delicioso bom humor feminino, o que apenas valoriza ainda mais a resenha abaixo.
Link original aqui.
Enjoy.
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Eu bem que tentei escrever uma sinopse, mas não deu. Ou eu dizia coisa demais, ou não dizia as coisas essenciais. Veja bem, Dragões de Éter traz uma história muito rica. Não é fácil resumir algo assim.
Raphael Draccon é um cara muito esperto. Basicamente o que ele fez foi pegar os famosos contos de fadas e colocá-los no mundo que ele mesmo criou, Nova Ether. Mas claro que não é só isso, senão ele não teria 4 estrelinhas do SD. Draccon faz uma releitura desses contos de uma forma bastante criativa, prendendo a atenção do leitor desde o primeiro minuto.
Em uma bela manhã de domingo (ou qualquer que fosse o dia), a pequena Ariane Narin vai, a pedido de sua mãe, levar doces para a vovozinha. Ela coloca a sua capa branca e vai feliz, floresta adentro, até a casa, praticamente isolada do mundo, de sua querida avó. Chegando lá, um lobo faminto ataca sua vó, devorando-a em frente à menina. Um caçador chega em seu socorro, matando o lobo antes que este a mate. Mas a imagem da morte de sua avó já estava gravada em sua mente, e o sangue, prova da tragédia, já tinha tingido toda a sua capa, antes branca, de vermelho.
Se você não achou isso genial, então leia o livro para descobrir que na verdade o lobo não era simplesmente um lobo faminto qualquer, e que a própria Ariane não é uma menininha qualquer, e como isso influenciou na vida do tal Caçador. Também temos João e Maria Hanson, e temos príncipes, uma bruxa chamada Bruja (e a explicação para isso), temos piratas, e crocodilos, e um capitão que tem um gancho em uma das mãos. Temos Esqueci de mencionar algo? Ah, sim, também temos romance.
Draccon vai narrando a história como se ele estivesse sentado no sofá de sua sala, tomando chá com você. Sim, eu estou sendo literal. Ele conversa com a gente, nos alerta, nos repreende, e por tantas vezes ele antecipava minhas reações de forma que eu ficava com a sensação de que ele estava, de fato, comigo, contando-me a história e vendo minhas reações. Há referências a Caverna do Dragão, Final Fantasy, ao mundo do rock, entre outras coisas.
Para terminar, eu vou apenas dar um pequeno testemunho de como descobri esse livro: eu tenho a linda mania de entrar nas livrarias e dar uma de exploradora. Eu sinto prazer em procurar por livros, ainda que eu não saiba exatamente o que eu estou procurando – mas a graça é exatamente essa. Então eu vi a única cópia de Dragões de Éter que havia na estante e me encantei. Li o prefácio e achei a coisa mais inteligente e filosófica do mundo (exagero adolescente, me ignorem). Continuei lendo até que fui obrigada a ir embora. Pelo nome do autor, Raphael Draccon, eu achei que fosse um autor de um país europeu menosprezado, e me empolguei mais ainda. Nunca me passou pela cabeça que ele fosse… brasileiro. Cheguei em casa e googlei “Raphael Draccon”. Para meu total espanto, ele não só era brasileiro, como também era muito jovem (25 anos, na época) e formado em cinema (na época, eu queria muito fazer cinema). Voltei a livraria no fim da semana, comprei o livro e li o mais rápido que o 3º ano me permitiu. Draccon provou que a literatura nacional não se resume a Machado de Assis, Graciliano Ramos, Clarice Lispector e Rubem Alves. Existe, sim, autores de fantasia no Brasil, e autores de qualidade! (Porque eu já li cada coisa que me faz pensar que seria melhor se não tivéssemos autores de fantasia nacionais.)
Resenha por Isadora C.
Nosso Lar – Trailer completo
Eu já havia comentado rapidamente sobre Renato Pietro e sua saga para levar às telas o “Nosso Lar” no link aqui.
Lá, inclusive, havia colocado o teaser trailer do filme.
Pois agora saiu o trailer completo com impressionantes sequências, riquíssimas em efeitos.
Enjoy.
Resenha de “Dragões de Éter” no “Pinguim Metaleiro”
Resenha do curioso blog “Pinguim Metaleiro”.
Com um visual interessante aos olhos e escrita bem descontraída como todo blog deveria realmente ter, ele tem sempre umas tiradas divertidas como a da referência ao sobrenome “Draccon” citada na resenha abaixo.
Senti-me honrado; aliás, adorei o nome “Pinguim Metaleiro” igualmente.
Link original aqui.
Enjoy
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“Se os sonhos são forjados no Éter hoje… nós iremos tocar na quinta-essência.”
Sabe quando você está andando perdido em uma livraria, olhando os livros e torcendo para achar um novo? E quando você acha, não tem a mínima idéia se vale a pena gastar sua grana , já que você nunca ouviu falar do autor ou da história?
Eu comprei. E foi assim que eu me deparei com Dragões de Éter: Caçadores de Bruxas.
O livro engana de primeira. Começa com uma narrativa calma e intrincada, que te imerge no mundo criado por Draccon. (AKA: O autor com o nome mais foda do universo!) Mas daí pra frente é nitro puro. Os personagens possuem um nível de carisma surpreendente, e com o desenrolar da trama é impossível não ficar preso à história.
Vale destacar também algo que é por vezes negligenciado na maiorias dos livros: O narrador. Em Caçadores de Bruxas, Draccon (Cara, que nome foda…) criou um narrador tão carismático e divertido que eu considero um personagem.É um recurso que te ajuda a passar pelos momentos gigantes de história, que são abundantes no livro.
Qualquer que seja o tamanho desta review, ainda seria pequena para explicar cada referência e cada detalhe maravilhoso desta obra. Apesar de ser relativamente curto (420 páginas), Dragões de Éter é um prato cheio para os detalhistas. Então seria melhor visitar o site oficial do livro para conhecer mais. O blog do Raphael Draccon (Cara, vou chamar meu filho assim.) também é muito interessante.
Em suma, Dragões de Éter é um livro recomendadíssimo, e Raphael Draccon é um autor que está ao lado de Tolkien e Cornwell na minha estante.
PS: Estou, no momento, lendo o segundo volume da série, intitulado Dragões de Éter: Corações de Neve. Tudo que posso dizer é: Maravilhoso. Esperem uma review em breve.
Novo Visual e Sorteio de Livro
E provavelmente você que chega hoje aqui já deve ter notado algo de diferente no visual desse nosso espaço.
Assim como capas da série “Dragões de Éter“, esse blog já pegou fogo, hoje conhece a neve e em breve vai se molhar de chuva.
E para felicitar o novo visual, nós vamos saudá-lo sorteando livro de fantasia autografado pro pessoal.
Quer jeito melhor?
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O livro em questão hoje é o “Filhos de Galagah”, do autor Leando Reis.
Obra recheada de ação, romances, traições e batalhas; lembra bastante o estilo de livros como os oriundos das sagas “Dragonlance” e “Tormenta”, que usaram elementos de cenários de RPG para criar literatura fantástica de fôlego e ação.
O livro foi cedido gentilmente pela Idea Editora, na figura de seu editor Rodrigo Coube, a quem nós agradecemos aqui.
Recomendado.
“Filhos de Galagah, traz a você, personagens inesquecíveis que irão te acompanhar neste mundo de glórias e tragédias. Heróis nobres e companheiros de passado sombrio, que põe em prática o treinamento de uma vida.
Galatea é uma heroína de ideais nobres, filha do rei e Campeã Sagrada de sua religião, que parte para uma busca ordenada por seus sacerdotes, dragões. Iallanara é uma bruxa rejeitada pela sociedade, uma assassina fria presa a um ser cruel e misterioso. Ela se juntará à Campeã Sagrada para proteger-se e tentar buscar sua liberdade, criando um relacionamento de mentiras e desconfianças. Por último, Gawyn um elfo criado por humanos, e Sephiros, um elfo forjado para a batalha, serão convidados a proteger estas mulheres, entrando em um relacionamento mais intrigante que qualquer aventura.
A jornada os levará a lendária Lemurian, a cidadela invertida, onde o destino decidirá o sucesso ou fracasso na busca do que procura: A Primeira Runa.”
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Para concorrer ao livro, basta comentar o último post da minha coluna fantástica no Sedentário & Hiperativo/Cultura Pop, envolvendo Eragon.
Simples assim; comentou, está concorrendo ao sorteio.
Abaixo segue o book trailer do livro em 3D.
Para conhecer mais sobre o autor Leandro Reis, só acessar o site no link aqui.
Boa sorte a todos.
Enjoy.
“Última” chamada…
administrador do projeto
A série “Última” sempre foi uma série clássica.
“Última 7″ realmente foi um marco nessa idéia de RPG de mundo aberto, hoje já tão popular principalmente com “World of Warcraft”.
Então, aqueles que manjam bem de inglês, têm tempo e vontade de participar do projeto, que tal arregaçarem as mangas?
Aqueles que se interessarem, escrevam para o Rodrigo no e-mail: bap_down@yahoo.com.br, ok?
Enjoy.
Quando a neve nos aquece…
Mensagem sutil e poética do jovem escritor Juliano Sasseron, após o término de “Dragões de Éter – Corações de Neve”.
Sasseron é um escritor promissor de suspense/terror, autor do livro “Abençoado?”, disponível para download como e-book, e “Crianças da Noite”, publicado pela editora Novo Século.
Também há um conto dele na seleta antologia “Território V”, de Kizzy Ysatis.
Aqueles que não o conhecem, aproveitem para baixar o livro disponibilizado acima.
Enjoy.
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Quando a neve nos aquece
Hoje o dia está mais belo.
Tenho um sorriso estampado no rosto e um brilho diferente nos olhos.
Uma sensação de paz tomou conta do meu ser. Uma sensação capaz de mudar o mundo.
Sim, terminei de ler Corações de Neve.
O texto de Raphael Draccon respira poesia. Cada palavra é uma metáfora capaz de tocar o mais frio coração e preencher a alma com a doce brisa do amor.
Novamente pude sonhar. Pude tocar as estrelas mesmo tendo os pés no chão.
Apesar de uma brilhante estória, o que realmente chama atenção é a forma com que sinto minha alma cheia de energia pura, e não é preciso ser criança para se sentir assim.
Não preciso voltar a ser criança para reencontrar os sonhos perdidos.
Hoje o dia está mais belo.
“Espero que os outros também continuem assim”.
Sebastian’s Voodoo
Eu já havia postado sobre o “Bonecos de Pano”, disponível recentemente para leitura no CF em um post anterior.
Aí inspirada no clima do conto, a produtora Vivi Amaral, do CineFantasy, resolveu me mostrar o curta de animação que deu origem aos bonecos da montagem acima.
Logo, iria postar aqui sobre o magnífico “Sebastian’s Voodoo”, curta de um formado pela UCLA, e elogiado por Neil Gaiman, mas como achei que o pessoal do “S&H” também iria gostar, resolvi jogar o texto lá para a coluna do “Cavernas & Dragões“.
Texto e vídeo do curta aqui.
Enjoy.
Submarino reabastecido (de novo)
Ok, parece um déjà vu, mas o Submarino voltou a vender “Dragões de Éter – Corações de Neve”, naquele preço especial e com descontos impressionantes que só eles conseguem.
A promessa para depois do carnaval parece ter sido cumprida e o link, felizmente, anda estável por lá ultimamente.
Logo, aqueles que ainda não o fizeram e quiserem viajar conosco por Nova Ether, só aproveitar a chance mais uma vez.
Para conhecer mais sobre a história do livro, só clicar aqui.
Para adquirí-lo pelo site, só clicar aqui.
Sonhem conosco.
Da série: Frases de Escritores Fantásticos III
Depois das frases de escritores fantásticos I e II, hoje o terceiro é de uma troca entre Raphael Draccon e Eduardo Spohr, autor de “A Batalha do Apocalipse”, pelo twitter.
SPOHR: E fica a pergunta: O Willow é hobbit ou gnomo?
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(momento de pura reflexão)
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DRACCON: Um gnomo vivendo o “hobbit way of life”…