“Bonecos de Pano” no “Contos Fantásticos”
O conto “Bonecos de Pano”, disponível há tempos para download no blog aqui, foi disponibilizado dessa vez para leitura online no simpático site Contos Fantásticos.
O conto foi originalmente publicado sob o nome “Reversos” na antologia “Anno Domini”, que participei a convite da escritora Helena Gomes, e se passa em uma história à parte de Nova Ether, demonstrando como funciona um pacto com bruxas sombrias no cenário de “Dragões de Éter”.
Desde que liberado aqui no blog, o número de downloads do texto já bateu a casa dos mil.
Afonso Luiz, o responsável pelo “Contos Fantásticos”, criou, inclusive, uma montagem muito bacana para passar o clima do texto, que achei interessantíssima.
Para acessar o texto online, só clicar aqui ou na citada imagem abaixo.
Enjoy.
10 livros nacionais que não ficam atrás dos estrangeiros
Olha que bacana essa lista dos “10 livros nacionais que não ficam atrás da literatura estrangeira”, do site Listas Literárias.
10 livros nacionais que não ficam atrás da literatura estrangeira
1 – Dragões de Éter, de Raphael Draccon
2 – O vendedor de Sonhos, de Augusto Cury;
3 – Os sete, de André Vianco; [Para quem realmente gosta de vampiros]
4 – O pau, de Fernanda Young;
5 - Canibais, paixão e morte na rua dos arvoredos, de David Coimbra
6 – A cidade ilhada, de Milton Hatoun
7 – Manual da paixão solitária, de Moacyr Scliar;
8 – Sete de paus, de Mário Prata
9 – A guerra das sombras, de Jorge Tavares;
10 – O sorriso da morte, de Ricardo Tiezzi
E ainda adicionado do comentário bem-humorado do leitor Filipe:
Só não sei se o Vianco vai curtir muito o fato do Pau da Fernanda Young estar logo atrás dele. õ.o
É, bom, nem eu…
Anyway, e pior que, curiosamente, abaixo dos dois, em oitavo, não vem a junção e forma o “Sete de Paus”?
Em tempos de carnaval, como diz a propaganda: “redondo é rir da vida…”
Sonhem conosco.
Resenha “Dragões de Éter – Corações de Neve”, por Leandro Reis
Leandro Reis, o autor de “Filhos de Galagh”, escritor nacional de qualidade que eu tanto já indiquei e continuo indicando, e que já havia resenhado “Dragões de Éter – Caçadores de Bruxas” aqui, colocou no ar dessa vez uma resenha de “Dragões de Éter – Corações de Neve”. Um livro, aliás, que possui uma frase dele na contra-capa retirada exatamente da resenha anterior.
A resenha foi bem positiva e Leandro compreendeu bem o espírito da coisa.
Link original aqui.
Enjoy.
ps: alguns comentários geraram um mal-entendido desnecessário e foram retirados por enquanto, ok?
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Saudações amigos leitores,
Faz cerca de 1 ano que resenhei o primeiro livro deste mundo criado por Raphael Draccon: Dragões de Éter – Caçadores de Bruxas. Lembro bem do sentimento da época. Eu o havia considerado um livro interessante por reciclar velhos contos de fada, com história e personagens cativantes, além de um narrador que ora era engraçado e cativante, ora era chato. Um livro que eu gostei.
Pois bem, acabei de terminar o Dragões de Éter – Corações de Neve e existe uma diferença muito grande entre os dois livros. Enquanto eu gostei de um, deste segundo, eu realmente adorei. Vi-me na pele de um semi-deus, observando, quase acreditando que influenciaria aquela história que me fez prisioneiro do seu meio para o fim, libertando-me somente ao virar a última página. Foram, sem dúvida, horas de leitura que senti gosto em gastar.
A trama está mais instigante. Os personagens mais maduros e interessantes. O ritmo mais alucinante. E o narrador encontrou seu equilíbrio, tornando-se imparcial, cativante e, as vezes, engraçado, mas chato, este defeito ele abandonou por inteiro.
A obra segue com os mesmos personagens de Caçadores de Bruxas, acrescentando à trama ainda mais daquelas referencias guardadas em nossas mentes. Foi no começo do livro, em meio às diversas citações aos semi-deuses que fiz uma associação ao licro “A História Sem Fim”, de Michael Ended, livro que venero: Dragões de Éter traz a idéia de que os personagens estão ali no livro realmente, vivendo aquilo tudo naquele instante, onde o combustível de suas vidas e aventuras é gerado por você, leitor. Você, como o Raphael não cansa de repetir, é o semi-deus que os alimenta e os guia.
Ao entender sua premissa é impossível que o leitor não mergulhe na história e se envolva com os personagens que ali vivem, e essa, meus amigos, é a mágica do livro. Uma mágica orquestrada com habilidade, capítulo após capítulo, de um campeonato de pugilismo à derradeira sequência final, que não nos deixa piscar.
Com ação, suspense e romance, este é um livro completo, que dificilmente decepcionará.
Devo avisar, porém, os mais tradicionalistas, que o livro trás um excesso de referências, o que pode irritar alguns leitores. Por outro lado, quem encará-las como homenagens à mente coletiva, ou simplesmente como um acesso à egrégora formada por toda a fantasia que ousamos imaginar, não se decepcionará ao se deparar com as participações, sutis ou não, da Feiticeira do He-man, Robin Hood, Athos e tantos outros ilustres personagens, juntos, em um livro.
Outra parte que pode atazanar os mais impacientes (ou quem não goste de boxe) é o grande campeonato de pugilismo, pois ele ocupa boa parte do livro. Já para os fãs de Rocky é diversão garantida.
Mais uma vez, indico a leitura por dois motivos: – O André Vianco disse: “Raphael Draccon escreve muito, muito bem”, e ele está certo, Raphael tem frases que realmente inspiram e merecem ser lidas; – Você tocará o Éter e retornará a ver João, Maria e Ariane Narin, e sua visão sobre eles será alterada. Mais uma vez.
Sabin & Edgar vs Axel & Anísio
Oi Raphael,
Li até agora os dois livros de Dragões de Éter. A Caçada as Bruxas e Corações de Neve. E, por mais difícil que seja, você conseguiu tornar o segundo livro mais empolgante do que o primeiro. E o primeiro já tinha sido muito empolgante. Dragões de Éter já é uma das minhas séries literárias preferidas.
Quando comecei a ler, achei que o príncipe Anísio e o príncipe Axel tinham uma semelhança com os personagens do final fantasy 6 Edgar e Sabin. Não sei se é só coincidência mas foi muito legal reaviver o sentimento que sentia quando jogava final fantasy 6 através do livro.
Espero poder ainda ler muitas das suas histórias que acho ótimas.
André
Obrigado pelas palavras.
De fato não é a primeira nem será a última vez que vão remeter os irmãos Edgar e Sabin, de “Final Fantasy 6″, a Anísio e Axel Branford, de “Dragões de Éter”.
Aliás, essa mensagem é interessante porque me lembrou também dos argumentos bem furados e sem base alguma, oriundos de gente que defende até que a dupla do “DdE” seria uma “réplica” da de “FFVI”.
O primeiro caso da lembrança do sentimento como citou o André tem total fundamento; o segundo da réplica, como já vi citarem, é ignorância extrema.
Realmente foi muito marcante a relação desses dois em “Final Fantasy 6″ (disparado o melhor roteiro de toda série e dotado dos personagens mais carismáticos já criados; quem cresceu com essa história não a esquece).
Por isso ao escrever “Dragões de Éter” era ótimo relembrar esse sentimento (tem leitores que já escreveram isso outras vezes).
A diferença entre as duplas, porém, são a seguinte:
a) Edgar e Sabin eram irmão gêmeos.
Anísio e Axel têm idade distintas; o primeiro é mais velho e Rei legítimo.
b) Edgar e Sabin disputaram o trono através de um “cara ou coroa”. O que Sabin não sabia era que o irmão Edgar trapaceou e utilizou uma moeda de duas caras, e por isso se tornou Rei.
Já Anísio sempre foi o mais velho e herdeiro legítimo do trono, e Axel sempre adorou ser o segundo príncipe, pois nunca foi treinado nem desejou ser Rei.
c) Rei Edgar era mulherengo, de coração mole e irresponsável. “Passou o cerol” em metade das raparigas do Reino e nem quis saber de ter uma Rainha.
Rei Anísio é devotado à sua prometida, Branca Coração-de-Neve, de coração frio, decisões sombrias e senso de dever obsessivo.
d) Sabin era quase um monge urbano, compenetrado, espiritualizado e de espírito aventureiro e altruísta, saindo por vontade própria para conhecer o mundo, se aprimorar e ajudar as pessoas.
Axel era completamente irresponsável, materialista, despreocupado e de espírito acomodado com a vida fácil; situação que só começa a se modificar quando passa por provações que lhe obrigam a acelerar seu amadurecimento.
“Idênticos”, não?
Sonhem conosco.
Sempre.
A Song of Ice and Fire no Brasil
“A Song of Ice and Fire” é a melhor série de literatura fantástica da atualidade, e uma das melhores de todos tempos.
Hoje eu anunciei em primeira mão no retorno da minha coluna no “Sedentário & Hiperativo” que nós brasileiros enfim poderemos tê-las em mãos, depois de um esforço de um ano e meio envolvendo meu prestígio junto aos meus editores na editora Leya e a conclusão das negociações.
A previsão é do primeiro volume chegar no segundo semestre.
Para mais detalhes, o post completo da coluna aqui:
http://www.sedentario.org/colunas/cavernas-e-dragoes/raphael-draccon-apresenta-ou-meu-momento-tarantino-24178
Enjoy.
Rei Anísio Branford
E a leitora Alice, que já havia feito incríveis versões da capitã da Guarda Real Bradamante e da Rainha Branca Coração-de-Neve, desse vez deu vida ao Rei Anísio Branford.
O rosto ficou a cara do Kurt Cobain, mas o que mais uma vez ainda impressiona como sempre são os detalhes das vestimentas e até mesmo de meros formatos esculpidos da madeira do trono real.
Segue abaixo a própria explicação dela sobre o processo de criação e o link.
Enjoy.¨
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+ Comments comentados
Olá Raphael!!!!!!!!
Li “Dragões de Éter – Caçadores de Bruxas” em pouco tempo e terminei o segundo livro a pouco, que pede uma continuação. Pelo final triste, posso esperar ansiosamente pelo terceiro “Dragões de Éter” ?
De uma fã, atenciosamente.
Raquel
Pode esperar sim. Chega em junho/julho “Dragões de Éter – Círculos de Chuva”.
Em algum post abaixo está inclusive um pequenino trecho do livro.
Espero que goste do novo livro e continue conosco.
Olá,Raphael.Sou uma jovem leitora fascinada por livros de aventuras com criaturas fantásticas.Sua história me conquistou.
Sempre julguei que escritores do exterior eram muito melhores que os nacionais,mas isso mudou.No início,pensei que você era estrangeiro por causa do seu nome,mas foi a poucas horas que descobri que você é BRASILEIRO!
Logo daqui,um país vergonhoso e sem escrúpulos,que só tem ladrões no poder e não tem conciência de nada,saiu você,um escritor consagrado em outros países e um dos poucos que conseguem criar novos mundos facinantes.
Deixando essa questão de lado…Gostaria de saber da onde foi que você tirou esse universo?Aquela da Ariana ser chamada de ‘chapeuzinho vermelho’ por que o sangue da avó espirrou no capuz dela foi incrível!Pergunto também o quê te inspira?Escrevo contos e algumas fanfics,mas também quero,um dia,criar meu próprio mundo.
Aguardo seus próximos títulos.
Abraços.
Keitty
Obrigado pelas palavras carinhosas.
É sempre gratificante não apenas ter o apoio dos leitores do nosso país, como caminharmos juntos para modificar a visão da literatura nacional em determinados segmentos, da mesma forma como diretores como Fernando Meirelles, José Padilha e Walter Salles fazem pelo cinema brasileiro.
E na verdade nós não escolhemos os cenários, são eles que nos escolhem.
Nova Ether já existia, mas eu só a “descobri” lá pelos meus 15 ou 16 anos, quando comecei a esboçar as primeiras linhas. Já o ”Caçadores de Bruxas” mesmo foi escrito aos 22.
E eu também adorava escrever fanfictions. Adoro pegar personagens que já estão estabelecidos no imaginário e apresentá-los de uma maneira diferente, mantendo a essência.
No fim das contas, “Dragões de Éter” faz isso da mesma forma.
Oi Raphael Draccon, eu sou da equipe do site http://www.missleitte.com, um fã-site reconhecido pela própria Claudia Leitte (http://www.youtube.com/watch?v=P3YVU1UbToY) e se não fosse muito incômodo, tem como mandar fotos da gravação do clipe Bola de Sabão para nós?
Desde já, agradeço
Gustavo
Hum, tá certo. Vou procurar ainda o cd para ver se encontro fotos dos bastidores.
É que escrevi esse videoclipe há tanto tempo, que não faço realmente idéia de onde possa estar.
Mas prometo que procuro e, encontrando, envio sim.
Eu achei 3 exemplares do Caçadores de Bruxas na livraria Nobel da minha cidade…
mais tipo meu aniver eh soh mês q vem…
não vai sair mais edições dele???
Otacílio
Estamos trabalhando para isso.
Provavelmente ele deve ser relançado, mas lá em junho/julho, quando sair “Dragões de Éter – Círculos de Chuva”.
Po cara fiquei fascinado pelo livro li 30 paginas na saraiva e fiquei fisurado vou comprar logo . Sempre me perguntei se um autor brasileiro podesse escrever um livro bom desse tipo achava muito dificil pos muito sobre esse mundo é baseada no folclore europeu , e vc me provou q sim um brasileiro pode fazer um livro bom desse tipo. Alias um livro otimo
Lucas
Obrigado; fico contente que tenha gostado.
Como dito lá em cima para a Raquel, esse trabalho é uma parceria entre autor e leitores para modificar o preconceito que ronda nossos autores, principalmente em gêneros como a literatura fantástica.
E estamos conseguindo.
A cada dia a mais, nós estamos conseguindo.
Obrigado por sonharem conosco.
“Dragões” no BlogCT
O “Criando Testrálios” colocou no ar uma entrevista curta comigo e lançou um concurso relâmpago até domingo para premiar com um exemplar de “Dragões de Éter – Corações de Neve”.
Quem quiser ler a entrevista e/ou tentar a promoção, só acessar aqui:
http://www.omundodeharrypotter.com.br/blogct/?p=2752
Enjoy.
Canções de Guerra
Trecho de “Dragões de Éter – Círculos de Chuva“, a ser lançado em junho/julho desse ano.
Como já era esperado, no romance acontece a Primeira Guerra Mundial de Nova Ether. O trecho origial e sem tratamento abaixo é a descrição das Terras Mortas, um dos cenários de batalha de Arzallum.
Enjoy.
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Antigamente, há milhões de anos, quando os sobrenomes pertenciam à famílias únicas, aqueles terrenos eram compostos de muita lama, areia e cascalho, levados até lá pela ação violenta do típico vento forte local e pelas enxurradas torrenciais. Essa erosão eólica empurrou para o local sedimentos oriundos das Sete Montanhas, e acumulou depósitos de cinzas vulcânicas e rochas sedimentares por anos e anos e anos. A temperatura local também era bem variável, fazendo o território passar por um ciclo anual constante de resfriamento e aquecimento por essas centenas de milhares de anos. Aos poucos, a terra desgastada foi se recuperando da violenta erosão provocada, e a terra e o vento continuaram seu processo criativo para dar forma à arte final.
O resultado disso era uma formação rochosa cujo formato geográfico beirava o sobrenatural.
Tratava-se de um local árido, sem vida, em misto de poeira, areia e argila. Uma terra silenciosa e com uma forma irregular, que ora era plana, ora composta de aclives, barrancos, canais, colunas de rochas e montes gastos, todos com o visual rochoso provocado pela erosão milenar. O vento, quando soprava, soprava forte e sibilava de uma maneira característica própria, erguendo poeira, e, de vez em quando, bailando terra e areia no ar. De acordo com a luz do sol, ou a falta dela, a região apresentava uma gama de cores que beirava o espetacular; uma variação que poderia alternar do negro azulado escuro, característico do carvão, ao vermelho brilhante, característico da argila.
Uma paisagem desolada que parecia a morada de espíritos que não tinham para onde ir, nem mesmo depois da morte.
O local perfeito para alguém morrer de uma maneira sem sentido.
(Dragões de Éter – Círculos de Chuva)
Santa Claus em Nova Ether?
Felipe, 13, Sp
Só se fosse na forma de um conto à parte dentro do próprio Universo. Uma história de dormir para crianças, por exemplo.
E vou ser sincero: eu sou um pouco traumatizado com a bizarra aparição do Papai Noel em Crônicas de Nárnia.
Agora, na comunidade do “Dragões de Éter” no Orkut, o leitor Rodrigo deu uma versão própria para uma possível visão de Santa Claus em Nova Ether.
Detalhe hilário para a frase final entre áspas do texto, com o intuito espirituoso de capturar o estilo das frases de gancho que ligam um subcapítulo ao outro da série.
Enjoy.
Claus, cidadão de Minotauros cidade pobre dominada por Imperador Ferrábas. É completamente contra seus feitos.
Adora crianças, assim no final do ano, escondido pelos becos depois do toque de recolher ele joga brinquedos para as crianças pela janela…
” Mas ele não sabia o que lhe esperava”
Rodrigo
Viu só?
E por aí vai…