Qual a gestação de dragões?

Não é a primeira vez que me fazem essa pergunta abaixo.

Logo, aproveitando-a então:

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Quanto tempo você demorou para escrever o primeiro “Dragões de éter”???

Renata

Se for só a parte de se sentar e escrever, é só fazer as contas: 10 páginas por dia em 5 dias úteis, dá 200 páginas por mês. Logo, em 3 meses eu tenho um livro do tamanho do “Dragões…”.

Como determinadas partes exigem trabalho maior, como entender a diferença entre o trotar de um cavalo comum e um corcel, ou detalhes de rituais de iniciação, a gente coloca mais um mês de crédito, e ficamos com aproximadamente 4 meses de trabalho.

Agora, se for contar desde os primeiros rabiscos (aos 17 anos) do universo, até a conclusão do Livro 1 (aos 22), então são 5 anos.

+ “Dragões de Éter – Corações de Neve”

Algumas mensagens (selecionei algumas das mais rápidas) de meus leitores, sobre “Dragões de Éter – Corações de Neve“:

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Vai ser interessante ver como que tantos personagens novos vão interagir com os antigos, sem perder o timming da história! :)

Igor.

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Mal posso esperar!!!!

Juliana

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Roendo as unhas de ansiedade pela publicação do livro!

Ivana

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Isso tá me consumindo. Lança logo esse livro, rapaz! rsrs…

Ô, demora… Lança quando, esse livro?!

André Luís

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entao, estamos em março. Alguma previsao de lançamento?
” Loco pra ler o segundo livro”

Vilin

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aew raphael, to esperando o segundo hein xD

Tex

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Tem previsao p…. o coraçoes de neve???/

Juliano

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Li “Dragões de Éter – caçadores de bruxa” achei ele ótimo. Estou aguardando desesperadamente o livro “Dragões de Éter – coração de neve” e gostaria de saber se você tem outros livros. Se tiver por favor mande-me um e-mail com os nomes. Obrigado.

Rogato

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Olá, amei seu livro, senti vontade de ler desde a primeira vez que o vi na livraria .. ele é cativante desde a capa até a última página .. espero anciosamente pelo próximo livro. Serão apenas 2? E parabéns, a literatura brasileira precisa de mais livros como o seu.
;D

Gisele

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Olá, gostaria de dizer que amei seu livro e gostaria de saber se terá continuação, já que vem escrito ‘livro 1′ na frente.

Obrigada.

Jennifer

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Olá Raphael!
Queria dizer que adorei seu livro.
Devorei cada capítulo em questão de segundos. E sua idéia de a cada capítulo mostrar um pouco de cada história me fazia querer ler cada vez mais, e por mais tarde da noite que fosse eu não conseguia parar de ler !
Enfim, meus parabéns! Seu livro é ótimo. E sinceramente, eu sou chata pra gostar de livros.
Queria saber quando virá o segundo livro!
Espero anciosamente!
Obrigada pela atenção.

Julia.

Certo, mês de março estava realmente marcado para o lançamento de “Dragões de Éter – Corações de neve”.

Assim como vocês, também esperava por isso.

Meu editor andou realmente ocupado, viajando para lá e para cá feito o Lula, resolvendo um monte de pendências da editora, e também acreditava que teríamos o lançamento em março.

Entretanto, esse mês ele teve de me dar a notícia chata: em nome da editora pediu desculpas pelo atraso, mas devido a “problemas técnicos” o lançamento foi adiado.

Ok, sei que é frustrante para todos que acreditam em Nova Ether, e é frustrante também para mim, que estou doido para conhecer a resposta de vocês, mas não há muito a ser feito realmente, a não ser dar mais um voto de confiança ao trabalho da equipe.

O original está entregue, mas nem mesmo a arte da capa está pronta ainda. Se estivesse, aliás, eu já teria postado-a por aqui.

Para compensar, vou pedir autorização para publicar ao menos o prefácio/primeiro capítulo de “Corações de Neve” aqui no blog para download.

E também vou ver se descubro algum talento de desenhos com estilo próprio por aí, disposto a ter uma chance de mostrar trabalho.

Mas, independente, sobre “Dragões de Éter – Corações de Neve”, acreditem, qualquer espera valerá à pena.

A história é uma metáfora espiritual; e fará corações se derreterem.

Nos encontraremos ainda dentre sorrisos e lágrimas.

E, acreditem, mais rápido, do que qualquer semideus possa tentar imaginar…

Raphael Draccon vs Akuma

Talvez alguns de vocês saibam que eu sou faixa-preta de Taekwondo desde cedo, e que já fui consultor de artes marciais de algumas produtoras.

Talvez alguns de vocês saibam que lá no início da década, eu criei o site de filosofia marcial Primeiro Dan, que foi citado como referência no Jornal O Dia.

Mas daí que eu vesti meu kimono para enfrentar o street fighter Akuma em uma luta que ninguém viu, eu duvido!

O pior é que a luta secreta foi filmada por um papparazzo, que me vendeu o vídeo por uma grana preta.

Ao menos, valeu à pena.

Enjoy.

Nélson Freitas – Paródia Trote

“Ether” ou “Éter”?

Raphael,

fiquei muito feliz de receber sua mensagem, achei que talvez você só lesse sem responder… Obrigada de verdade pela resposta! E depois desse e-mail estou mais curiosa ainda para o “Dragões de Éter- Corações de Neve”.

Acabo de me lembrar de uma dúvida minha ao ler o livro, existe alguma diferença entre escrever ether e Éter? Por que achei as duas palavras durante o livro.

Muito obrigada mesmo pela atenção!

Julia

“Ether” vem das formas de se escrever “éter” em latim: “ether” ou “aether”.

Em “Dragões de Éter”, o mundo que funciona como cenário se chama “Nova Ether”. A energia onírica e espiritual de criação que movimenta esse cenário se chama “éter”.

Agradeço igualmente a mensagem.

Abraços.

Dragões em SP?

Oi, Raphael! Beleza?

Sabe se o “Corações de Neve” vai ter lançamento aqui em SP?

Abraços e Ótimo 2009

Rick

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Oi Raphael.

Seria uma boa ideia você vir para São Paulo na estréia de Dragões de eter corações de neve.

Aqui você também tem fãs. 

Espero que você pense na idéia.

Abraço de seu fã Vinícius.

 

Sem dúvida. Eu vou à São Paulo sim.

Ainda não consegui me reunir com meu editor para saber uma data de verdade sobre o lançamento de “Dragões de Éter – Corações de Neve“, mas independente de quando seja, eu vou a São Paulo sim.

Adoro essa cidade; costumo ir com frequência aí, aliás. Acaba que a maioria dos eventos literários é mesmo na cidade da garoa.

Logo que tiver datas mais concretas, posto aqui.

Abraços!

Desafiando Leitores – Round Three

Como prometido, retornando para mais uma rodada do Desafio: “O que diabos o príncipe Anísio estava fazendo nas Sete Montanhas de Arzallum?”

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Oi Raphael!

Eu acho que o Anísio descobriu que Bruja estava nas sete montanhas e foi até lá para encontrá-la. Eu acho que ele queria conseguir alguma informação dela ou capturá-la, mas era uma operação secreta, por isso ele foi sozinho.

Angélica.

Bom chute. Mas se foram preciso Sete Mestres Anões para destruir um avatar daquele porte, Anísio Branford não seria páreo nem para olhar para ela.

Se comparássemos com D&D, seria como um guerreiro de 3° nível querer enfrentar sozinho um semideus, acima do 20°.

***

Acho que ele recebeu alguma notícia anônima dizendo que Branca estava nas Sete Montanhas de Nova Ether e se ele quizesse que ela sobrevivesse teria que ir lá e sózinho, pois se fosse com alguêm, essa pessoa que estivesse com ela que no caso era Bruja iria matá-la, chegando lá o príncipe Anísio vê quem realmente estava com Branca que no caso era Bruja, que só sequestrou Branca para poder o príncipe Anísio ir lá só e então ela poder matá-lo, mas quando Bruja lançou o feitiço em Anísio, na mesma hora os Sete Mestres Anões conseguem matá-la e ivês de o príncipe morrer, ele vira sapo.

Tomara que esteja certo rsrsrsrsrsrs ”/

Murilo.

Mandou bem o rapaz. Poderia ter acontecido assim realmente.

Ainda não é isso, mas o raciocínio é por aí.

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Oi, Raphael tudo bom? Meu nome é Aline e vou dar o meu palpite do que o príncipe Anísio Terra Branford estava fazendo nas Sete Montanhas de Nova Ether:

Bom, como diz no livro, o príncipe Anísio é o primeiro filho e assim sucedera o trono. E no livro diz também que como ele sera o futuro rei, ele tem mais obrigações que o príncipe Axel. Sendo assim eu acredito que o príncipe Anísio foi até as Sete Montanhas de Nova Ether para conhecer as fronteiras do reino, as pessoas que vivem durante o seu percursso e que tipo de melhorias ele podera fazer quando ele for tomar o trono, ou seja, ele pode ter se disfarçado como uma pessoa qualquer e foi conhecer o que um dia ele ira governar. Como Anísio é jovem talvez ele não tenha tido tempo para conhecer o reino todo, ja que ele tem que estudar, treinar e mais outras obrigações que ocupam muito o seu dia. E o fato de ele ter se encontrado com Bruja eu acho que foi por acaso, ja que ela reaparece de tempos em tempos e provavelmente ela o reconheceu como o filho do homem que mandou acabar com todas as bruxas e em uma tentativa de se vingar transformou o príncipe Anísio em um sapo gigante. Também a uma pequena chance de ele ter sido encarregado de uma missão de acordo com os anões… mais seria muito descuido ele ir sozinho se esse for o caso, ja que poderia ocorrer uma tentativa de sequestro ou até assasinato por parte dos anões ou outras criaturas que possam viver nas Montanhas e também seria muito fácil para ser a resposta do desafio. =]

Aline.

Hum, gostei.

Realmente a segunda hipótese seria muito fácil para o desafio, e justifca o que havia comentado na tentativa citada acima chutada pela Angélica.

Mas o que eu gostei foi do raciocínio das obrigações de Anísio, comparadas com as de Axel. O motivo de Anísio ter ido às Sete Montanhas não é nada do que foi citado, mas ver uma leitora perceber esse detalhe citado é admirável porque ele define todo o arco de história dos dois em “Corações de Neve”.

E tem a ver com o motivo.

As peças estão cada vez mais próximas…

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Bom, eu quero ter direito a uma chance também. Tentar não custa, nunca…

Acho que existe muitos, mas muitos fatos por trás de tudo o que ocorreu, tentei encaixar todos

Anísio Branford já pretendia viajar até o reino de Branca Coração-de-Neve para uma visita a sua futura esposa e rainha. Na época da viajem, porém, ele rebece um aviso. Não seiao certo se dos Sete Mestres Anões, ou do Reino que faz fronteira com as Montanhas, seu tio, o rei Segundo. Provavelmente apenas uma carta sobre ações de bruxa, nada sólido.

Anísio então decide aproveitar sua viagem e investigar ele mesmo, confiante em sua capacidade de resolver um problema, e afim de manter o trabalho que o pai havia realizado. Ele toma a rota mais longa para o reino de Branca, passando propositalmente pelas sete montanhas (e talvez até com intenção de visitar Segundo Branford).

Finalmente, enquanto procura varrer o possível mal, Anísio se depara, para sua surpresa, com Bruja. Mais do que uma bruxa qualquer, a primeira das fadas-caídas derrota o príncipe e o transforma no sapo que Axel mais tarde encontraria. Bruja porém é morta pelo Mestre Anão, que já estava a procurando após sentir sua presença maligna.

——-

Tentei usar bastante os comentários do Draccon sobre as outras tentativas. E até usei uma ou outra como base na verdade. Enfim….tentei =DD

P.S. Também ansioso por ler DdE:Corações-De-Neve 

Gabriel.

Hum… não daria.

Mais uma vez: seria insanidade de um príncipe que precisa ter bom senso para virar Rei, se meter uma viagem a cavalo por um Reino a oeste (Cálice, do Rei Segundo Branford) para chegar a outro que se localiza ao norte de Arzallum (Stallia, do Rei Alonso Coração-de-Neve).

Quando eu conseguir publicar o mapa de Nova Ether vai ficar mais fácil. Aliás, ele já está pronto. O problema é que o artista Vinny Cucinello (o mesmo que fez as ilustrações em estilo japonês do book trailer) está trabalhando na França, e não consegue um scaner para enviar o dito-cujo!

Eu quero ver se dá tempo de acrescentá-lo ao livro.

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Os sete anões deviam ser guardiões de algo, algo que o rei ou o reino precisava, então ele foi até lá tentar ou negóciar com os anões, e Bruja o transformou em sapo {Bruja ou então até mesmo os anões o_o’.}

Minha hipótese ^-^ 

Carol.

Original essa, hein? Já pensou?

Os Mestres anões quem teriam dado ao príncipe a macabra pele leprosa?

Mas Anísio realmente não havia ido lá para encontrar os Mestres (que realmente são Guardiões de algo). Ele foi encontrado por acaso por eles.

O desafio continua…

Sonhem conosco.

Dragões de Eter – Resenha por Leandro “Radrak” Reis

Leandro “Radrak” Reis é um escritor da nova leva da literatura fantástica brasileira, que conheci no lançamento da antologia: Anno Domini.

Leandro foi um dos autores selecionados para a antologia, e, na época, estava ainda na árdua e penosa batalha de se vencer dragões vermelhos até a primeira publicação.

Pois bem, o rapaz conseguiu!

Lançado este ano pela Idea Editora, a mesma editora que publica a saga “A Caverna de Cristais“, da veterana (e mais do que excelente) escritora Helena Gomes, chegou ao mercado editorial a obra Grinmelken, iniciada pelo romance: Filhos de Galagah.

Inspirado no book trailer de Dragões de Éter, o irmão de Leandro até produziu um vídeo próprio muito bem-feito para a obra, utilizando  movimentos de personagens em 3d.

Conheci Rodrigo Coube, o editor da Idea, na Bienal de 2008 em São Paulo, e só tenho a elogiar o trabalho não apenas que ele vem fazendo, como o de toda equipe da Idea Editora (e que também conheci por lá).

Abaixo, segue uma curta resenha de Leandro publicada em seu blog sobre “Dragões de Éter”.

Fica a dica de se observar mais um autor brasileiro promissor.

Juntem-se a nós.

E sonhem conosco.

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ps: essa semana respondo a mais uma leva de mensagens de leitores sobre o desafio envolvendo Anísio Branford e as Sete Montanhas de Arzallum, ok?

Promessa.

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Resenha – Dragões de Éter

Para aqueles que esperam encontrar batalhas de dragões, esqueçam. Dragões de Éter trabalha o simbolismo desta palavra, remetendo à força e liberdade dos homens. Cada personagem é um dragão, um ser de força de vontade, que preza por seus princípios e liberdade.

Mesmo assim, a Obra está longe de se afastar do Fantástico. Em uma inteligente re-leitura de conhecidos contos de fada, Raphael nos cativa com referências inesperadas, forçando-nos a lembrar de histórias esquecidas em algum lugar de nossas mentes.

A história é contada por um narrador bem Parcial, que não pensa duas vezes antes de expor suas idéias sobre o que está acontecendo na trama. Às vezes, tal narrador exagera um pouco na dose e deixa o texto cansativo, mas logo entra de volta na trama e prende nossa atenção com afinco. Admito que é necessário passar da página número 100 para se empolgar com a leitura. Mas julgo tal intervalo necessário, pois nestas páginas iniciais, o autor prepara as peças no tabuleiro, para só então mostrar a natureza de seu jogo.

Por fim, a narrativa culmina em uma mensagem ao leitor. Algo que fará algumas pessoas pensarem. Outras não. Aconselho uma pesquisa na Net, no Google mesmo, se você não entender algum termo, como egrégora, ou mesmo éter, isso ajudará na compreensão final.

Um livro que eu indico a leitura por dois motivos:

- O escritor é brasileiro, e vale a pena prestigiar o trabalho nacional (Que não perde em nada para os livros importados);
- Você não verá mais João, Maria (Aqueles da casa de doces) e Chapeuzinho Vermelho com os mesmos olhos…

Desafiando Leitores – Round Two

Mais algumas mensagens de meus leitores, topando o desafio de tentar descobrir antes do tempo: “O que diabos o príncipe Anísio Branford estava fazendo nas Sete Montanhas de Arzallum?”.

O leitor Felipe arrisca:

Eu acho que Anísio foi para as sete montanhas pois sentiu a presença de Bruja lá, e então viajou até lá para acabar com ela.

Mas vamos ver qual foi o verdadeiro motivo, né? 

Hum… o goleiro defendeu, mas ele chutou no gol.

***

O leitor Mateus também chuta:

Eu acho que anísio foi as sete montanhas afim de uma negociação com os sete anões para se aliarem ao reino de primo, que ja sentia um mal clima no ar antes de mandar anisio para as montanhas

Hum, bom chute, só que bola foi para fora.

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E pela leitora Jéssica:

Olá Raphael!

Primeiramente quero dizer que o livro é ótimo, eu gostei muuuito mesmo e não vejo a hora de ler “Dragões de Eter – Corações de Neve”.
Bem, vamos ao assunto.
O que Anísio estava fazendo nas Sete Montanhas?
Após ter lido o livro e o conto “Bonecos de Pano” eu deduzi que o destino de Anísio não era as Sete Montanhas, eu acho que ele estava passando por lá para chegar a Glubbdubdrib, a Terra dos Feiticeiros, que, segundo o conto fica no Ocidente (então talvez possa estar a oeste de Arzallum). Ele queria ir lá pois desejava conversar com alguém que já morreu ou pedir algum favor aos feiticeiros.
Ao passar pelas Sete Montanhas para ir a Glubbdubdrib Anísio sentiu a presença de Bruja e foi procurá-la para matá-la, mas acabou sendo aprisionado. Ou ele já sabia que Bruja estava nas montanhas e foi atrás dela para matá-la e poder pegar sua cabeça para levar aos feiticeiros como pagamento.
Ao ser aprisionado Anísio foi transformado em um sapo de aparência nojenta e repugnante, o que foi uma humilhação para o primeiro príncipe que era muito cuidadoso e sempre se preocupara e se esforçara para ser um Rei perfeito que Arzallum um dia teria.

Bom, eu espero que seja isto.

Bjoss e sucesso,

Jéssica chutou acima do travessão, mas… nossa… eu adorei a versão dela! De todas as mensagens, essa foi a idéia mais criativa que já recebi até agora; parabéns!

Quando as novas camisas sairem, eu separo algumas para o pessoal que chegar mais perto, ok?

Sonhem conosco.

“Dragões de Éter” Americano?

Respondendo às mensagens dos leitores Renata Collet e Murilo Simplício, dois dos maiores defensores da série do “Dragões de Éter, e que devem ter cultos e seguidores próprios que oram a eles como seus semideuses em Nova Ether.

Olá

Queria saber se você já tentou mandar “Dragões de Éter: caçadores de bruxas” para o exterior (leia-se: Estados Unidos)
Não que seja da minha conta mas acho frustrante o fato de um livro tão bom quanto esse seja menos famoso que “Crepúsculo”, por exemplo.
Acredito que se a tradução fosse publicada nos EUA as críticas seriam boas e seu livro decolaria de vez.

Renata

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Olá Raphael, já sabe quando o livro Coração de Neve vai ser lançado?
E faço a mesma pergunta da Renata abaixo :
Queria saber se você já tentou mandar “Dragões de Éter: caçadores de bruxas” para o exterior (leia-se: Estados Unidos)

Murilo.

Para uma obra como “Dragões” chegar ao mercado americano é preciso alguns artifícios.

Primeiro, é preciso um agente muito bom. Às vezes, até mais de um (agentes fazem co-parcerias frequentemente).

Segundo, é preciso uma editora que saiba desde o início que a série será um sucesso, e não que se surpreenda por a série virar um sucesso.

Terceiro, é preciso um suporte de mídia que complemente o universo literário e crie um diferencial para a série.

O primeiro é o contato com o mundo de lá. O segundo é a estrutura para vender o número necessário, e dar material para que o primeiro faça o tal contato com o mundo de lá. O terceiro, é o motivo que fará o tal mundo de lá ter real curiosidade de conferir e pensar no assunto.

O mercado americano é um pouco fechado para estrangeiros, mas isso não apenas o literário. Entretanto, basta um livro em inglês vender um pouco, que as editoras de lá acreditam que pode ser vendido em qualquer lugar do mundo.

Logo, para um livro estrangeiro entrar lá, ele tem de

1) cair no momento certo por algum tema contemporâneo, como “O Caçador de Pipas”, que entrou na onda do 11 de Setembro e da Guerra do Iraque, e gerou o interesse do povo americano, e do mundo (afinal, segundo Bush “Já Vai Tarde” quem não estivesse com eles, estaria contra eles), de tentar entender um pouco das motivações do “lado de lá”.

Outro exemplo de um caso assim seria “O Segredo”, que chegou em um momento que o povo americano estava revendo seus conceitos de superioridade, destruídos pela era Bush, e tendo uma crise de identidade.

Logo, aparecer naquele momento um livro que lhe dissesse: “sim, se você souber o Segredo escondido, e passar a pensar dessa forma, você volta ser superior” (o que significa em outros termos: voltar a vida de winner) era exatamente o que eles estavam precisando.

E o resto do mundo vai na carona.

Independente, se um livro conseguir estar no momento certo e estourar, ele leva uma leva de livros com a mesma temática com ele.

2) Ou ele tem de ter vendido muito no seu país de origem, e vender em outras regiões do mundo, como o “Harry”.

3) Ou ele tem de virar um filme.

Essa terceira, porém, é a opção mais complexa. É mais coerente ele se tornar um filme depois de virar um livro de sucesso.

E com o detalhe importante: o livro tem de contar uma história universal, e não regional.

Bom, também existem ainda outros artifícios, é verdade, mas esses são os principais.

E o “Dragões”, onde entra nessa? Bem, eu tenho boa parte do necessário; hoje em dia, inclusive, até mesmo a editora citada lá no segundo tópico. E os produtos ao redor da série literária estão em processo.

Logo, na verdade não falta nada ao “Dragões” para que isso aconteça; apenas dar tempo ao tempo mesmo.

É preciso de um número X de vendas (que acreditamos ter capacidade para alcançar), e é preciso que o material ao redor do universo literário tome vida (hum… vocês irão gostar dele).

E é mais fácil o “Dragões” começar pela Europa, lá por Portugal ou pela Espanha, do que pelos EUA propriamente. Os caminhos são mais fáceis.

Vamos ver o que acontece.

O que sei é que a obra tem vida própria; ela caminha sozinha e chega lá.

E, assim como vocês, eu também acredito em “Dragões”.

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