São Paulo e o Fantasticon 2008 (e uma noite com André Vianco e Starbucks Coffee)

Madrugada de terça-feira, dois dias depois da experiência de participar do Fantasticon 2008; o evento de literatura fantástica mais importante do país, e da cidade que merece o mesmo adjetivo.

Capítulo I – Congelando (em) São Paulo

Sabem, uma vez tentei entender de onde André Vianco tirou a idéia de um maldito vampiro que congela o tempo” (se você não leu “Os Sete”, isso é um spoiler! Logo, passe o mouse por conta e risco).

O interessante é que chegar em São Paulo às 6 da manhã já responde essa dúvida. Afinal, a resposta era: do fato dele ser paulistano. Descobri que, se fosse eu também um escritor de São Paulo, provavelmente criaria um personagem que seria capaz de fazer a mesma coisa…

Batendo o queixo, tremendo um pouco, e agradecendo por um pouco de luz de sol (o que não impede de se permanecer encasacado nessa cidade incrível), meu agente me levou ao Colégio Arquidiocesano no horário próximo do meio-dia.

O grande motivo: uma mesa envolvendo como tema a “invasão do cinema na literatura fantástica”.

Ao lado de feras do naipe de meu já citado amigo André Vianco, a produtora Vivi Amaral, da Fy Cow, e o mestre em multimeios Alfredo Suppia (que, por sinal, acabou se mostrando muito mais jovem do que eu imaginava a princípio), nós debatemos os mais diversos assuntos envolvendo cinema e literatura.

Sobre a mesa em si, ela foi ótima. Como ela começou “um pouco” atrasada, acabou que, quando terminou, a impressão que se tinha era de que poderia durar mais uma hora inteira, pois todos os quatro ainda teriam algo a dizer.

Falamos sobre literatura x cinema; sobre profundidade x conflito dos personagens; sobre modismo na fantasia; sobre falta de ousadia no cinema fantástico brasileiro; e por aí vai. Foi um quadrangular muito interessante; Sílvio Alexandre foi muito feliz ao montar tal mesa.

A propósito: Sílvio Alexandre é um cara para quem se tem de tirar o chapéu. Organizar um evento desses é uma iniciativa fabulosa, e, como se já não bastasse, o sujeito ainda é uma simpatia e não pára de ter idéia em prol da divulgação desse tipo de literatura.

Como escritor o mais interessante desses eventos é conhecer pessoas que normalmente nós conhecemos apenas pelos trabalhos delas, ou pela troca de mensagens eletrônicas.

Logo, poder conhecer pessoalmente dragões (quando se fala em fantasia, isso é um elogio; em qualquer outra circunstância, não…) do mercado editorial fantástico como Helena Gomes, Rosana Rios (que citou “Dragões de Éter” em sua palestra), Cláudio Villa, Nazarethe Fonseca, Nélson Magrini e Roberto de Souza Causo, não tem preço.

Aliás, a presença de Causo me foi uma grata surpresa, afinal, não apenas o citei, como havia levado impresso uma de suas críticas para usar um parágrafo de base para um argumento sobre escritores que não gostam de ler (e escrever uma frase dessas é ainda mais surreal do que debater sobre).

Outro ponto interessante da presença de Causo, é que ele provavelmente vai fazer um resumo do que foi a mesa e seus temas debatidos de uma forma muito mais competente do que eu (e quando ele o fizer, coloco o link aqui no blog), o que me permite falar sobre os bastidores daquele sábado sem peso na consciência.

Sem peso na consciência.

Capítulo II – Sabres de Luz

Estar no Encontro Internacional de RPG significa cruzar com cosplayers de Darth Vader, Smoke (do Mortal Kombat), piratas, cavaleiros-autores vestidos com armaduras vendendo livros de fantasia e todos (sim, sim: todos) os personagens de Naruto. E falo desde aqueles que ainda devem estar vivos; até os que não sobreviveram até o fim (acho eu; hoje em dia a gente nunca sabe o que significa exatamente “morrer” em animes e comics da DC, não é mesmo?).


(é… coisas assim são normais no Encontro Internacional de RPG…)

Você vê pessoas se digladiando com espadas de espuma em uma imenso pátio colegial, enquanto come tranqüilamente uma coxinha com guaraná natural com a naturalidade de um inspetor sonolento, que vê crianças brincando de pique à espera da sirene que as mande de volta às salas de aula.


(sim… coisas assim também…)

E você vê centenas de pessoas empolgadas de preto (fico imaginando o que aconteceria se alguém vestido, por exemplo, de vermelho tentasse se sentar ali! Acho que teriam de jogar um D20 para saber…) sentadas sobre mesas que sustentam egrégoras de formas-pensamento que moldam mundos de éter fantásticos demais para a razão compreender, e onde apenas a imaginação de cada uma delas é capaz de tocar. E manter.

Se você for um escritor, e tiver algum livro publicado (mesmo que da forma mais independente), você provavelmente verá seu livro em algum estande armado (e provavelmente será o da Devir), e com sorte talvez algum leitor até lhe reconheça e peça seu autógrafo. Talvez o mesmo leitor ainda queira levar uma foto, elogiar ou reclamar de alguma passagem da história de vocês.

Entretanto, por mais que um escritor de fantasia nacional tenha um breve momento de rockstar de 15 minutos como se fosse um escritor na FLIP (obviamente, com exceção de Gaiman que é rockstar 24 horas), você sabe que não é a estrela daquele pátio.

Compreensível; não há como ser estrela quando personagens já maiores que seus criadores transitam de um lado a outro com a maior naturalidade do mundo, e posam para fotos fazendo poses de perfomances dignas de filmes B (lembra aquela questão de metáforas que funcionam como “elogios” de acordo com circunstâncias?).

E não podemos reclamar realmente desse assédio curioso, pois mesmo nós, que deveríamos ser criadores, de vez em quando sentimos vontade de levar uma foto de recordação como verdadeiros tietes de tais criaturas.

Afinal, é um fato: não, não dá.

Não dá para competir com Darth Vader.

Capítulo III – Vendendo Sonhos e(m) Starbucks Coffees

Após o Fantasticon, depois de um almoço em uma lotada praça de alimentação do Shopping Santa Cruz, entupida de garotos (e meninas) de preto, segui para uma noite de autógrafos do livro “O Vendedor de Sonhos”, do ultra-mega-best-seller Augusto Cury (nós temos o mesmo agente), na Saraiva do Morumbi Shopping.

Curiosidade: quando adaptei o romance “O Futuro da Humanidade”, do próprio Cury, para o cinema em um filme que talvez um dia exista, ele havia me dito que achava melhor modificar o título do roteiro. Eu sugeri “O Vendedor de Sonhos”, e Cury fez uma expressão pensativa e satisfeita, de quem havia gostado muito do título.

Pelo visto, ele gostou realmente do título.


(o vendedor de sonhos…)

Encontrei alguns Highlanders da Planeta, com quem pude discutir alguns assuntos editoriais, mas então em seguida enfim entendi porque o destino havia me levado até lá feito uma folha seca solta no roteiro de Forrest Gump: para que meu agente me apresentasse ao Starbucks Coffee.

Sabe, conhecer um local que serve cafés gelados misturados com chocolate, e com pedaços de chocolate dentro, é capaz de fazer um carioca que não gosta de café querer passar frio novamente em SP, apenas para refazer a experiência.

Cheguei à conclusão de que se Adão ficou tão entusiasmado com uma mísera maçã, se uma serpente tivesse lhe oferecido um copo “Tall” de Starbuck Coffee como pecado original, ele teria inaugurado ali mesmo o pecado da orgia.

E Eva que se preparasse, afinal, com tanta cafeína no sangue, e sem televisão a cabo, ela teria de ter bastante energia quando o sol se fosse…

Capítulo IV – O Turno da Noite

E a noite ainda teve fôlego para  uma volta pela noite paulistana como co-piloto de Vianco. Era a hora de conhecer a metrópole pelos olhos de um de seus escritores mais clássicos.

É claro que ele quis me levar a Osasco, e é claro que ele quis me levar ao “Theatro dos Vampiros” (e se você vai a São Paulo e pretende viver eternamente, é melhor ser iniciado nos rituais vampíricos por André Vianco, não?).

Sabe, ver São Paulo à noite, quando o sol resolve descansar, e as luzes dos postes, dos prédios e dos monumentos são acesas (principalmente as coloridas, das blitzes animadas com a “lei seca”), é uma beleza que cativa e marca a memória.

A arquitetura daquele lugar tem quase poesia por detrás de seus grilhões de ferro e suas vidraças escurecidas. Uma poesia que pode melhor ser vista à noite quando as estradas estão livres, e o trânsito não está engarrafado à espera de uma tempestade que economize gasolina e transporte os carros de lugar.

O Rio de Janeiro tem sua beleza calcada na beleza natural de suas praias, lagoas, e arborização. São Paulo, porém, tem sua beleza exatamente na urbanização que explode no rosto de quem a vê por fora, e sente a mesma sensação do coração que pulsa diante da tecnologia e do progresso que assusta. E fascina.

Ah, sim! E terminamos essa noite em um bar de Pinheiros, à base de saladas e carpaccios servidos com cerveja escura e coca zero.

Do lado de fora, no meio da rua, cinco meninas animadas, expremidas dentro de uma Fiat, nos avistaram lá na janela do segundo andar, e começaram a buzinar e a gritar coisas surreais do tipo: “olha, olha lá no segundo andar!” e “uuuuh, bonitão!”. Vianco insistiu que aquelas reações todas eram para mim.

Eu acreditei.

Afinal, em uma cidade onde vampiros fazem coisas nas avenidas e cafés gelados são servidos com pedaços de chocolate, tudo; tudo parece realmente muito mais fantástico…

“Dragões de Éter” & “Tormenta RPG”

Recentemente me enviaram um comentário de mais um leitor, dessa vez o Igor Faria, colhido na web.

Achei bem interessante porque ele dá sua opinião sobre “Dragões de Éter”, mas também sobre o romance “O Crânio e o Corvo”, do cenário de RPG nacional “Tormenta”.

Acompanhem a opinião primeiro, que depois explico meu interesse particular:

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Igor: 

Eduardo, vc pode se assustar, mas é MUITO grande o número de pessoas que preferem o Hobbit à trilogia SdA… Acho que deve ser pela leitura ser mais dinâmica (num nível Tolkien de ser, claro)… Se me deixarem, recomendo outros livros tb: O Inimigo do Mundo e O Crânio e o Corvo, do Leonel Caldela. É uma trilogia (o terceiro ainda não saiu) ambientada no mundo de TORMENTA (sim, aquele daquela revista famosa)… No segundo livro, principalmente, tem uma narrativa de uma guerra. Não chega à ser épica, mas já é alguma coisa. E como vc perde muitas referências legais se não ler o primeiro antes, recomendei os dois.

Tem também o recente Dragões de Éter, do Raphael Dracon. O que eu mais gostei do livro foi a narrativa, que se dá de forma a parecer que o narrador é um bardo que está contando uma história ao redor de uma fogueira. Adicione à isso elementos de um mundo de fantasias e uma re-leitura de contos de fadas como Chapeuzinho Vermelho, João e Maria, Branca de Neve e os Sete Anões, entre outros, e vc tem um livro MUITO bom e divertido. A intenção do Raphael é também lançar uma trilogia, mas ele está à mercê da editora para que ela aprove os outros livros.

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       (o que esse dois livros têm em comum? continue e descubra…)

 

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O que me chama atenção nesse comentário, além, claro, de mais uma boa opinião sobre a obra, é que tenho uma ligação forte com o cenário de Arton, onde se passa Tormenta. Não é à toa que em “Dragões de Éter: Caçadores de Bruxas”, o narrador da história faz uma referência ao príncipe Mitkov, do cenário artoniano.

Quando adolescente fui um dos Coordenadores da Lista de Discussão & Desenvolvimento de Tormenta (um nome que me lembra a piada com o nome da S.H.I.E.L.D. no filmaço do Homem de Ferro…). Na época, era responsável, dentre outras funções, ajudar, se não me engano dentre quase mil membros (é, a lista era “frenética”), aqueles que quisessem mestrar “Play by E-mails” (PbEMs), ou seja, RPG pela internet.

Sei que a idéia parece esquisita à princípio, mas é uma experiência incrível. Mestrei por um ano o primeiro PbEM de Tormenta com início, meio e fim, que durou exato um ano inteiro.

Escrevi os primeiros contos da Lista no cenário, o “Lembranças de Tormenta” e “Recrudescência”, com um comandante do Protetorado aposentado. J.M. Trevisan, um dos autores originais do cenário e até hoje meu contista preferido, pensou na época em reescrever o conto e assinar como co-parceira, mas quem acompanhava Tormenta sabia que Trevisan era conhecido por ter várias boas idéias, mas realizar metade delas (na verdade, quem de nós não é assim, não é verdade?).

Hoje em dia penso, sinceramente, em eu mesmo reescrever os contos e postá-los aqui para download como uma homenagem ao

“Dragões” batendo as 1.200 visualizações

E o carismático trailer do livro ”Dragões de Éter” no Youtube bateu as 1.200 visualizações.

Dentre belas imagens de personagens inspiradas em animações japonesas, e interessantes mensagens espirituais, o vídeo andou agradando e recebendo elogios que vão dos leitores fiéis, passando até mesmo por pessoas que ainda não leram a obra, mas já a apóiam, como o escritor indicado ao Oscar: Bráulio Mantovani, roteirista de “Cidade de Deus” e “Tropa de Elite“, que achou o resultado final “muito bonito”.

Se você, novo visitante desse blog, ainda não o assistiu, ou caso queira assisti-lo novamente, para facilitar a vida dos navegantes vou colocá-lo dessa vez aqui em uma janela direta.

Por favor, relaxe. Sinta-se em casa. Toque em nossa mão.

E sonhe conosco.

“Dragões De Éter” ainda entre os 10% mais vendidos da Planeta

“Dragões de Éter” encontra-se com a sua primeira tiragem esgotada, mas o mais curioso é que, ainda assim, ele está até hoje entre os 10% de livros mais vendidos da editora Planeta, segundo o site da rede Saraiva.

Dentre mais de 400 livros cadastrados na rede da editora, “Dragões de Éter” aparece entre os 40 mais vendidos, à frente de livros já rodados e bem vendidos como “Os Crimes da Luz”, de Giulio Leoni, “O Homem que sussurrava aos Ummitas”, de J.J. Benitez (lançado ao mesmo tempo), “A Cruzada do Ouro”, de David Gibbins, ”Montenegro”, de Fernando Morais, “Angus – As Cruzadas” e “Angus – O Guerreiro de Deus”, de Orlando Paes Filho, “O Livro do Destino”, de Brad Meltzer, e “As Valkirias” e a versão encadernada de “A Bruxa de Portobello”, ambos de Paulo Coelho.

                                  

(essa semana “Dragões” ainda à frente de todos esses pesos-pesados)

Claro que esse ranking vai cair a cada semana. Mas para um livro que não se encontra direito mais, nem mesmo na própria rede da Saraiva (Duvida? Faça um teste na Saraiva mais próxima de você…), e foi vendido sem propaganda, apenas no boca a boca, tudo isso é mais do que uma vitória. É uma consagração.

O que um escritor faz diante de uma informação dessas?
Agradece e reverencia seus leitores.

Sem vocês, semideuses, Nova Ether deixaria de existir.

E em nome de cada coração que pulsa por causa de um momento de imaginação de vocês, eu vos agradeço. Namastê!

“Dragões De Éter” e um interessante “Top 10 Livros”

Nessa noite, mais uma vez navegando sem rumo pela web, acabei encontrando esse interessante TOP 10 Livros, do leitor Léo Geraldo, postado no blog O Show de Léo.

Dentre os dez melhores livros para nosso blogueiro, “Dragões de Éter” ficou com um honroso quinto lugar, logo após “O Senhor da Chuva”, de André Vianco, e à frente de pesos-pesados como “Elite da Tropa”, “Eu Sei Que Vou Te Amar” e “Guia do Mochileiro da Galáxia”, com a seguinte justificativa:

 5) DRAGÕES DE ÉTER- Nesse livro é possível conhecer uma outra (e muito divertida) versão dos nossos conhecidos contos de fadas. Trata-se de historia marcante por seus heróis perfeitos e vilões que só são vilões por descuidos do destino. Em uma narrativa peculiar viajamos muito longe da realidade e talvez por isso essa seja uma leitura tão interessante. Por isso se o que você quer é fugir da realidade que o atormenta, leia-o.

Outro ponto muito interessante é o comentário da também leitora Vanessa sobre o tópico:

Ahh ótimo top 10… já li a mior parte deles!huaha
E eu tb tenho uma correção a fazer:
O nome não é O caminho do Sol.. e sim A Cidade do Sol!
Se a lista fosse minha.. acho q ele estaria em 1 lugar.. ou empatado com Dragões de éter!
=D

Show, não?

Para conhecer a lista completa, acesse o link: http://leogeraldo.blogspot.com/2008/04/top-10-livros.html

Sempre em frente.

ps: quem quiser conhecer o blog do rapaz, sugiro a leitura também do tópico Sacanagem, sobre uma bem-humorada visão de um assalto. Absolutamente hilário.

Fantasticon 2008

Organizado por Sílvio Alexandre, o Evento “Fantasticon” é uma conferência sobre literatura fantástica, horror e ficção científica, que ocorre dentro do “Encontro Internacional de RPG”, de São Paulo, o maior evento sobre o assunto da América Latina.

O evento ocorrerá nos dias 05 e 06 de Julho, no Colégio Marista Arquidiocesano,  (Rua Domingos de Moraes, 2565 – Vila Mariana – São Paulo – SP). 

Curiosamente, em outro post havia colocado um comentário do André Vianco sobre “Dragões de Éter, alguns dias antes de receber a confirmação da mesa abaixo.

Mais próximo, confirmo o dia e horário da mesa. Para aqueles que puderem comparecer, o prazer será todo nosso.

Esperamos por vocês lá.

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Bate-papo: “Cinema & Literatura Fantástica”
Como a linguagem cinematográfica está interferindo na forma de escrever dos atuais autores e influenciando a literatura contemporânea.

André Vianco
, é autor dos best sellers Os Sete e Sétimo, que explora o universo sobrenatural (vampiros, lobisomens, anjos e batalhas entre o bem e o mal) elaborando um cenário surrealista, mas com elementos da realidade do dia-a-dia e histórias passadas no Brasil. É hoje o escritor brasileiro que mais conquista leitores de fantasia & horror e seus livros estão entre os mais vendidos na literatura fantástica brasileira.
Raphael Draccon é roteirista e avaliador de roteiros de projetos nacionais e internacionais envolvendo grandes produtoras, como Conspiração Filmes, O2 Filmes, Aquarela Filmes e Intervalo Produções. É autor do romance de fantasia: “Dragões de Éter” (Planeta). Tem acumulado prêmios e indicações em concursos de roteiros e contos. Atualmente, se divide entre escrever para o mercado literário, o audiovisual e o de quadrinhos.
Alfredo Suppia é jornalista científico especializado em literatura, cineasta amador e Doutor pela Unicamp em multimeios, com uma tese sobre o cinema brasileiro de ficção cientifica.

“Dragões de Éter” na TV do Paraná

 

“Dragões de Éter” será notícia do Programa Supra Sumo, da televisão paranaense.

Programa paranaense de sucesso envolvendo variedades, e apresentado por Flávio Mantovani, o romance será veinculado pelo âncora e jornalista Roberth Fabris, que às segundas-feiras trata de temas como cinema e literatura.

Roberth Fabris também fez a crítica abaixo sobre o romance, que sairá na Revista NYX.

Sempre em frente.

Draccon.
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Dragões juvenis e momentos de pura adrenalina         

por Roberth Fabris

Prepare-se para adentrar num mundo em que a fantasia e o contexto medieval se tornam uma verdadeira aventura de mistério, drama e comédia, pois em cada nova página do livro o surpreendente pode acontecer. Esta obra literária do criativo escritor Raphael Draccon prova mais uma vez a força do povo brasileiro em constituir uma literatura diferente e original o tempo todo.

Contos de fadas, duelos imperceptíveis, romances que vão por água a baixo e se tornam uma cachoeira de novas emoções, tudo isso você encontra nesta gigantesca metáfora do nosso mundo em que um dia após o outro se torna um verdadeiro desafio e um fado incrível. Príncipes e princesas, reis e rainhas, plebeus e plebéias sejam bem vindos a aventura da sua verdadeira colméia.

Leiam à obra Dragões de Éter e descubram qual o motivo de atrair tantas pessoas e surpreender os que o lêem. Pois um livro que serve para refletirmos, divertirmos e ainda viver momentos dignos das histórias de Camelote e rei Artur.

Os mitos e a magia estão inacreditavelmente adentrando em seu lar para ficar.

E mais uma vez parabéns pela genialidade e originalidade deste escritor juvenil que veio para ficar.

Dragões de Éter
Raphael Draccon
Ed. Planeta
Preço sugerido: R$ 39.90

*Roberth Marcel Fabris é escritor paranaense, crítico de cinema e artes da revista NYX, colaborador articulista da revista Mídia & Saúde, colaborador cultural da revista Viração, e mestrando em Literatura: teorias críticas pela UEM (Universidade Estadual de Maringá). Ministra palestras sobre os temas: Literatura e Cinema, A Trajetória dos heróis, Jim Hawkins: um herói de tesouro na literatura e no cinema, O Universo arturiano, Os cavaleiros do Graal.

A Responsabilidade de Uma Respiração (e por que não devemos escutar “Linkin Park” ao correr) – Parte 1

Dentre os diversos conceitos que ando ultimamente me obrigando a melhor dissecar em idéias que possam ser traduzidas em textos de alguma competência, as duas principais delas envolvem o conceito abstrato da Construção Pessoal do Tempo, e a responsabilidade envolvendo o fato de cada um de nós simplesmente exalar uma respiração.

É sabido, e mais do que isso, é de comum acordo entre escritores, pensadores e filósofos de diversas partes do mundo, que vivemos em uma infinita teia de reações. Desencadeamos atos, muitas vezes sem termos nem mesmo consciência disso. A complexidade que envolve as ações e as escolhas de cada um de nós a todo o momento interfere tão diretamente com tudo e com todos, que podemos dizer que tudo o que você faz altera o destino da humanidade em que está inserido.

Um exemplo rápido: um Jovem Advogado costuma fazer sua corrida matinal todos os dias às oito horas da manhã com seu mp3 player estourando a música “Faint”, do Linkin Park. Isso, claro, até aquele dia. [que dia?]. O dia em que acontece. [e, diabos, acontece o quê?]. O dia em que ele tem suas duas pernas fraturadas em diversos pontos com um grande CRACK! que faz um V invertido em um de seus joelhos, no momento em que um Audi passa a uma velocidade mais alta do que a velocidade máxima permitida naquela região. [uau...]. Infelizmente, no momento em que corria ao atravessar uma rua, nosso Jovem Advogado fora acertado por um Futuro Papai, que acelerava sem ligar para os pardais, em direção à maternidade onde estava sua Mamãe Atenciosa no celular, avisando-o do estado de sua Querida Esposa.

O resultado desse acidente vai ser um Futuro Papai traumatizado e com a licença cassada, e impedido de ver o nascimento da Filha Linda. Além disso, processado por um Jovem Advogado, que aliás nunca mais vai correr da mesma maneira (isso, claro, SE voltar a correr).

Pode ser que a Filha Linda cresça vendo o Futuro Papai atrás das grades (e imagine o quanto isso não vai influenciar sua personalidade), ou pode ser que a Filha Linda também passe a vida em uma situação beeem difícil, pois só a indenização que o Jovem Advogado arrancará do Futuro Papai já irá impedir a Mamãe Atenciosa e a Querida Esposa de estourar qualquer cartão de crédito nos próximos cinqüenta anos (jovens advogados sabem o valor emocional de se perder um mp3 player).

Mas, analisando bem, quantos se existem em uma situação como essa? O que teria acontecido “se” o Futuro Papai resolvesse seguir por um outro caminho para o Hospital? Ou se a Mamãe Atenciosa tivesse se contentado em esperar a chegada do Futuro Papai no Hospital para dar-lhe a notícia do estado em que se encontrava a Querida Esposa? Nesse caso, o Futuro Papai estaria mais atento ao trânsito, e com as DUAS mãos no volante. [e isso faz mesmo alguma diferença?]. E para evitar um acidente, isso faz muita diferença.

Sem contar que o Jovem Advogado poderia aquele dia – por que não? – ter parado em diversos pontos da ciclovia para tomar um isotônico, como uma água de coco no Vendedor Simpático em que ele pára de vez em quando.

Ou mesmo ele poderia ter [simplesmente] parado no faixa e olhado para a estrada, se não estivesse completamente alienado ao seu redor. (mas, diabos, como culpá-lo? Ele estava escutando “Faint”!).

A Responsabilidade de Uma Respiração – Parte 2

E se considerarmos as milhares de outras opções que poderiam ter evitado esse acidente, ficaríamos espantados! Uma ligação de um amigo, um chefe que exigisse uma presença mais cedo, um porteiro que o segurasse um tempo maior na saída do prédio para falar do desastre do jogo de futebol transmitido na noite anterior, uma andarilha mais exuberante que chamasse sua atenção por um tempo mais longo que o usual, um convite para o café da manhã na casa de uma namorada; as opções são tantas, que se tornam praticamente infinitas. Poderiam partir de todos os lugares, e, principalmente, de todas as pessoas.

Logo, fica a questão: podemos considerar essas pessoas culpadas pelo acidente? Tecnicamente? Não. Mas de forma abstrata, [seja lá o que isso significar]: sim, elas também foram responsáveis, ainda que não saibam e jamais venham a saber disso. De qualquer forma, elas tornam-se co-responsáveis porque qualquer uma delas poderia tê-lo evitado com uma única decisão não executada.

Uma única palavra saída da boca de alguém pode condenar uma pessoa à morte ou à imortalidade. Um insulto pode marcar uma vida durante sua existência inteira. Um elogio, também.

Você toma decisões o tempo inteiro. Algumas mais importantes, outras menos. Mas quando você pensa no universo dessa forma; quando você percebe que tudo pulsa dentro de você, e que você pulsa dentro de tudo; aí, meu amigo; aí você descobre que [simplesmente?], bem, que simplesmente não existem pequenas decisões.

A Humanidade respira em cada uma das suas respirações.

Faça o que quiser com sua vida. Decida o que quiser em sua vida. Mas, por favor, jamais esqueça que cada decisão sua altera o seu tempo e o seu espaço, e dessa forma, o tempo e o espaço de diversas pessoas, que altera o de diversas pessoas.
Logo, nossas decisões nunca são apenas nossas. [e são de quem então?]

Elas são de toda uma teia etérea chamada Humanidade, que pulsa por vontade própria.

E, acredite, que respira junto com você.

Opinião sobre “Dragões de Éter” – Mercado Livre

Estava navegando pela web, quando encontrei essa opinião abaixo sobre o livro no Mercado Livre.

O link está em http://opiniao.mercadolivre.com.br/dragoes-eter-229798-VCP

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“Com seu primeiro romance, Raphael Draccon, disponta em um gênero pouco explorado no cenário literário brasileiro: o de contos envolvendo fadas, bruxas além de analisar histórias infantis sob novas perspectivas. Com uma narrativa que se diversifica e mantém o leitor sempre entusiasmado, o livro traz ainda uma interessante forma de representação espaço temporal da qual no próprio texto se expressa literalmente de forma magistral.”

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Bacana, não?

Sempre em frente.

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