“Dragões de Éter – Corações de Neve” no Submarino

E “Dragões de Éter – Corações de Neve” entrou em pré-venda no Submarino!

Só não acreditem na data de lançamento do dia 23/10.

Soube hoje que vou estar em São Paulo no dia 17 (sábado que vem), e no RJ no dia 28, na Saraiva do Rio Sul ou do Shopping Tijuca.

Logo coloco aqui com mais detalhes.

Para acessar a pré-venda do Submarino, só clicar na imagem abaixo.

Sonhem conosco. E sonhem forte.

Coraçoes de neve - capa

Rumo À Fantasia

Rumo_a_Fantasia

A Devir Livraria, editora de São Paulo, está colocando nas livrarias do Brasil a antologia internacional *Rumo à Fantasia*, editada por Roberto de Sousa Causo com histórias de Ambrose Bierce (EUA), Braulio Tavares (Brasil), Daniel Fresnot (Brasil), Jean-Louis Trudel (Canadá), Rosana Rios (Brasil), Eça de Queiroz (Portugal), Cesar Silva (Brasil), Orson Scott Card (EUA), Anna Creusa Zacharias (Brasil), Bruce Sterling (EUA), Gian Danton (Brasil), e Ursula K. Le Guin (EUA). Essa antologia de contos que inaugura um novo selo da Devir, destinado à literatura de fantasia: Quymera.

Aventuras de espada & feitiçaria, duelos de magos, fábulas urbanas ou utópicas, jornadas além da morte… Narrativas que exploram diferentes facetas do gênero fantasia, indo de Ambrose Bierce a Bruce Sterling, de Eça de Queiroz a Braulio Tavares. Autores do passado e do presente, em histórias que exploram diferentes paisagens.

As histórias de Bierce e de Le Guin estão no Hall da Fama da Fantasia, e o conto dela recebeu o Prêmio Hugo 1974. A história de Sterling foi selecionada para várias antologias dos melhores contos de fantasia de 2005. O livro tem 196 páginas e traz uma bela capa de Vagner Vargas.

ISBN: 978-85-7532-373-1. 196 páginas. R$ 24,50.

***

Antologia de altíssimo nível.

Roberto de Souza Causo conseguiu juntar um escritor melhor do que o outro.

Essa é pra ter e guardar com carinho junto com os melhores da estante…

Quem sabe, sabe…

“Os temas é que escolhem o escritor. Tenho sempre a sensação de que havia certas histórias que eu tinha de escrever, que não havia jeito de evitá-las. Mas existe um elemento muito difícil de ser captado por um leitor médio: o narrador de uma história não é nunca o autor. É sempre uma invenção. “

(Mário Vargas Dosa)

É, quem sabe, sabe…

Dizer o quê? É exatamente isso…

Da série: Draccon, como publico um livro?

Boa noite.

Sou ana paula,e vim apenas pedir uma opiniao,de uma escritora que quer engreçar na carreira e nao sabe que caminho tomar,para um escritor que acabou de conseguir esse feito.Alias Admiro seu feito.

Escrevi um livro,e assim como o seu trata de um mundo de empolgaçao,onde o sangue pulsa junto com o livro a cada pagina,fazendo nossa mente viajar nas letras,e quando retira seus olhos das paginas,confundi o real com o irreal.

Nao pense contudo que estou me vangloriando,estou redigindo as palavras do meu critico literario,o qual leu, e antes de aprovar,achou muitos defeitos.Nao quero que pense porem que sou apenas mais uma tola que fica te amolando,pois imagino que ajam varias desde que lançou sua obra.

Quero apenas perguntar quais foram os meios que voce usou para conseguir esse admiravel feito de editar seu livro.? Estou perguntando porque tenho duvidas,duvidas que imagino que voce ja tenha tido algum dia enquanto escrevia,duvidas de falha,ideias de deistencia.

Nao tenho muito credito no mundo das ediçoes.Recebi aquela bela cartinha de negaçao,antes mesmo de lerem meu original,ou qualquer outra coisa arrespeito do meu livro,nem um resuminho.Porque nao sou o tipo de escritora exemplo.Nao tenho espaço no mescado dos escritores porque tenho dezeseis anos de idade,e mais de uma vez,ja me disseram que nao tem como transformar a arte de ser escritor,como uma criança tentando assumir esse papel.Tiraram meu sonho,mas como muitos nao deisti.

Nao quero fama,dinheiro ou gloria,porque acho que qualquer outra profissao pode me trazer isso se e dedicar.Quero porem apenas o prazer de ver minha obra na estante junto com outras esperando para ser apreciada,prnta para tranportar alguem para esse novo mundo,o mundo que eu criei,meu mundo.

Acho que é isso que todo autor quer sentir…

Mas achei injusto colocarem minha falta de esperiencia como barreira,sendo que a obra é boa.
Entao queria saber se voce conhece outro meio de fazer isso ?sei la! uma outra editora queapoia os jovens,ou coisa parecida.Ja pensei em editar por conta propria,mas meus pais nao apoiam,falam que é perda de tempo.

Queria apenas uma orientaçao…
Desculpe estar encomodando….
desde ja agradeço…
Ana

***

E ae Raphael, tudo em cima? Me chamo Américo, sou desenhista, roterista e nas horas vagas historiador e arqueologo (ou será o contrário? As vezes me confundo…), trabalho com quadrinhos a mais de seis anos, jogo RPG a 14 e escrevo quadrinhos e roteiros a 4.Bem, vamos a historia então. Bem, estava eu hoje andando pelo Taguatinga Shopping (em Brasília, minha terrinha) e, como de costume fui a livraria (minha segunda casa), entre olhar os livros infanto-juvenis, outros envolvendo contos de fadas e literatura fantastica e entre os livros de RPG, encontrei por acaso do destino seu livro. Li a contracapa, li as abas e corri para compra-lo.A um ano e meio eu montei um projeto, com a inteção de escrever uma serie de 5 livros, estou ainda escrevendo o meu primeiro, depois de já ter escrevido muito sobre a ambientalização, costumes, cultura e principalmente: de cada personagem. (…)

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Grande Rafael,

(…) Sobre teu livro, ainda não tive oportunidade de lê-lo. Mas, pretendo fazer isto em breve. (…) Caso possa, gostaria muito de ler a resenha que enviastes para a editora Planeta e que seduziu todo o departamento editorial dela.  Também gostaria que me falasse do processo que antecedeu a publicação do livro. Coisas simples como o período de espera, os primeiros contatos, os detalhes da edição, revisão, as sugestões de enredo que eles te recomendaram e quais aceitastes. Acredito que todo mundo tem curiosidade para entender esse processo. (…)

Um grande abraço e muito sucesso,

Eldes.

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Oi , e um grande prazer poder falar com voce por e-mail. Gostaria de fazer algumas perguntas sobre seu livro Dragoes de Eter, eu amo historia com o tema fantasia, e escrevo historias com este tema, amo historias medievais tambem e recentemente criei uma que envolve ambos. Sei que voce e muito ocupado e pode nao responder a este e-mail, mas se possivel gostaria de tirar algumas duvidas com voce sobre uma publicacao futuramente.Sei que o caminho e longo e cheio de armadilhas, mas eu nunca vou saber se eu nao tentar, este e o legado de um guerreiro em busca de seus sonhos, honra e gloria.
Agradeco pela atencao.

Elzani

Essas são apenas algumas mensagens recolhidas de maneira rápida por aqui dentre as muitas que tocam no mesmo assunto: escritores ainda não publicados pedindo conselhos a escritores que caminharam um pouco mais à frente do mesmo caminho que querem trilhar.

Isso é natural: eu recebo tais mensagens, como André Vianco recebe, como Thalita Rebouças recebe, como Stephen King ou Neil Gaiman receberão até depois da morte (não duvide de nada em se tratando de escritores fantásticos).

O fato é que não há uma regra; cada escritor chega lá por um caminho completamente diferente do outro. E se você chegar lá, provavelmente o seu caminho também será bem original. O que podemos fazer é relatar um pouco de nossas experiências, ou do que aprendemos com nossas experiências, com o intuito de que você tenha suas próprias idéias de como fazer isso.

As dúvidas que todos têm já foram também as minhas antigamente, e, para o bem ou para o mal, as respostas até hoje ainda permanecem as mesmas de qualquer época.

Bom, o que eu teria a dizer então…

Eu poderia lhe dizer que é preciso ler muito, mas qualquer um poderá lhe dizer isso, até mesmo quem nunca publicou um livro. E se isso é preciso ser dito a você, provavelmente você não nasceu para escrever profissionalmente.

Eu poderia dizer que você não deve desistir e que se acreditar de verdade no seu sonho no fim tudo vai dar certo, e que se ainda não deu certo é porque não chegou ao fim. Mas escolha qualquer livro na lista dos mais vendidos de auto-ajuda, e ele irá lhe dizer coisas assim de maneiras muito melhores do que eu (e se estão naquela lista é porque funcionaram para os seus autores).

De fato, eu poderia dizer um monte de coisas que você irá encontrar (e já deve ter encontrado) pela web de outros escritores ou editores comentando sobre o mercado editorial brasileiro.

Dessa forma, o que poderia lhe dizer de diferente?

Bom, vou ter um ataque de sinceridade, e dizer coisas que podem poupar seu tempo de investir nessa profissão realmente ou não. Vamos lá.

***

Você, como escritor amador, vai ser recusado em praticamente todas as editoras que enviar sua obra, e a maioria delas nem vai ler seu original (e não as culpe; o número recebido por semana é estupidamente espetacular), e isso não importa quantos anos você tenha.

As pessoas não o levarão a sério, e até a maior parte da sua família vai fazer pressão para você arrumar um emprego de verdade. Nas reuniões familiares, eles olharão de relance para você exatamente com o mesmo olhar de desgosto que um vizinho ateu dedicaria a um evangélico que fosse à porta dele pregar a palavra de um Deus. E se assim não o for, provavelmente será com o olhar de nojo com que um civil se depara com o corpo de um alienígena sendo preparado para a autópsia.

Não importa qual deles seja escolhido na mesa de jantar; nenhum dos dois será agradável.

E ouça sua família: você realmente vai precisar de um emprego secundário até seu livro vender o suficiente (se ele vender o suficiente).

Você vai precisar ser escritor de mais de um livro.

Você vai precisar ser seu principal divulgador.

Você vai precisar falar de temas que conhece, e de uma forma que ninguém tenha feito antes.

Você vai precisar não ter sido uma criança normal.

Vai ter de aprender na marra que uma técnica própria lhe fará um bom escritor. Um universo próprio que só você possa alimentar lhe fará um autor.

Você precisará gostar do mundo. Ou odiar o mundo. Mas em hipótese alguma ser indiferente a ele.

Você encontrará gente falando mal do seu trabalho antes mesmo que ele chegue às livrarias.

Você terá de entender que toda dificuldade faz parte do processo. Você precisa ser testado até o limite, até querer desistir, para saber se você merece. Também é preciso muita; muita paciência. “Dragões” levou 4 anos para ser publicado a partir do momento em que foi finalizado, e esse é um tempo até relativamente curto do que é possível se esperar.

Você irá ganhar maturidade e experiência nesse tempo de espera.

Faça um dossiê da sua obra. Anexe nela comentários críticos, desde que sejam de profissionais de leitura crítica, e quaisquer documentos que comprovem que existe um público que consome o que você escreve. Use a internet; crie um blog.

Entretanto, não leve a internet tão a sério. Se você passa mais tempo por semana em discussões inúteis de comunidades virtuais do que no Word, então você não nasceu para o mercado editorial profissional.

Preocupe-se com o seu trabalho; seus colegas escritores se preocupam com os deles. E  dessa forma todo o mundo fica feliz e ninguém precisa fingir simpatia quando se cruzar em eventos.

Peça a opinião de leitores críticos, mas também não leve tudo muito a sério. Quando você pede opinião a alguém, a outra parte se sente na obrigação de criticar qualquer coisa. E às vezes ela estará certa; como às vezes estará forçando um conhecimento apenas para parecer que mereceu ter sido escolhida. E se as pessoas soubessem com tanta certeza o que será um sucesso ou não no mercado editorial, elas seriam editores de sucesso ou estariam publicadas primeiro do que você.

Você precisará entender que todo o mundo escreve um livro, planta uma árvore e tem um filho. Mas nem todo o mundo nasceu para ser romancista, jardineiro ou assistente social por causa disso.

Se você quer escrever sem o intuito de vender livros, apenas “por amor à camisa”, junte dinheiro para publicá-los por conta própria e distribuir entre os familiares. Nem chegue perto da selva do mercado editorial de verdade. Do contrário ele não se chamaria “mercado”, se chamaria “ong editorial”.

Você tem de entender que é caro para uma editora lançar um livro. E que quanto maior a tiragem, maior a pressão para que você devolva o investimento deles. E que se você não devolver o investimento deles, você morreu no mercado editorial.

Você tem de provar aos editores porque o seu livro vai vender (ainda que seu livro tenha uma qualidade literária excepcional e indiscutível), e porque eles devem escolher você no meio de milhares que querem a mesma vaga. Se você souber responder isso, aliás, já está na frente da maioria.

Você terá de entender que não importa quantos anos você tem, importa como você aproveitou esses anos. E que ninguém pode tirar de você o que já está dentro de você. Mas que, para isso, é preciso ter alguma coisa dentro de você.

***

Bom, é basicamente isso que eu tinha a lhe dizer.

O resto você mesmo irá descobrir.

Agora, se sabendo de tudo isso você quiser insistir, e se, contrariando todas as leis da física, você conseguir ser publicado, não morrer no primeiro livro e sobreviver ao mercado editorial, aí, meu amigo, prepare-se que a sua vida começará a mudar.

Afinal, ao menos as reuniões familiares e seus olhares de relance já lhe passarão a ser muito, mas muito mais interessantes…

Como escrever um bom conto, por Kizzy Ysatis

Muitos leitores são também escritores amadores que sonham um dia se tornarem profissionais. E algumas vezes eles se enrolam em relação às diferenças entre escrever um bom romance e um bom conto.

É fato que se você tem a mesma dúvida, provavelmente irá encontrar por aí muitos escritores que afirmam que é mais difícil escrever um conto coerente do que um romance competente.

Bom, talvez eles tenham razão.

De qualquer forma, o conto é a porta de entrada mais comum para escritores amadores.

Hoje em dia brotam coletâneas de contos em que escritores amadores podem ter sua primeira publicação.

Escritores como eu, André Vianco, Helena Gomes, Luís Eduardo Matta & cia costumam ser convidados de tais publicações, e dar-lhes justas credibilidades.

Logo, iria escrever por aqui algumas dicas sobre as diferenças entre tais estruturas para ajudar escritores aventureiros a se aprimorarem.

Entretanto, Kizzy Ysatis  já teve tamanho trabalho, e mais, o fez muito melhor do que poderia ter feito por aqui.

Logo, nada mais justo que eu publique por aqui a verdadeira aula.

Escritores aventureiros, enjoy.

 ***

 

 CONTO

Estrutura do Conto

1 – Unidade dramática

2 – Unidade de tempo

3 – Unidade de espaço

4 – Número reduzido de personagens

5 – Diálogo dominante

6 – Descrição e narração (tendem a anular-se)

7 – Dissertação (praticamente ausente)

CONTO – História completa e fechada como um ovo. É uma célula dramática, um só conflito, uma só ação. A narrativa passiva de ampliar-se não é conto.Poucas são as personagens em decorrência das unidades de ação, tempo e lugar. Ainda em conseqüência das unidades que governam a estrutura do conto, as personagens tendem a ser estáticas, porque as surpreende no instante climático de sua existência. O contista as imobiliza no tempo, no espaço e na personalidade (apenas uma faceta de seu caráter).O conto se semelha a uma tela em que se fixasse o ápice de uma situação humana.

ESTRUTURA - É essencialmente objetivo, horizontal e narrado em 3ª pessoa. Foge do introspectivismo para a realidade viva, presente, concreta.Divagações são escusadas. Breve história. Todas as palavras hão de ser suficientes e necessárias e devem convergir para o mesmo alvo. O dado imaginativo se sobrepõe ao dado observado. A imaginação, necessariamente presente, é que vai conferir à obra o caráter estético. Jamais se perde no vago. Prende–se à realidade concreta. Daí nasce o realismo, a semelhança com a vida.

LINGUAGEM – Objetiva; utilizar metáforas de imediata compreensão para o leitor; despe –se de abstrações e da preocupação com o rebuscamento.O conto desconhece alçapões subterrâneos ou segundas intenções. Os fatos devem estar presentes e predominantes. Ação antes da intenção.Dentre os componentes da linguagem do conto, o dialógo é o mais importante de todos. Está em primeiro lugar; por dramático, deve ser tanto quanto possível dialogado.
Os conflitos, os dramas residem na fala das pessoas, nas palavras ditas, não no resto. Sem diálogos não há discórdia, desavença ou mal – entendido e, sem isso, não há conflito e nem ação. As palavras como signos de sentimentos, de idéias, emoções, podem construir ou destruir. Sem diálogo torna –se impossível qualquer forma completa de comunicação. A música e a dança transmitem parcialmente tudo o que o homem sente ou pensa.

O meio ideal de comunicação é a palavra, sobretudo na forma de diálogo. O diálogo é a base expressiva do conto: diálogo direto, indireto e interior.No conto, predomina o diálogo direto que permite uma comunicação imediata entre o leitor e a narrativa.Se usado diálogo indireto em excesso, o conto falha ou é de estreante. Diálogo interior: trata –se de um requintado expediente formal, de complexo e difícil manuseio.

Outro expediente lingüístico é a narração, que deve aparecer em quantidade reduzida, proporcional ao diálogo. Os escritores neófitos ou inexperientes usam e abusam da narração, por ser um recurso fácil, que prescinde das exigências próprias do diálogo. É um recurso que tende a zero no conto. A descrição ocupa semelhante lugar na estrutura do conto. Está fora de cogitação o desenho acabado das figuras. Ao contrário, o conto não se preocupa em erguer um retrato completo das personagens, mas centram –se nos conflitos entre as personagens. A descrição da natureza, ou do ambiente, ocupa ainda mais modesto, pois o drama expresso pelo diálogo, dispensa o cenário. O drama mora nas pessoas, não nas coisas e nem na roupagem. A descrição completa-se com 2 ou 3 notas singelas, apenas para situar o conflito no espaço.

TRAMA – Linear, objetiva. A cronologia do conto é a relógio, de modo que o leitor vê os fatos se sucederem numa continuidade semelhante à vida real.O conto, ao começar, já está próximo do epílogo. A precipitação domina o conto desde a primeira linha.No conto, a ação caminha claramente à frente. Todavia, como na vida real, que pretende espelhar, de um momento para o outro deflagra o estopim e o drama explode imprevistamente. A grande força do conto e o calvário dos contistas consiste no jogo narrativo para prender o interesse do leitor até desenlace, que é, regra geral, um enigma.O final enigmático deve surpreender o leitor, deixar – lhe uma semente de meditação ou de pasmo perante a nova situação conhecida.A vida continua e o conto se fecha inseqüente. Casos há em que o enigma vem diluindo no decorrer do conto. Neste caso ele se aproxima da crônica ou corresponde a episódio de romance.

FOCO NARRATIVO – 1ª e 3ª pessoas. O conto transmite uma única impressão ao leitor.Começo e epílogo: O epílogo do conto é o clímax da história. Enigmático por excelência, deve surpreender o leitor. O contista deve estar preocupado com o começo, pois das primeiras linhas depende o futuro do resto, do que terminar. O começo está próximo do fim. E o contista não pode perder tempo com delongas que enfastiam o leitor, interessado no âmago da história. O início é a grande escolha. O contista deve saber como começar, o romancista.A posição do leitor diante do conto é de quem deseja, às pressas, desentediar – se. Ele procura no conto o desenfado e o deslumbramento perante o talento que coloca em reduzidas páginas tanta humanidade em chama.O contista sacrifica tudo quanto possa perturbar a idéia de completude e unidade.

CONCLUSÃO – A narrativa passível de ampliar-se ou adaptar-se a esquema diversos, ainda que o seu autor a considere, impropriamente, não pode ser classificada de conto.

Faça uma boa revisão antes de mandar e dê para alguém ler, alguém que seja honesto, de sua confiança e que saiba criticar; não vale ser a mãe (mãe sempre elogia).

Território V

Chegou a Temporada de Caça aos Vampiros!

Candidatos a escritores, amantes de Crepúsculo, A Rainha dos Condenados, Bram Stoker ou True Blood, está na hora de dedilharem sobre o teclado.

Vocês terão a chance única, em uma mesma tacada, de:

1) Testarem suas capacidades literárias;

2) Terem sua primeira publicação;

3) Estarem ao lado de nomes como Kizzy Ysatis, Giulia Moon, Luís Eduardo Matta, Octávio Cariello (que assina a capa), e…bem… Raphael Draccon!

E o melhor: os autores selecionados não pagam nada, nem precisam vender cotas de livros depois.

(ok, pausa para o candidato a escritor ler o parágrafo anterior de novo).

Bom, como todos devem saber (não?), ano passado fui convidado de honra da antologia Anno Domini, da Andross Editora.

Esse ano sou convidado da “Território V”, da Terracota Editora.

Para você fazer parte desse livro, basta conhecer as regras e testar suas habilidades literárias.

Sobre o tema; nesse livro literalmente o bicho pega!

Você pode criar uma história da maneira e com o estilo que quiser, desde que tenha um vampiro em guerra. Essa guerra pode ser contra ele mesmo; contra outro; contra um clã; de maneira física; psicológica; amorosa; do jeito que quiser.

Mas vampiros têm de estar em guerra.

Outra coisa: o organizador é Kizzy Ysatis.

Para quem não o conhece (tsc… tsc… tsc…) , Kizzy é uma das maiores revelações da literatura brasileira atual, recebendo o Prêmio Raquel de Queiroz, na Academia Brasileira de Letras, pelo seu romance de estréia, O Clube dos Imortais.

Um romance que o levou ao Jô Soares, e fez o gordinho rasgar elogios a ele ali diante das câmeras.

O texto de Kizzy Ysatis respira poesia; aliás, pensando bem, Kizzy com certeza deve ser uma reencarnação de algum desses poetas da segunda fase do romantismo brasileiro.

E mais; ele está sendo impiedoso na seleção! Para se ter uma idéia, há pouco tempo, de uns 50 contos lidos, ele aprovou uns 3!

Para o iniciante, isso dá medo? Claro! É um livro de vampiros, afinal de contas! Tem de dar medo em alguém.

Mas esse mesmo iniciante tem de ter a clareza de perceber que, se ele for aprovado, então estará provando para si próprio que ele tem talento para tentar essa difícil estrada.

E a sensação de receber uma mensagem como essa abaixo de alguém tão talentoso e verdadeiro é única.

 ***

Compartilhando Raphel Draccon

Amigos

Acabei de ler o conto do Raphael Draccon…

…o conto do Draccon é uma obra-prima…

… me comoveu muito.

estou chorando até agora….

O homem é um gênio.
……..

A espera valerá a pena.

Se um conto desses já vale o livro, então esse livro valerá por vinte!

Dos convidados especiais, já estou com três ótimos contos. O do Raphael Draccon, do Juliano Sasseron e do Luis Eduardo Matta.

Dos contos que serão selecionados, bom, é preocupante. Li calmamente uns 50 contos e nenhum foi selecionado, salvo 3 que estão em reforma pelos autores, cuja identidade manterei em reserva.

Bom, só queria compartilhar com vocês as boas novas.

Abraços cordiais

O conto “Boas Vidas” talvez seja o mais bonito que já escrevi.

Ou rivalize com o “Quebra-Cabeças”, conto que me rendeu 2 mil reais em um concurso uma vez, e acho que vou disponibilizar para download ainda por aqui.

De qualquer forma, “Boas Vidas” é um conto sem uma única linha de descrição, somente com o diálogo entre um vampiro e uma mortal esperando o nascer do sol.

E saber que ele conseguiu tocar tão fundo um escritor tão culto e poderoso quanto Kizzy Ysatis é quase como ter sido pago para tê-lo escrito.

O prazo final para envio dos contos para a antologia é o dia 1° de março. Logo, quem ainda não escreveu nada, separe um dia de carnaval!

Afinal, seria um dia de folia em troca de uma publicação para a vida toda, em um livro onde só os 20 melhores estarão.

É para parar para pensar. Afinal, a decisão da sua vida – e da sua carreira- estará sempre em suas mãos.

E, bom, você tem até o sol nascer para se decidir…

Histórias que mudam o mundo…

Interessante a questão levantada abaixo…

***

Olá, meu nome é Felipe, tenho 16 anos, moro em Franca, interior de São Paulo.

Eu geralmente não entro em contato com ninguém que eu não conheça, pois sou timido, mas, depois de eu ter lido sobre o livro Dragões de Éter e ver em que você se baseou para fazê-lo, fiquei impressionado, não dava para simplesmente deixar isso de lado e não entrar em contato. Eu precisava parabenizá-lo e dizer que estou ansioso para ler seu livro.

A história de Final Fantasy VI é maravilhosa e complexa, com personagens tão carismáticos e até mesmo reais, chegam a nos puxar para dentro da telinha. Realmente é jogo dificil de escolher o 2° preferido.

Eu descobri o meu primeiro Final Fantasy com um primo, era o oitavo da série. Toda aquela história intrigante, envolvente e complexa me maravilhou, era um mundo muito diferente e grandioso, o qual eu não conhecia, e nem mesmo imaginava. Algum tempo depois tive a oportunidade de jogar o sexto da série num emulador de Super Nintendo e adorei.

Quando era criança não sabia que minha vida (ou o modo como eu a via) poderia mudar apenas com uma história. Todas essas histórias fizeram um grande impacto em minha personalidade e tenho orgulho de dizer isso. Todos esses jogos, desenhos animados, histórias em quadrinhos, mostram um um mundo fantasioso que nos faz querer entrar nele e não sair mais.

Tenho tentado escrever algo baseado em alguns jogos como Final Fantasy, é apenas um projeto que está longe de terminar. E a cada vez que eu paro para pensar surge uma história nova, já tenho várias histórias em mente, algumas quero desenvolver em mangá, outras queria em um jogo e um delas em um livro. Eu já estava desanimando desses projetos, pensando que não me levariam a lugar algum, mas agoras vejo que nao é bem assim.

Obrigado Raphael!

Parabéns pelo seu trabalho!
Muito sucesso e paz!

(^.^)

Felipe Dadonas

Agradeço a mensagem.

O conceito que Felipe levanta em sua mensagem é verdadeiro: existem histórias capazes de modificar o mundo. Porque podem modificar uma pessoa através do exemplo. E que modificará outra com seu próprio exemplo, e assim iniciará uma corrente composta de um poderoso e positivo Efeito Borboleta.

Minha vida não seria a mesma se Bruce Lee não houvesse feito filmes.  Tenho um amigo que agiu de forma correta em uma decisão importante porque aprendeu sobre como integridade não se compra na cena final de “Perfume de Mulher”. Conheço pessoas que descobriram o valor da honra em filmes como “O Último Samurai” ou no livro “Elite da Tropa”.

Logo, aí esbarra a importância e a responsabilidade de um contador de histórias.

Sempre existe uma questão meio clichê no meio literário: afinal, você como autor prefere escrever um livro que seja um best-seller, ou um livro profundo que toque as pessoas?

Eu sempre fujo desse tipo de debate ou discussão.

Se me chamar para uma mesa redonda que queira debater isso, normalmente pulo fora. O motivo: me sinto perdendo existência, e me perguntando por que diabos naquele momento eu não estou em um computador escrevendo, ao invés de perdendo tempo com uma questão que, ao menos para mim, não faz o menor sentido.

Afinal, não entendo por que algumas pessoas pensam em tais caminhos de forma separada.

É quase como se perguntar se a luz é uma onda ou é uma partícula.

Resposta: ela é os dois. Depende de como se analisa.

É possível escrever histórias que sejam populares e que ao mesmo tempo passem profundidade. Isso é óbvio, e deveria ser a meta de todo escritor.

Acreditar no contrário seria apenas elitizar uma literatura que já é segregada.

E, se no fim das contas alguém realmente ainda duvida disso, por favor leia a mensagem abaixo:

***

Iai Rapahel

Seu livro foi otimo  e um dos melhores q li até hoje, adorei a historia, os personagens e gostei muito da forma como narrou, e no final do livro quando diz q *** SPOILER – passe o mouse por sua conta: “todos somos criadores” ***, me senti feliz pois o que mais quero hoje em dia eh ser game designer, e nao tinha certeza de minha capacidade disso, mais apos ler seu livro reencontrei uma inspiraçao que ah um tempo estava perdida.

Foi um otimo livro
obrigado,

Atauê

Como diz Thalita Rebouças: “Jabuti pra quê?”.

Existem; existem histórias capazes de mudar o mundo.

Dragões de Eter – Resenha por Leandro “Radrak” Reis

Leandro “Radrak” Reis é um escritor da nova leva da literatura fantástica brasileira, que conheci no lançamento da antologia: Anno Domini.

Leandro foi um dos autores selecionados para a antologia, e, na época, estava ainda na árdua e penosa batalha de se vencer dragões vermelhos até a primeira publicação.

Pois bem, o rapaz conseguiu!

Lançado este ano pela Idea Editora, a mesma editora que publica a saga “A Caverna de Cristais“, da veterana (e mais do que excelente) escritora Helena Gomes, chegou ao mercado editorial a obra Grinmelken, iniciada pelo romance: Filhos de Galagah.

Inspirado no book trailer de Dragões de Éter, o irmão de Leandro até produziu um vídeo próprio muito bem-feito para a obra, utilizando  movimentos de personagens em 3d.

Conheci Rodrigo Coube, o editor da Idea, na Bienal de 2008 em São Paulo, e só tenho a elogiar o trabalho não apenas que ele vem fazendo, como o de toda equipe da Idea Editora (e que também conheci por lá).

Abaixo, segue uma curta resenha de Leandro publicada em seu blog sobre “Dragões de Éter”.

Fica a dica de se observar mais um autor brasileiro promissor.

Juntem-se a nós.

E sonhem conosco.

***

ps: essa semana respondo a mais uma leva de mensagens de leitores sobre o desafio envolvendo Anísio Branford e as Sete Montanhas de Arzallum, ok?

Promessa.

***

Resenha – Dragões de Éter

Para aqueles que esperam encontrar batalhas de dragões, esqueçam. Dragões de Éter trabalha o simbolismo desta palavra, remetendo à força e liberdade dos homens. Cada personagem é um dragão, um ser de força de vontade, que preza por seus princípios e liberdade.

Mesmo assim, a Obra está longe de se afastar do Fantástico. Em uma inteligente re-leitura de conhecidos contos de fada, Raphael nos cativa com referências inesperadas, forçando-nos a lembrar de histórias esquecidas em algum lugar de nossas mentes.

A história é contada por um narrador bem Parcial, que não pensa duas vezes antes de expor suas idéias sobre o que está acontecendo na trama. Às vezes, tal narrador exagera um pouco na dose e deixa o texto cansativo, mas logo entra de volta na trama e prende nossa atenção com afinco. Admito que é necessário passar da página número 100 para se empolgar com a leitura. Mas julgo tal intervalo necessário, pois nestas páginas iniciais, o autor prepara as peças no tabuleiro, para só então mostrar a natureza de seu jogo.

Por fim, a narrativa culmina em uma mensagem ao leitor. Algo que fará algumas pessoas pensarem. Outras não. Aconselho uma pesquisa na Net, no Google mesmo, se você não entender algum termo, como egrégora, ou mesmo éter, isso ajudará na compreensão final.

Um livro que eu indico a leitura por dois motivos:

- O escritor é brasileiro, e vale a pena prestigiar o trabalho nacional (Que não perde em nada para os livros importados);
- Você não verá mais João, Maria (Aqueles da casa de doces) e Chapeuzinho Vermelho com os mesmos olhos…

Sobre Roteiros Cinematográficos

 

Ontem escrevi sobre o mercado literário, aproveitando a mensagem de dois leitores.

Hoje aproveito a mensagem do Gilberto Xavier, que participou de meu workshop em São Paulo, ao longo da Mostra Curta Fantástico, para fazer alguns breves comentários sobre o mercado cinematográfico.

Saudações, Raphael!

Sou um dos caras que assistiram à sua palestra na Casa das Rosas, no domingo da semana da III Mostra Curta Fantástico. Foi bem interessante para mim, principalmente depois de eu ter assistido à oficina do Syd Field na Alumni, podendo assim comparar pensamentos! Agora quero me interar mais sobre os eventos que envolvam apresentação ou apreciação de roteiros cinematográficos, assim, gostaria de saber de você quais as principais páginas da Net, através das quais, você se mantém informado? Há outro veículo que recomenda? Costuma participar de listas de discussão de cinema? Quais? Também gostaria de saber quanto você cobra por análise de roteiro. Perdoe-me por fazer tantas perguntas assim no “primeiro” contato, mas agradeceria se pudesse fazer a gentileza de me acender essa luz, quando tiver um tempo!

Obrigado e bom ano!

Como sempre lembrando do filósofo Jack, por partes:

Sobre cultura pop: O Omelete. De vez em quando também, o Herói.

Sobre roteiros cinematográficos: O Roteiro de Cinema, portal do Fernando Marés é muito bom, principalmente para quem está começando.

Fernando inicialmente iria tentar criar uma espécie de “agência de roteiristas tupiniquim”, a Arte & Letra.

Mais para o início da minha carreira, eu quase fui agenciado por ela (nossa, deve fazer quase uns dez anos isso…). Mas acabou que não rolou, e na realidade hoje eu nem sei se ele desistiu da idéia de coordenar uma empresa do tipo, ou se a idéia original ainda existe.

Sobre mercado:  O Propmark é ótimo. Bem completo até.

Nas partes de notícias sobre as produtoras, ele parece até mesmo um “TV Fama empresarial”, dizendo qual empresa está “pegando quem”, e quais “casamentos profissionais” estão sendo desfeitos, refeitos ou iniciados.

A comunidade Roteiro – Cinema e TV, do Orkut.

O seriado da HBO: Entourage.

Costumo pouco; e elas não costumam acrescentar nada não. Mas você pode tentar a Roteiro de Cinema da Yahoo.

As melhores listas, porém, você precisa ter no mínimo um longa-metragem filmado para poder entrar.

Não existe uma tabela, nem preço fixo. Quanto mais tempo e currículo você tem no mercado, mais seu preço sobe.

Além do mais, você não cobra para analisar um roteiro de baixo-orçamento o mesmo valor que cobra para analisar um roteiro de grande orçamento.

E cada roteirista tem sua própria forma de fazer sua análise; pode ser que o preço inclua uma única leitura com comentários por escrito, pode ser que inclua uma leitura inicial e outra após a revisão do tratamento.

Pode ser que na primeira leitura haja uma crítica escrita, e na segunda uma crítica verbal. Pode ser que haja três leituras.

E sempre há o risco do roteirista ler, e falar que o roteiro está perfeito.

Contudo, pela tabela da AR (Associação dos Roteiristas), o serviço sairia por R$5 mil reais.

Mas é como citei,  em cinema não existe padronização.

Espero que tenha ajudado a você, e a outros com as mesmas dúvidas.

Grande abraço.

“Dragões de Éter” Americano?

Respondendo às mensagens dos leitores Renata Collet e Murilo Simplício, dois dos maiores defensores da série do “Dragões de Éter, e que devem ter cultos e seguidores próprios que oram a eles como seus semideuses em Nova Ether.

Olá

Queria saber se você já tentou mandar “Dragões de Éter: caçadores de bruxas” para o exterior (leia-se: Estados Unidos)
Não que seja da minha conta mas acho frustrante o fato de um livro tão bom quanto esse seja menos famoso que “Crepúsculo”, por exemplo.
Acredito que se a tradução fosse publicada nos EUA as críticas seriam boas e seu livro decolaria de vez.

Renata

***

Olá Raphael, já sabe quando o livro Coração de Neve vai ser lançado?
E faço a mesma pergunta da Renata abaixo :
Queria saber se você já tentou mandar “Dragões de Éter: caçadores de bruxas” para o exterior (leia-se: Estados Unidos)

Murilo.

Para uma obra como “Dragões” chegar ao mercado americano é preciso alguns artifícios.

Primeiro, é preciso um agente muito bom. Às vezes, até mais de um (agentes fazem co-parcerias frequentemente).

Segundo, é preciso uma editora que saiba desde o início que a série será um sucesso, e não que se surpreenda por a série virar um sucesso.

Terceiro, é preciso um suporte de mídia que complemente o universo literário e crie um diferencial para a série.

O primeiro é o contato com o mundo de lá. O segundo é a estrutura para vender o número necessário, e dar material para que o primeiro faça o tal contato com o mundo de lá. O terceiro, é o motivo que fará o tal mundo de lá ter real curiosidade de conferir e pensar no assunto.

O mercado americano é um pouco fechado para estrangeiros, mas isso não apenas o literário. Entretanto, basta um livro em inglês vender um pouco, que as editoras de lá acreditam que pode ser vendido em qualquer lugar do mundo.

Logo, para um livro estrangeiro entrar lá, ele tem de

1) cair no momento certo por algum tema contemporâneo, como “O Caçador de Pipas”, que entrou na onda do 11 de Setembro e da Guerra do Iraque, e gerou o interesse do povo americano, e do mundo (afinal, segundo Bush “Já Vai Tarde” quem não estivesse com eles, estaria contra eles), de tentar entender um pouco das motivações do “lado de lá”.

Outro exemplo de um caso assim seria “O Segredo”, que chegou em um momento que o povo americano estava revendo seus conceitos de superioridade, destruídos pela era Bush, e tendo uma crise de identidade.

Logo, aparecer naquele momento um livro que lhe dissesse: “sim, se você souber o Segredo escondido, e passar a pensar dessa forma, você volta ser superior” (o que significa em outros termos: voltar a vida de winner) era exatamente o que eles estavam precisando.

E o resto do mundo vai na carona.

Independente, se um livro conseguir estar no momento certo e estourar, ele leva uma leva de livros com a mesma temática com ele.

2) Ou ele tem de ter vendido muito no seu país de origem, e vender em outras regiões do mundo, como o “Harry”.

3) Ou ele tem de virar um filme.

Essa terceira, porém, é a opção mais complexa. É mais coerente ele se tornar um filme depois de virar um livro de sucesso.

E com o detalhe importante: o livro tem de contar uma história universal, e não regional.

Bom, também existem ainda outros artifícios, é verdade, mas esses são os principais.

E o “Dragões”, onde entra nessa? Bem, eu tenho boa parte do necessário; hoje em dia, inclusive, até mesmo a editora citada lá no segundo tópico. E os produtos ao redor da série literária estão em processo.

Logo, na verdade não falta nada ao “Dragões” para que isso aconteça; apenas dar tempo ao tempo mesmo.

É preciso de um número X de vendas (que acreditamos ter capacidade para alcançar), e é preciso que o material ao redor do universo literário tome vida (hum… vocês irão gostar dele).

E é mais fácil o “Dragões” começar pela Europa, lá por Portugal ou pela Espanha, do que pelos EUA propriamente. Os caminhos são mais fáceis.

Vamos ver o que acontece.

O que sei é que a obra tem vida própria; ela caminha sozinha e chega lá.

E, assim como vocês, eu também acredito em “Dragões”.

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