Quando a neve nos aquece…
Mensagem sutil e poética do jovem escritor Juliano Sasseron, após o término de “Dragões de Éter – Corações de Neve”.
Sasseron é um escritor promissor de suspense/terror, autor do livro “Abençoado?”, disponível para download como e-book, e “Crianças da Noite”, publicado pela editora Novo Século.
Também há um conto dele na seleta antologia “Território V”, de Kizzy Ysatis.
Aqueles que não o conhecem, aproveitem para baixar o livro disponibilizado acima.
Enjoy.
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Quando a neve nos aquece
Hoje o dia está mais belo.
Tenho um sorriso estampado no rosto e um brilho diferente nos olhos.
Uma sensação de paz tomou conta do meu ser. Uma sensação capaz de mudar o mundo.
Sim, terminei de ler Corações de Neve.
O texto de Raphael Draccon respira poesia. Cada palavra é uma metáfora capaz de tocar o mais frio coração e preencher a alma com a doce brisa do amor.
Novamente pude sonhar. Pude tocar as estrelas mesmo tendo os pés no chão.
Apesar de uma brilhante estória, o que realmente chama atenção é a forma com que sinto minha alma cheia de energia pura, e não é preciso ser criança para se sentir assim.
Não preciso voltar a ser criança para reencontrar os sonhos perdidos.
Hoje o dia está mais belo.
“Espero que os outros também continuem assim”.
Resenha “Dragões de Éter – Corações de Neve”, por Leandro Reis
Leandro Reis, o autor de “Filhos de Galagh”, escritor nacional de qualidade que eu tanto já indiquei e continuo indicando, e que já havia resenhado “Dragões de Éter – Caçadores de Bruxas” aqui, colocou no ar dessa vez uma resenha de “Dragões de Éter – Corações de Neve”. Um livro, aliás, que possui uma frase dele na contra-capa retirada exatamente da resenha anterior.
A resenha foi bem positiva e Leandro compreendeu bem o espírito da coisa.
Link original aqui.
Enjoy.
ps: alguns comentários geraram um mal-entendido desnecessário e foram retirados por enquanto, ok?
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Saudações amigos leitores,
Faz cerca de 1 ano que resenhei o primeiro livro deste mundo criado por Raphael Draccon: Dragões de Éter – Caçadores de Bruxas. Lembro bem do sentimento da época. Eu o havia considerado um livro interessante por reciclar velhos contos de fada, com história e personagens cativantes, além de um narrador que ora era engraçado e cativante, ora era chato. Um livro que eu gostei.
Pois bem, acabei de terminar o Dragões de Éter – Corações de Neve e existe uma diferença muito grande entre os dois livros. Enquanto eu gostei de um, deste segundo, eu realmente adorei. Vi-me na pele de um semi-deus, observando, quase acreditando que influenciaria aquela história que me fez prisioneiro do seu meio para o fim, libertando-me somente ao virar a última página. Foram, sem dúvida, horas de leitura que senti gosto em gastar.
A trama está mais instigante. Os personagens mais maduros e interessantes. O ritmo mais alucinante. E o narrador encontrou seu equilíbrio, tornando-se imparcial, cativante e, as vezes, engraçado, mas chato, este defeito ele abandonou por inteiro.
A obra segue com os mesmos personagens de Caçadores de Bruxas, acrescentando à trama ainda mais daquelas referencias guardadas em nossas mentes. Foi no começo do livro, em meio às diversas citações aos semi-deuses que fiz uma associação ao licro “A História Sem Fim”, de Michael Ended, livro que venero: Dragões de Éter traz a idéia de que os personagens estão ali no livro realmente, vivendo aquilo tudo naquele instante, onde o combustível de suas vidas e aventuras é gerado por você, leitor. Você, como o Raphael não cansa de repetir, é o semi-deus que os alimenta e os guia.
Ao entender sua premissa é impossível que o leitor não mergulhe na história e se envolva com os personagens que ali vivem, e essa, meus amigos, é a mágica do livro. Uma mágica orquestrada com habilidade, capítulo após capítulo, de um campeonato de pugilismo à derradeira sequência final, que não nos deixa piscar.
Com ação, suspense e romance, este é um livro completo, que dificilmente decepcionará.
Devo avisar, porém, os mais tradicionalistas, que o livro trás um excesso de referências, o que pode irritar alguns leitores. Por outro lado, quem encará-las como homenagens à mente coletiva, ou simplesmente como um acesso à egrégora formada por toda a fantasia que ousamos imaginar, não se decepcionará ao se deparar com as participações, sutis ou não, da Feiticeira do He-man, Robin Hood, Athos e tantos outros ilustres personagens, juntos, em um livro.
Outra parte que pode atazanar os mais impacientes (ou quem não goste de boxe) é o grande campeonato de pugilismo, pois ele ocupa boa parte do livro. Já para os fãs de Rocky é diversão garantida.
Mais uma vez, indico a leitura por dois motivos: – O André Vianco disse: “Raphael Draccon escreve muito, muito bem”, e ele está certo, Raphael tem frases que realmente inspiram e merecem ser lidas; – Você tocará o Éter e retornará a ver João, Maria e Ariane Narin, e sua visão sobre eles será alterada. Mais uma vez.
“Dragões” no Amazonas
Acabei de receber uma matéria do jornal “A Crítica”, do Amazonas, destacando “Dragões de Éter – Corações de Neve”.
Para ver em tamanho maior, só clicar na imagem.
Enjoy.
Dragões de Éter – Resenha “Livros Fantasia”
Mais um blog interessante, com o intuito de difundir a literatura fantástica nacional, o Livros Fantasia.
De cara já se encontram resenhas curtas de três livros: “Além da Terra do Gelo“, do Victor Maduro, um escritor que anda trabalhando sério para divulgar sua obra; “Filhos de Galagah“, do já comentado Leandro Reis, autor de livros e sósia do Christopher Paolini nas horas vagas; e, bom… “Dragões de Éter“.
(Jogo dos 7 Erros! Christopher Paolini e seu sósia Leandro Reis, ou vice-versa…)
Fica a dica.
Enjoy.
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DRAGÕES DE ÉTER
Dragões de Éter – Caçadores de Bruxas
Neste livro Raphael Draccon nos força a abrir um baú em nossa mente e resgatar de lá personagens de contos de fadas há muito tempo esquecidos por nós. Tenho certeza que você nunca mais enxergará essas histórias com os mesmos olhos.
Este livro foi lançado em 2007 pela editora planeta e esse ano sai o segundo volume, Dragões de Éter – Corações de Neve.
É mais um autor brasileiro envolvido em nosso mundo fantástico, o que por si só já valeria a aquisição de um exemplar, mas o livro também traz uma história envolvente e cativante que merece ser conhecida.
Para mais informações sobre o livro acesse:
http://www.raphaeldraccon.com/
And The Oscar Goes To….
Assisti a dois dos filmes indicados ao Oscar de “Melhor Filme” em 2009.
O primeiro, “O Curioso Caso de Benjamin Button“, está nos cinemas brasileiros e assisti por mim mesmo; o segundo, “Quem Quer Ser Um Milionário?”, assisti a convite e só estréia oficialmente por aqui no dia 06 de março.
O primeiro é dirigido por David Fincher, cineasta que fez meu filme preferido: “Se7en”. O segundo por Danny Boyle, que não sei por que não é um dos meus diretores preferidos, aliás, talvez seja.
Sobre ambos:
“O Curioso Caso de Benjamin Button” impressiona. Prêmios técnicos como figurino e maquiagem já são dele, sem chances aos concorrentes.
Fincher sempre teve uma direção segura, e sempre tentou inovar nessa direção; o que em alguns casos funcionou, e em outros não.
Em “Se7en”, a própria estrutura de narrativa (que seria copiada exaustivamente nos anos seguinte) já era inovadora, e a direção não precisava chamar a atenção. Fez um clássico.
Em “O Clube da Luta” ele resolveu usar a computação gráfica como movimento de plano. Como a narrativa também era boa, juntou técnica+enredo e o filme funcionou (pelo menos para quem entendeu).
Em “O Quarto do Pânico” ele resolveu ensinar aos seus colegas cineastas como usar uma steady-cam. O resultado técnico é ótimo, mas com o enredo fraco, a técnica chamou mais atenção do que a narrativa e por isso o filme não funcionou.
Em “Zodíaco”, a narrativa veio para revolucionar de novo. Era uma busca por serial killer em estilo “filme noir”, que quase não saía para a ação externa, e tinha a construção dominada quase inteiramente por cenas de tensões e mistérios em escritórios fechados e tensos.
O filme “quase” funcionou.
O grande problema foi o desnecessário tamanho, que deixou cenas arrastadas demais e o público cansado, ao invés de excitado, no fim.
E, bom, em “Benjamin Button” ele repete a mesma coisa.
Tecnicamente, o filme é perfeito. Alterna cenas de computação gráfica – como gosta, com cenas de construção poética.
Como narrativa, é desnecessariamente longo e arrastado.
Existem cenas que se fossem cortadas não fariam a menor diferença para a história. Seja Benjamin Button lutando a Segunda Guerra, seja a participação que em nada acrescenta de Cate Blachett, todo novo arco construído vai muito além do tempo que necessitaria para ser desenvolvido.
A narrativa também gasta muito tempo com um Benjamin velho; e logo, quando o personagem rejuvenesce, a sensação é de que tudo fica muito corrido para – com trocadilhos – o filme correr atrás do tempo.
É um filme de David Fincher; logo merece ser assistido. Mas é o tipo de filme bom de se assistir uma vez, e no cinema.
Já “Slumdog Millionaire” é um show à parte.
Danny Boyle é, ao lado de Tim Burton, o diretor com a melhor fotografia própria do cinema americano. Nós conseguimos identificar um filme de qualquer um dos dois olhando apenas a iluminação de um fotograma.
A luz dos filmes de Burton é tão sombria quantos seus roteiros. As de Boyle são granuladas, com cores cheias de contrastes, e um deleite para quem vê.
Não consegui encontrar um só problema em “Slumdog Millionaire”.
O roteiro adaptado é perfeito. A estrutura é tão bem construída, que na primeira cena ela já grudou o espectador na cadeira. E quando o clímax vai se aproximando, inteligentemente trocando a estrutura de “ironia dramática” (onde por ser um interrogatório, já sabemos como terminará) por uma narrativa “no presente” (onde tudo pode acontecer), é papo de deixar grudado na cadeira, porque realmente tudo mesmo pode acontecer, e nós já estamos rendidos pelo personagem principal, Jamil, como se ele fosse um parente próximo.
Os atores – sejam na fase infantil, adolescente ou adulta, sejam principais ou coadjuvantes – parecem querer ensinar aos responsáveis por “Caminhos das Índias” sobre como fazer seu trabalho.
A direção é extremamente criativa. Boyle faz referências ao cinema indiano, mete uma trilha musical de energia pop, entra por becos de favelas e trens em movimentos, e nos apresenta uma Índia inteiramente oposta ao glamour de uma novela das oito; assistimos a basicamente um road movie às avessas, observando o mundo indiano através de sua parte mais suja.
E talvez exatamente por isso; por vermos o mundo daquela forma, demos mais valor à vida de Jamil e sua busca árdua e perseverante por uma história de amor (o grande tema do filme).
Ao final poético, a vontade é de aplaudir de pé.
Afinal, é um fato: um fósforo aceso na escuridão total brilhará sempre muito mais do que em uma sala iluminada.
ps: ainda não assisti ao “O Leitor”, mas o filme vai ter rebolar muito para tirar o careca dourado desse bonequinho em pé aplaudindo.
Dragões de Eter – Resenha por Leandro “Radrak” Reis
Leandro “Radrak” Reis é um escritor da nova leva da literatura fantástica brasileira, que conheci no lançamento da antologia: Anno Domini.
Leandro foi um dos autores selecionados para a antologia, e, na época, estava ainda na árdua e penosa batalha de se vencer dragões vermelhos até a primeira publicação.
Pois bem, o rapaz conseguiu!
Lançado este ano pela Idea Editora, a mesma editora que publica a saga “A Caverna de Cristais“, da veterana (e mais do que excelente) escritora Helena Gomes, chegou ao mercado editorial a obra Grinmelken, iniciada pelo romance: Filhos de Galagah.
Inspirado no book trailer de Dragões de Éter, o irmão de Leandro até produziu um vídeo próprio muito bem-feito para a obra, utilizando movimentos de personagens em 3d.
Conheci Rodrigo Coube, o editor da Idea, na Bienal de 2008 em São Paulo, e só tenho a elogiar o trabalho não apenas que ele vem fazendo, como o de toda equipe da Idea Editora (e que também conheci por lá).
Abaixo, segue uma curta resenha de Leandro publicada em seu blog sobre “Dragões de Éter”.
Fica a dica de se observar mais um autor brasileiro promissor.
Juntem-se a nós.
E sonhem conosco.
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ps: essa semana respondo a mais uma leva de mensagens de leitores sobre o desafio envolvendo Anísio Branford e as Sete Montanhas de Arzallum, ok?
Promessa.
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Resenha – Dragões de Éter
Para aqueles que esperam encontrar batalhas de dragões, esqueçam. Dragões de Éter trabalha o simbolismo desta palavra, remetendo à força e liberdade dos homens. Cada personagem é um dragão, um ser de força de vontade, que preza por seus princípios e liberdade.
Mesmo assim, a Obra está longe de se afastar do Fantástico. Em uma inteligente re-leitura de conhecidos contos de fada, Raphael nos cativa com referências inesperadas, forçando-nos a lembrar de histórias esquecidas em algum lugar de nossas mentes.
A história é contada por um narrador bem Parcial, que não pensa duas vezes antes de expor suas idéias sobre o que está acontecendo na trama. Às vezes, tal narrador exagera um pouco na dose e deixa o texto cansativo, mas logo entra de volta na trama e prende nossa atenção com afinco. Admito que é necessário passar da página número 100 para se empolgar com a leitura. Mas julgo tal intervalo necessário, pois nestas páginas iniciais, o autor prepara as peças no tabuleiro, para só então mostrar a natureza de seu jogo.
Por fim, a narrativa culmina em uma mensagem ao leitor. Algo que fará algumas pessoas pensarem. Outras não. Aconselho uma pesquisa na Net, no Google mesmo, se você não entender algum termo, como egrégora, ou mesmo éter, isso ajudará na compreensão final.
Um livro que eu indico a leitura por dois motivos:
- O escritor é brasileiro, e vale a pena prestigiar o trabalho nacional (Que não perde em nada para os livros importados);
- Você não verá mais João, Maria (Aqueles da casa de doces) e Chapeuzinho Vermelho com os mesmos olhos…
Dragões de Eter – Resenha no Meu Recanto
Esta foi a primeira resenha já escrita sobre “Dragões de Éter”.
Há tempos atrás, havia colocado o link para o texto da Livia, responsável pelo blog, mas nunca o texto completo por aqui.
Fica o registro.
Sonhem conosco.
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Dragões de Éter – Caçadores de Bruxas | for everyone |
Category: | Books |
Genre: | Literature & Fiction |
Nova Ether é um mundo protegido por poderosos avatares sob a forma de fadas-amazonas. Um dia, porém, cansadas das falhas dos seres racionais (os homens), algumas delas se voltaram contra as antigas raças, e a boa magia branca deu lugar à terrível magia negra.
E assim nasceu a Era Antiga.
Essa influência e esse temor sobre a humanidade só tiveram fim quando Primo Branford, o filho de um moleiro, reuniu o que hoje são os heróis mais conhecidos do mundo e liderou a história e violenta Caçada às Bruxas.
Hoje, Primo Branford é o Rei de Arzallum, e por quase 20 anos ele saboreia satisfeito a Paz. Entretanto, nos úlitmos anos, coisas estranhas começaram a acontecer…
Uma menina vê a própria avó ser devorada por um lobo marcado. Dois irmãos comem estilhaços de vidro como se fossem passas silvestres e bebem água barrenta como se fosse suco, envolvidos pela magia escura de uma antiga bruxa canibal. O navio do mercenário mais sanguinário do mundo, o mesmo que acreditavam já estar morto e esquecido, retorna aos mares com um obscuro sucessor. E duas sociedades secretas entram em guerra, dando início a uma intriga que irá mexer em profundos e tristes mistérios da família real.
E mudará o mundo. *
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Primeiro, houve uma caçada.
Centenas de bruxas foram levas à fogueira, e, por quase 20 anos, o mundo de Nova Ether acreditou na Paz. Há alguns anos, contudo, coisas estranhas começaram a acontecer, despertando o medo de uma tenebrosa Era Antiga.
E de tudo o que ressurge com ela.
Paralela à iminente guerra de magia e aço, corre a história de sete jovens em diferentes estágios da passagem da adolescência (embora alguns não tão adolescentes assim****) para a vida adulta. Participar dessa guerra não apenas irá acelerar essa transição, como forjar neles o heroísmo que talvez nem todos estejam ainda preparados para ter.** (ou talvez nem queiram ter****)
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Com diversas referências contemporâneas, que vão de Final Fantasy, Caverna do Dragão, a contos de fadas sombrios e bandas de rock como Limp Bizkit e Nirvana, “Dragões do Éter” constrói uma trama em que romances, guerras, intrigas, fantasias e sonhos juvenis se entrelaçam para construir o final poético deste fantástico quebra-cabeça.***
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O livro parte do princípio de contos de fadas, mesclando-os. Nele, vemos que João, de João e Maria, se tornou amigo inseparável de Arianne, a Chapeuzinho Vermelho, e que, por essa amizade forte e sincera, nasceu sem eles perceberem a pureza do primeiro amor.
Vemos príncipes transformados em sapos por bruxas asquerosas, e sua volta a ser humano; príncipes apaixonarem-se por plebéias, e bruxas sendo caçadas após anos, como se voltássemos à Inquisição… Mesmo que não sejam culpadas, como também muito ocorreu naquela época.
Descobrimos o motivo do lobo ter atacado a vovó de Chapeuzinho Vermelho, e porque uma criança de nove anos apenas fora até a casa da velha, sozinha, cruzando uma floresta e “falando” com o lobo no meio do caminho…
Descobrimos, também, entre tantas outras coisas, como a fé nos impulsiona, seja ela em que força sobrenatural esteja… sejam em um Deus, ou semideus Criador, semideuses e seus avatares: as fadas. E também descobrimos como as magas brancas e negras surgiram…
E vemos o que a história de Chapeuzinho Vermelho, João e Maria, A Branca de Neve e os Sete Anões, James Gancho e tantas outras que povoavam – e ainda povoam – nossa imaginação, têm em comum.
Além, também, vemos o “puro amor” ser o símbolo ilimitado da fé, o que move tudo, sendo uma ou “Sete Montanhas”.
E mesmo com o narrador querendo, a todo tempo, interegir-se comigo, o leitor, confesso que adorei demais este livro, afinal, sempre tive cerrto preconceito quanto a isso, mas, neste livro, também confesso que mordi a língua..rs.. muito embora quisesse, todas as vezes que o narrador dizia “Agora vamos pular um pouco no tempo…”, mandá-lo pastar, afinal, eu não queria pular no tempo, tamanhã tensão ou momento muito interessante, ele decidisse deixar de lado apenas por poucas páginas..rs..
Bem, é isso.. talvez eu seja suspeita para falar, mas… a empolgação do livro ainda me toma..tanto é que ontem fiquei com duas horas de insônia por causa do clímax final do livro… pois não tive condições de terminá-lo por causa de uma mãe nervosa me obrigando a dormir..hihihi…
O livro me encantou, me arrepiou, me fez ter vontade de xingar e me fez vibrar demais, mas em silêncio (uma vez que o pessoal de casa já estava dormindo em certas partes dele..rs)****
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* Retirado da “orelha” da capa do livro.
** Retirado da contra-capa do livro (ou a parte de trás, caso o nome esteja errado..rs)
*** Retirado da “orelha” da contra-capa do livro (ou a….- vide acima..rs)
**** Minha opinião, talvez não, ou talvez sim, totalmente suspeita..rs..
Dragões de Eter – Resenha por Willian Rabelo
E por Willian Rabelo em seu blog, a resenha que todo escritor sonha ao longo de uma carreira.
Para os candidatos a escritores profissionais, aconselho também a leitura do tópico: “Como começo a escrever?”, para responder determinadas dúvidas freqüentes (tá, o trema foi abolido, mas vamos dar tempo ao tempo…), de uma maneira simples e direta.
Interessante que no tópico acima, Willian faz referência a um já clássico texto sobre o mesmo assunto da querida Thalita Rebouças, a escritora mais simpática e engraçada do Brasil (e que tem seu “Dragões de Éter” autografado), que todo candidato a escritor profissional deveria ler também.
Abençoado o escritor que recebe resenhas como a de Willian por um primeiro livro.
Sonhem conosco.
Sempre.
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Dragões de Éter, Raphael Draccon e uma agradável surpresa
Raphael Draccon não é um gênio; não é Shakespeare ou Goethe. Também não é Cervantes, ou sequer Saramago.
Ainda…
Talvez um dia seja; talvez nunca.
O que digo, e digo por que sei, é que – apesar de ter apenas um romance épico publicado – ele é hoje um dos melhores (senão o melhor) escritor de literatura épica fantástica nacional.
Acabo de ler Dragões de Éter e o resultado foi muito melhor do que eu esperava. Comecei com aquela de “prestigiar o autor nacional” e etc. Me impressionei, para o bem, é claro.
Mais do que Cassaro (em seus tempos de Dragão Brasil e/ou Tormenta), Raphael Draccon fez justiça a um gênero pouco cultivado por aqui e, normalmente, ignorado pela crítica. Sua obra é leve, cômica, romântica e, algumas vezes, chata.
Mas, entenda, não é chata no sentido de não chamar a atenção, muito pelo contrário. Eu a classifico assim pelos momentos em que você (leitor) quer matá-lo (narrador), para ver se a estória continua logo.
Capítulos curtos, fáceis de ler, vocabulário natural, tornam a leitura agradável e, volto a frisar, leve.
Existem, é claro, referências que nem todos conseguirão entender, como o nome de algumas personagens e a rixa natural entre anões e trolls (coisa de D&D); entretanto, na maioria dos casos, ele consegue explicar o suficiente – sem ser piegas ou enrolado.
As personagens, apesar de não serem extremamente profundas, são construídas com uma combinação de arquétipos que, como diria Joseph Campbell, toca o inconsciente coletivo. Logo, gostar das personagens – ou odiá-las – é um efeito natural, esperado e muito, muito agradável.
Em breve chega o próximo livro do mesmo universo, espero que o nível se mantenha (ou, melhore!).
Existe também um conto no seu blog, recomendo a leitura (para os meus fiéis 3 leitores… hehehe). É sobre uma história bem conhecida, falando sobre uma parte que a maioria nunca sequer pensou considerar. O nome é Bonecos de Pano.
O melhor livro de ficção fantástica nacional que eu já li – repito.
E, talvez, um dos melhores livros nacionais da atualidade.
Parabéns autor.
Resenha “Dragões de Éter” – Blog Leia
Resenha de Regina Monteiro, para o interessante blog de críticas literárias: Leia.
O que achei de mais curioso no texto é que, para Regina Monteiro, “Dragões de Éter” é um livro completamente diferente de para mim. Regina o vê como um livro voltado para o público infantil (ou que deveria ser voltado para ele).
Eu o vejo como um conto de fadas para adulto; um livro de clima juvenil com passagens que alternam humor, romance e aventura, com determinadas partes sombrias, macabras e arrepiantes.
Mesmo o conceito de Bem x Mal é difícil de ser traduzido ao pé da letra. O diálogo de uma das cenas de clímax, no alto de uma Catedral, demonstra bem essa dificuldade.
Outro ponto que discordo da maioria dos críticos é uma eterna insistência em admitir que não existe uma parcela (e até uma boa parcela) de jovens que lêem.
Ok, a que (ainda) não o faz é bem maior, mas a que o faz é relativamente significante.
Logo, não existe apenas a literatura infantil e adulta. Existe sim, um público para a literatura juvenil enorme (”Eragon”, “Harry Poter” e “Crepúsculo” que o digam); e ignorar isso seria agir como o cinema que ignorou esse público até descobrir os Blockbusters na década de 80, com Steven Spielberg, e fazer a maioria de seus filmes hoje já pensando neles.
E, por último, também para mim a mensagem do livro não seria a de que o amor e a bondade sempre superam o ódio e a maldade, mas que apenas por eles vale à pena viver uma vida.
Tanto que a frase de Anna, mãe de Ariane Narin, utilizada no tópico anterior, resume bem isso: contos de fadas nem sempre têm bons finais.
Por isso, particularmente é bem curioso e extremamente interessante conhecer a opinião da resenhista.
Afinal, não é exatamente isso, essas múltiplas visões e intepretações que uma pessoa pode ter de uma mesma obra, que faz a riqueza de uma história bem contada?
Sonhem conosco.
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Dragões de Eter – Caçadores de Bruxas, de Raphael Dracon, pela Editora Planeta
Pode-se dizer que, em Dragões de Eter – Caçadores de Bruxas, Raphael Dracon parte de uma simples questão para dar vida aos seus personagens: o que teria acontecido depois?
O que teria acontecido com Chapeuzinho Vermelho depois que o caçador matou o lobo? E com o caçador? João e Maria realmente teriam conseguido matar a bruxa? E qual foi a reação de seus pais quando voltaram para casa? A princesa realmente teve coragem de beijar o príncipe que virou sapo? E o que fizeram os anões depois que Branca de Neve encontrou seu príncipe?
Quem, ao terminar de ler os sempre eternos contos de fadas, não se fez tais perguntas? De uma maneira dinâmica, Dragões de Eter – Caçadores de Bruxas narra a história do que teria se passado a partir do momento em que esses contos terminam, sem perder a perspectiva da eterna luta entre o bem e o mal.
Seria possível que João e Maria conhecessem Chapeuzinho Vermelho? Para Raphael Dracon seria perfeitamente possível. O autor reúne todos esses personagens (e muitos outros) no Reino de Arzallum, muitos deles vivendo em Andreanne, a capital do Reino. Arzallum fica em Nova Eter, um mundo que já foi assolado pela magia negra praticada por bruxas que haviam se desviado do caminho do bem. Depois de anos vivendo em paz, Arzallum volta a ser ameaçada por essa magia que o rei e todos seus súditos pensavam ter sido extinta. É nesse momento que Raphael Dracon, retomando a eterna luta entre o bem e o mal, apresenta a sua versão desses eternos heróis dos contos de fadas. Ao final, o autor repete o ensinamento presente em todas essas histórias infantis: o amor e a bondade sempre superam o ódio e a maldade.
No entanto, Dragões de Eter – Caçadores de Bruxas, apresenta um dilema pois, apesar de suas 420 páginas, não seria incorreto afirmar que este livro cairia muito mais no gosto de um público infantil ao suprir sua curiosidade a respeito do destino dos personagens dos contos de fadas, do que no gosto de um público mais adulto. É um livro para ser lido pelos pais para seus filhos.
Dragões de Eter – Resenha no 14 de Março
E dessa vez a resenha vem do 14 de Março, blog com a proposta de exibir textos diversos de autores aleatórios.
O autor, no caso, resolveu fazer uma lista com seus autores preferidos de fantasia. Logo, dividindo o mesmo espaço encontramos Raphael Draccon, Leonel Caldela e André Vianco.
O excelente texto completo pode ser lido clicando aqui.
Abaixo, segue a opinião sobre “Dragões de Éter”. Adorei a dúvida do rapaz referente ao sobrenome “Draccon”. Sabe, poderia até responder a ela aqui nesse momento. [mas...].
Mas aí qual seria a graça, não é verdade?
O semideus que habita em mim, saúda o semideus que habita em vocês.
Namastê.
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Ainda no gênero fantasia medieval, o livro DRAGÕES DE ÉTER, do escritor Raphael Draccon (ainda quero descobrir se esse sobrenome é real ou não) me chamou a atenção por vários fatores. Confesso que comprei o livro na livraria sem nunca ter ouvido ou lido nada à respeito. Dei uma olhada na contra-capa, li o prefácio, gostei tanto que comprei, achando que ia encontrar uma história completamente diferente da que o livro me mostrou. E nem por isso eu me arrependi. Muito pelo contrário, o livro é fantástico.
A história de se desdobra no mundo fantástico de Nova Éther, onde histórias antigas como Chapeuzinho Vermelho, João e Maria, Branca de Neve e os Sete anões, entre outros, são pano de fundo e, ao mesmo tempo, personagens principais. O autor realizou um excelente trabalho em reformatar esses contos antigos, sem precisar modificar uma vírgula em suas histórias originais, mas mesmo assim, nos apresentando os personagens de forma totalmente nova.
Mas o que mais me chamou a atenção no livro, foi o narrador. Raphael consegue criar um clima que nos faz imaginármos que a história está sendo contada ao redor de uma fogueira por um parente mais velho, ou até mesmo por um bardo, em uma taverna movimentada… mas que fica em silêncio absoluto para se concentrar na fala desse narrador. Não é muito comum encontrar narradores que se jogam dentro da história, e que por fim, acabam sendo por sí só, mais um personagem nessa história tão rica e interessante.
Vale a pena uma lida não só pelo narrador excêntrico e divertido, mas também para você rever personagens de contos infantis em uma temática um pouco mais madura, e ter a certeza que até crianças de contos de fadas crescem um dia, seja por força do tempo, ou por algum trauma externo.