“Dragões De Éter” e um interessante “Top 10 Livros” II

E mais um “Top 10″ livros enviado, colhido na web, dessa vez por parte da leitora Pepe “Moony”.

Se da outra vez, Dragões ocupou a quinta posição, nesse “Top” sua “colocação” foi ainda melhor.

Confiram.

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Aiaiai Que Dificil!
Bom, os top 10 Livros é complicado, mas as top 10 Séries de Livros ta valendo XD

1 – Harry Potter (em ordem: 5,3,6,7,1,2,4) – J.K.Rowling (duh!)
2 – A Trilogia de Bartimaeus – Jonathan Stroud
3 – Todos de “A Mediadora” – Meg Cabot
4 – Dragões do Éter – Raphael Draccon (gente, ele é brasileiro! e esse livro é foda u.u)
5 – Fronteiras do Universo – Philip Pullman
6 – A Trilogia “Jogo-da-Velha” – Malorie Blackman
7 – Coração de Pedra – Charlie Fletcher (ok, parece que vai virar filme *_*)
8 – A Batalha de Pirgus Malvae – Herbie Brennan
9 – Anjos e Demonios – Dan Brown
10 – Crepúsculo – Stephenie Meyer

Quanto vale uma mensagem?

O momento mais mágico para um escritor é o contato com seu público-alvo.

É o momento em que ele descobre que o mundo nascido realmente pulsa, e pulsa o bastante para lembrar-lhe o quanto ele é pequeno, ao menos diante da dimensão de linhas de éter que tocam a imaginação de diversos seres humanos sonhando em uma mesma direção.

Existem mensagens e mensagens. Algumas são mais emotivas, algumas mais críticas, algumas são empolgadas; outras desejam força e sucesso. Todas; todas valiosíssimas.

Até mesmo uma pessoa que escreva uma mensagem reclamando de um livro para um escritor, dedicou tempo e esforço (e as vezes coragem) da parte dela para aquela situação, e apenas isso já demonstra que de alguma forma aquele escritor mexeu com ela. [o quanto?].

O suficiente para ela se importar com ele.

Mensagens como a do leitor e estudante de biologia, Augusto Soares, se enquadram no caso.

Augusto havia me escrito meses atrás para contar que havia descoberto o livro, e estava ansioso para ler.

Quando começou a obra, escreveu novamente registrando suas impressões pelo início, e prometendo que faria um texto mais detalhado de suas impressões ao final.

Admito que realmente esperei por esse texto. É um fato: como citado, escritores amam todas as mensagens de seus leitores. Entretanto, existem determinadas mensagens em que notamos que existe uma profundidade ou uma maturidade literária por detrás daquela pessoa que nos escreve, que nos faz ficarmos realmente curiosos sobre suas opiniões finais.

A forma delas se expressarem, o português, as referências e argumentos que usam para defender seus pontos de vista; não há exatamente uma lógica, existem mensagens que realmente são diferentes.

E isso independe da idade; tenho uma leitora de 12 anos apenas, Bruna “Brubis” Passanezi, devoradora de livros, que se expressa melhor do que alguns comentaristas esportivos de tv, e com um português de deixar alguns antigos colegas meus de faculdade envergonhados.

Augusto “Guto” Soares é um leitor desse tipo. E então quando ele me mandou sua opinião final, ela foi bem valiosa.

Posto-a aqui em homenagem a meus leitores, e suas palavras inspiradoras.

Obrigado por nunca. Nunca acordarem.

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Raphael,

Como já não lhe é novidade, pois fiz questão de manter-lhe informado, desde que comecei a leitura do seu livro, Dragões de Éter, fiquei embasbacado. A princípio pela simplicidade da leitura, a forma relaxante e agradável com que o tema era abordado. Ousei fazer uma comparação que considero extremamente honrosa ao citar O Hobbit, do mestre Tolkien. Não me arrependo, muito pelo contrário: ainda vou me valer dela durante este texto.

Você conduziu a história e deu vida aos personagens com maestria. Assumo que no começo fiquei meio estressado com as freqüentes interrupções de “eu sou o contador e posso afirmar isso; afinal, eu estou criando isso”, mas não me leve a mal, foi apenas por ânsia de continuar a leitura e dar continuidade aos acontecimentos que me saltavam aos olhos e mexiam com minhas emoções, me levando de volta à infância inúmeras vezes. Que sensações agradáveis você despertou, Raphael!

O amadurecimento dos personagens com o desenrolar da trama foi lindo. Tudo justificado, sem lero-lero ou embromação. Tudo fez sentido, inclusive fazendo o leitor se questionar se faria diferente. E muitas vezes a resposta era não. Sua análise do comportamento humano foi muito boa. Como “contador” amador, sei como é difícil atingir uma profundidade psicológica nos personagens, sempre sendo necessário citar os como’s e por que’s, mas sem se tornar repetitivo. Mais uma vez, parabéns. Você o fez muito bem.

Outro ponto que merece destaque são os personagens em si. A variedade de personalidades e habilidades me fez lembrar dos tempos em que passava horas ao redor de uma mesa, jogando dados e interpretando personagens. Você joga RPG, não joga? Me arrepio só de pensar em uma sessão conduzida por você. Enfim, não quero desvirtuar o texto, deixemos essa confabulação para outra oportunidade!

A idéia de pegar personagens pré-existentes e moldar às necessidades da trama foi genial, nunca vi nada parecido antes. Revelo minha preferência pelo Mestre Anão Ira; a adaptação foi sensacional! Taí um personagem e tanto, e creio ser apenas um entre sete de capacidade semelhante. Talvez contos sobre as aventuras dos lendários Mestres Anões surjam, não seria uma má idéia, não é mesmo?

Muitos (se não todos) personagens têm potencial para muitas outras histórias, e tenho certeza que você já pensou nisso. Afinal, só depende de você mantê-los vivos, e você me pareceu disposto a isso. Não sem razão. Mas agora chego onde mais quero chegar: Nova Ether.

Assim como Tolkien, você criou um mundo. Um mundo com vida própria, suas próprias lendas e crenças, dividido e governado de forma única. Cara… não tenho palavras. É mágico, e você sabe disso muito mais que qualquer um que tenha se aventurado por aquelas páginas amareladas, exalando… éter. Seria um tremendo desperdício parar por aí. Cada história a qual você nos introduziu, cada lugar citado, cada conflito e cada povo não só merecem, mas DEVEM ser explorados. Milhares de histórias podem ser criadas nesse cenário que você desenvolveu!

Pense se Tolkien tivesse restringido a Terra-Média aO Hobbit? Praticamente um crime! Essa foi sua primeira obra, e certamente abriu centenas de portas. Quem sabe o seu O Senhor dos Anéis não vem por aí? Talvez um Silmarillion, com lendas de Nova Ether? As possibilidades são infinitas! Aproveite-as, eu lhe imploro. Nós, leitores, precisamos que você continue exercendo seu papel de Criador-contador. A coisa é simplesmente muito grandiosa para ser engavetada.

Idéias saltam à minha mente o tempo todo. Sinto-me até meio envergonhado de propor isso a alguém tão talentoso quanto você, mas posso te passar algumas. Talvez você goste e aprimore! Enfim, humildemente ofereço minha ajuda e meu apoio. Tudo para que a coisa não pare por aí. Não que esteja ruim, enfatizo que você tem uma obra prima. Mas a coisa pode se tornar épica. Veja em mim um fã disposto a manter esse universo vivo!

Bom, posso passar horas e horas aqui, escrevendo sobre cada parte do livro, cada lugar e personagem, mas não acho que seria interessante. Vou resumir minha opinião, antes que você desista de ler tudo e vá comer uma rosquinha com café.

A obra está ótima, do começo ao fim. A mudança no ritmo da narrativa, conduzida pelos acontecimentos do livro, se deu com sucesso. O final foi muito bom, embora ‘pouco explorado’, tendo em vista a profundidade da coisa. E não vou retomar esse assunto, acho que já deixei bem claro o que penso sobre o potencial dessa obra, e como autor deste texto, posso lhe garantir isso (hehehe).

Congratulações de coração, Raphael. Você fez um excelente trabalho, digno de todos os elogios. Conseguiu cativar um leitor chato e exigente, que não pouparia palavras para apontar erros grosseiros, assim como não poupou para elogiar seu trabalho.

Conte comigo e com todos os fãs.

E, pelo amor do Criador, não pare de sonhar.

Augusto Soares, seu mais novo fã.

Encontro Prática de Escrita

 

Havia anunciado já esse evento de alto nível, mas aproveitando que a data foi alterada, estou colocando aqui a data correta e também a localização, e o website.

http://www.praticadeescrita.blogspot.com/

Dia 4 de outubro de 2008, das 9h às 17h30, no campus Anália Franco da Universidade Cruzeiro do Sul, ocorrerá o Encontro Prática de Escrita: leituras, feitura e publicação. O evento é organizado pelos professores Carlos Andrade, Patrícia Leite e Claudio Brites e tem por objetivo fomentar um bate-papo a respeito de assuntos pertinentes à literatura contemporânea, mercado editorial e publicação, literatura fantástica no Brasil, a importância do cinema e da internet no cenário atual e oficinas literárias.

Para isso, reúne editores, agentes literários, quadrinhistas e escritores premiados que se alternarão em mesas durante todo dia. O evento é gratuito, mas como as vagas são limitadas o cadastro deve ser feito previamente no site praticadeescrita.blogspot.com, no qual pode-se ver os detalhes da programação e a biografia de seus convidados.

Inscrevam-se!

Além desse escritor, estarão presentes como convidados os companheiros: Helena Gomes, Kizzy Ysatis, Marcelino Freire, Silvio Alexandre, Octávio Cariello, Flávia Muniz, Roberto Causo, entre outros.

Sonhem conosco.

Dragões de Eter – Resenha Multiversos Editorial

E mais uma resenha, dessa vez escrita por Carlos Rocha para o blog do Multiversos Editorial.

O link original pode ser conferido no http://www.multiversos.net/blog2.php

Achei o texto do autor muito interessante, e bem escrito. Espero que a maioria concorde comigo.

Enjoy.

 

Dragões de Éter – Caçadores de Bruxas.

Publicado em 2007 pela editora Planeta, pelo jovem autor estreante e roteirista Raphael Draccon, um livro que prometeu criar um universo que resgatasse o espírito juvenil da série animada cultuada nos anos 80, Caverna do Dragão. Cabe aos leitores conferirem, mas em minha opinião, o livro oferece um outro tipo de estória, divertida, sombria e instigante e que destrói e reconstrói personagens familiares ao nosso imaginário coletivo.

Como Raphael Draccon furou a fila.

Soube deste livro através de uma divulgação na Internet, há alguns meses. Chegando ao site oficial de divulgação da obra, pensei: “mais um autor de Fantasia Nacional conseguindo publicar… Que bom! E, é claro, mais um livro para minha concorrida fila de leitura”. Como de costume, fiz minhas malas para participar do EIRPG e especialmente do Fantasticon. Minha primeira atividade no evento foi participar de encontro do GELF, Grupo de Estudos de Literatura Fantástica, presidido pela criadora do GELF, a carismática escritora Rosa Rios. O tema foi “Contos de Fadas: Arquétipos e Fantasia através dos séculos” e fizemos leitura e discussão de textos relacionados a contos de fadas. (para detalhes, nada melhor que ler o relatório no Blog da Rosana). Acontece que o quinto texto, era justamente extraído o livro Dragões de Éter e os comentários da Rosana foram responsáveis pela “furada de fila” da obra do Raphael. Assim, saí do evento com uma cópia adquirida que já comecei a ler durante minhas férias, tendo passado por São Paulo, Ubatuba e Paraty.

O Livro

Dragões de Éter – Caçadores de Bruxas – se passa em uma terra fantástica chamada Nova Ether, um mundo sem deuses, mas repleto de Semideuses e suas criações: Homens, trolls, anões, fadas boas e fadas corrompidas. Estas últimas ao ensinaram os segredos de magia negra às mulheres, deram origem às temíveis bruxas. Não há um protagonista na narrativa de Draccon, exceto talvez o próprio narrador, que participa ativamente da estória, abusando de seus “super-poderes” de contador de estórias, procurando sempre deixar narrativa mais instigante.

O livro é dividido em três atos e é composto por uma seqüência de capítulos curtos, o que facilita a leitura, mesmo quando se está com pouco tempo. De forma sempre alternada, somos introduzidos aos principais personagens da trama: Ariane Narin, os irmãos João e Maria Hanson, os também irmãos, príncipe Axel Branford e Anísio Branford, o pai destes, o Rei Primo Branford e mais uma dúzia de figuras importantes da cidade de Andreanne, capital do reino de Azarllum. Bom, você poderia dizer, e daí? O que este livro tem de ruim, ou de bom? Bem, eu diria, vamos por etapas.

Novos contos de Fada que ora surpreendem e ora dão arrepios

Com poucos minutos de leitura, começamos a perceber, além da personalidade forte do narrador, a grande sacada desta estória. A reutilização e reformulação de personagens dos contos de fada, tais como Chapeuzinho Vermelho e o infame pirata Capitão Gancho. Além disso, há criação de novos personagens baseados no contexto de histórias de fada e outras referências da cultura pop, como jogos da série japonesa Final Fantasy. Raphael constrói com habilidade uma trama de relações entre tais personagens dando uma perspectiva menos idealizada, algumas vezes explicitando a maldade, crueldade e repugnância de seus vilões, que é usualmente mascarada e atenuada nas versões politicamente corretas de contos de fadas aos quais nos acostumamos a ver, talvez uma conseqüência da divulgação de muitos destes contos pelas animações da Disney. Em contraposição aos contos em que a morte da mãe do Bambi constituiu elemento polêmico, bruxas cruéis e piratas sanguinolentos são vilões que habitam e ameaçam a paz do reino de Arzallum e suas personagens.

Pela estrada afora, eu vou bem sozinha! Levar estes doces para a vovozinha.

Outro aspecto divertido da narrativa de Draccon, é um realinhamento lógico de acontecimentos dos contos de fada. Por exemplo, tomemos a história de Chapeuzinho Vermelho. Que mãe mandaria sua filha de nove-dez anos, atravessar uma floresta potencialmente perigosa, habitada por lobos famintos? O que uma velha senhora de idade faria morando numa casa no meio de tal floresta? Por que o lobo, tendo a oportunidade de encontrar-se com a menina, desprotegida nesta trilha, não a devoraria? Por que e iria esperá-la na casa da vovó? E quem ficaria dando explicações para tais fatos? Afinal, é apenas um conto de fadas, ora bolas! A resposta: Raphael Draccon, que se propõe a responder tais questões, sendo este um dos fatores de boa diversão contida no livro.

Adiante, o que vem?

Sinceramente não sei como está sendo a receptividade da obra de Draccon pelo público. E devo dizer, por tratar-se de uma mistura de elementos e estilos, alguns leitores poderiam não se identificar com a obra. Afinal, há momentos em que o livro parece voltado para um público adolescente, em contrapartida, há momentos em que o autor não demonstra misericórdia. Como quando os vilões aparecem para fazer seu papel, e como mencionei, a crueldade e maldade de seus atos não é mascarada. Assim, temos a contraposição de capítulos leves com romance, bom humor e ação de violência moderada, com alguns momentos na trama que classificaria como no mínimo: sombrios.

Para terminar, gostaria de ressaltar o fato de que a publicação um livro de Fantasia, da envergadura de Dragões de Éter e suas 420 páginas, por um autor estreante, em nosso país, já é por sim um grande feito.

Em segundo lugar, se forem apontados problemas ou críticas ao autor, não deixaria que isso fosse impedimento para seguir em frente. Aprendi isso quando tive uma oportunidade de contato com o incrível autor inglês, Brian Talbot, numa oficina sobre a criação de roteiros visuais para histórias em quadrinhos. O que me marcou, foi uma amostra que autor trouxe de sua primeira obra publicada. Era de fato, um trabalho bem simples se comparado com as obras maravilhosas que o Sr. Talbot vem publicando nas últimas décadas. Quando começou, não dominava todas a as técnicas, mas nunca desanimou e seguiu em frente, para tornar-se um grande autor.

Vejo em Dragões de Éter essa mesma semente. Raphael se apresenta como autor, narrando uma trama complexa, com personagens interessantes e um mundo de fantasia inspirado em contos de fada, vídeo games e cultura pop. Uma boa diversão para aqueles que se identificam com releituras de personagens e estórias de fantasia. E como história bem construída, tem seu clímax no terceiro ato, o ponto em que passei a gostar do livro e relevar meu desejo secreto para que um dos personagens da trama fosse morto: o narrador. Quem sabe no próximo livro?

Encontro Prática de Escrita: leituras, feitura e publicação.

Coordenador por Cláudio Brites, em setembro ocorrerá um interessantíssimo evento sobre literatura na Universidade Cruzeiro do Sul, em São Paulo.

Abaixo os detalhes da minha mesa, ao lado de Luís Eduardo Matta, meu companheiro de editora, e escritor que tem pensamentos e filosofias literárias parecidas com as minhas.

Como sempre, para aqueles que puderem comparecer, será um prazer.

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Nome do evento: Encontro Prática de Escrita: leituras, feitura e publicação.

Dia: 27/09/08

Horário: 9h30 – 17h30

Local: Universidade Cruzeiro do Sul

Campus Anália Franco

                Av. Regente Feijó, 1295

Bairro Jardim Anália Franco

                São Paulo – SP

Editoras, Leitores, Mercado e Publicação 9h30 – 11h

Flavia Muniz, Alessandra Pires

Mediação: Octavio Cariello

Literatura de Fantasia 11h15 – 12h45

Kizzy Ysatis, Rosana Rios

Mediação: Silvio Alexandre

Literatura, Cinema e Internet 14h15 – 15h45

Raphael Draccon, Luís Eduardo Matta

Mediação: Helena Gomes

Oficinas Literárias 16h – 17h30

Marcelino Freire, Eunice Arruada

Mediação: Roberto Causo