Halloween em Nova Ether

Dia 31/10

O “Dia das Bruxas”.

Em Nova Ether, o dia do Halloween é quando se comemora o “Fim da Caçada de Bruxas”.  A Era que se iniciou quando Primo Branford, o filho de um moleiro, liderou dezenas de caçadores em uma violenta perseguição envolvendo magia e aço para exterminar centenas de pessoas, principalmente mulheres, acusadas de bruxaria.

Algumas dessas culpadas. Outras… bom…

Não à toa, uma quinta-feira mágica para a série de “Dragões de Éter”.

Para comemorar, de brinde uma ilustração em interpretação mais do que sombria, pelo artista Vinny Cucinello, da personagem Ariane Narin, no estilo: “um doce, ou uma arrepiante travessura”.

Caso não tenham problemas com pesadelos; sonhem, sonhem conosco. Sonhem forte.

Sonhem sempre.

Dragões de Eter – Resenha por Willian Rabelo

E por Willian Rabelo em seu blog, a resenha que todo escritor sonha ao longo de uma carreira.

Para os candidatos a escritores profissionais, aconselho também a leitura do tópico: “Como começo a escrever?”, para responder determinadas dúvidas freqüentes (tá, o trema foi abolido, mas vamos dar tempo ao tempo…), de uma maneira simples e direta.

Interessante que no tópico acima, Willian faz referência a um já clássico texto sobre o mesmo assunto da querida Thalita Rebouças, a escritora mais simpática e engraçada do Brasil (e que tem seu “Dragões de Éter” autografado), que todo candidato a escritor profissional deveria ler também.

Abençoado o escritor que recebe resenhas como a de Willian por um primeiro livro.

Sonhem conosco.

Sempre.

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Dragões de Éter, Raphael Draccon e uma agradável surpresa

Escrito por Willian em Pergaminhos

 

Raphael Draccon não é um gênio; não é Shakespeare ou Goethe. Também não é Cervantes, ou sequer Saramago.

Ainda…

Talvez um dia seja; talvez nunca.

O que digo, e digo por que sei, é que – apesar de ter apenas um romance épico publicado – ele é hoje um dos melhores (senão o melhor) escritor de literatura épica fantástica nacional.

Acabo de ler Dragões de Éter e o resultado foi muito melhor do que eu esperava. Comecei com aquela de “prestigiar o autor nacional” e etc. Me impressionei, para o bem, é claro.

Mais do que Cassaro (em seus tempos de Dragão Brasil e/ou Tormenta), Raphael Draccon fez justiça a um gênero pouco cultivado por aqui e, normalmente, ignorado pela crítica. Sua obra é leve, cômica, romântica e, algumas vezes, chata.

Mas, entenda, não é chata no sentido de não chamar a atenção, muito pelo contrário. Eu a classifico assim pelos momentos em que você (leitor) quer matá-lo (narrador), para ver se a estória continua logo.

Capítulos curtos, fáceis de ler, vocabulário natural, tornam a leitura agradável e, volto a frisar, leve.

Existem, é claro, referências que nem todos conseguirão entender, como o nome de algumas personagens e a rixa natural entre anões e trolls (coisa de D&D); entretanto, na maioria dos casos, ele consegue explicar o suficiente – sem ser piegas ou enrolado.

As personagens, apesar de não serem extremamente profundas, são construídas com uma combinação de arquétipos que, como diria Joseph Campbell, toca o inconsciente coletivo. Logo, gostar das personagens – ou odiá-las – é um efeito natural, esperado e muito, muito agradável.

Em breve chega o próximo livro do mesmo universo, espero que o nível se mantenha (ou, melhore!).

Existe também um conto no seu blog, recomendo a leitura (para os meus fiéis 3 leitores… hehehe). É sobre uma história bem conhecida, falando sobre uma parte que a maioria nunca sequer pensou considerar. O nome é Bonecos de Pano.

O melhor livro de ficção fantástica nacional que eu já li – repito.

E, talvez, um dos melhores livros nacionais da atualidade.

Parabéns autor.

Resenha “Dragões de Éter” – Blog Leia

Resenha de Regina Monteiro, para o interessante blog de críticas literárias: Leia.

O que achei de mais curioso no texto é que, para Regina Monteiro, “Dragões de Éter” é um livro completamente diferente de para mim. Regina o vê como um livro voltado para o público infantil (ou que deveria ser voltado para ele).

Eu o vejo como um conto de fadas para adulto; um livro de clima juvenil com passagens que alternam humor, romance e aventura, com determinadas partes sombrias, macabras e arrepiantes.

Mesmo o conceito de Bem x Mal é difícil de ser traduzido ao pé da letra. O diálogo de uma das cenas de clímax, no alto de uma Catedral, demonstra bem essa dificuldade.

Outro ponto que discordo da maioria dos críticos é uma eterna insistência em admitir que não existe uma parcela (e até uma boa parcela) de jovens que lêem.

Ok, a que (ainda) não o faz é bem maior, mas a que o faz é relativamente significante.

Logo, não existe apenas a literatura infantil e adulta. Existe sim, um público para a literatura juvenil enorme (”Eragon”, “Harry Poter” e “Crepúsculo” que o digam); e ignorar isso seria agir como o cinema que ignorou esse público até descobrir os Blockbusters na década de 80, com Steven Spielberg, e fazer a maioria de seus filmes hoje já pensando neles.

E, por último, também para mim a mensagem do livro não seria a de que o amor e a bondade sempre superam o ódio e a maldade, mas que apenas por eles vale à pena viver uma vida.

Tanto que a frase de Anna, mãe de Ariane Narin, utilizada no tópico anterior, resume bem isso: contos de fadas nem sempre têm bons finais.

Por isso, particularmente é bem curioso e extremamente interessante conhecer a opinião da resenhista.

Afinal, não é exatamente isso, essas múltiplas visões e intepretações que uma pessoa pode ter de uma mesma obra, que faz a riqueza de uma história bem contada?

Sonhem conosco.

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Dragões de Eter – Caçadores de Bruxas, de Raphael Dracon, pela Editora Planeta

Pode-se dizer que, em Dragões de Eter – Caçadores de Bruxas, Raphael Dracon parte de uma simples questão para dar vida aos seus personagens: o que teria acontecido depois?
O que teria acontecido com Chapeuzinho Vermelho depois que o caçador matou o lobo? E com o caçador? João e Maria realmente teriam conseguido matar a bruxa? E qual foi a reação de seus pais quando voltaram para casa? A princesa realmente teve coragem de beijar o príncipe que virou sapo? E o que fizeram os anões depois que Branca de Neve encontrou seu príncipe?
Quem, ao terminar de ler os sempre eternos contos de fadas, não se fez tais perguntas? De uma maneira dinâmica, Dragões de Eter – Caçadores de Bruxas narra a história do que teria se passado a partir do momento em que esses contos terminam, sem perder a perspectiva da eterna luta entre o bem e o mal.
Seria possível que João e Maria conhecessem Chapeuzinho Vermelho? Para Raphael Dracon seria perfeitamente possível. O autor reúne todos esses personagens (e muitos outros) no Reino de Arzallum, muitos deles vivendo em Andreanne, a capital do Reino. Arzallum fica em Nova Eter, um mundo que já foi assolado pela magia negra praticada por bruxas que haviam se desviado do caminho do bem. Depois de anos vivendo em paz, Arzallum volta a ser ameaçada por essa magia que o rei e todos seus súditos pensavam ter sido extinta. É nesse momento que Raphael Dracon, retomando a eterna luta entre o bem e o mal, apresenta a sua versão desses eternos heróis dos contos de fadas. Ao final, o autor repete o ensinamento presente em todas essas histórias infantis: o amor e a bondade sempre superam o ódio e a maldade.
No entanto, Dragões de Eter – Caçadores de Bruxas, apresenta um dilema pois, apesar de suas 420 páginas, não seria incorreto afirmar que este livro cairia muito mais no gosto de um público infantil ao suprir sua curiosidade a respeito do destino dos personagens dos contos de fadas, do que no gosto de um público mais adulto. É um livro para ser lido pelos pais para seus filhos.

E na segunda-feira pós-votação…

E nessa depressiva segunda-feira pós eleição, por 2% de diferença…

Como diria Anna Narin, mãe da personagem Ariane, em “Dragões de Éter – Caçadores de Bruxas”:

Contos de fadas nem sempre têm bons finais…

Eleitorado carioca

                   Chapolin ficou assim após conferir o resultado das eleições no RJ

Ah, mas daqui a dois anos para Governador…

Conto: “Bonecos de Pano” ATUALIZADO

A Terracota Editora, nova editora surgindo no mercado nacional, e organizadora do evento em parceria com a Labmind na Universidade Cruzeiro do Sul, me pediu autorização para transformar o conto já disponivel aqui no blog para donwload: “Bonecos de Pano”, em um e-book profissional.

E Cláudio Brites e sua turma não estão para brincadeira quando falam em “profissional”. Para se ter uma idéia, abaixo a capa oficial escolhida para o projeto.

Assim que o e-book estiver pronto,  coloco o link por aqui. Por enquanto, quem quiser ler o conto para download:

http://www.raphaeldraccon.com/blog/?p=154

E quem quiser conhecer melhor o trabalho da Terracota, acesse o:

http://www.terracotaeditora.com.br/

Detalhe para a revista B12 sobre literatura fantástica, e as antologias de fantástico, terror e sobrenatural organizada por gente renomada do nosso mercado editorial.

Sonhem conosco.

Sempre.

Book Trailer: Dragões de Éter – Caçadores de Bruxas

Workshop de Roteiro Fantástico, com Raphael Draccon

Acontece dos dias 11 a 16 de novembro a 3° Mostra Curta Fantástico (já viram o website? Achei um barato!), organizada pela produtora Fly Cow, na Casa das Rosas, em São Paulo (com exibições em mais outros cinco locais de SP).

Esse ano, a Mostra bateu seu recorde de inscrições e chegou a mais de 150 filmes (e não duvide que esse recorde continuará sendo quebrado todos os anos). O evento conta com apoio da Prefeitura e Governo de São Paulo, e do Ministério da Cultura.

A convite da sempre simpática diretora Vivi Amaral, uma das organizadoras do evento, este ano ministro um workshop de carga horária de 3 horas sobre “Roteiros Fantásticos”.

O workshop terá dois tempos de 1 hora e meia. Na primeira metade serão abordados conceitos de estrutura de roteiros, como formatação, escaleta, diálogos e estilos, afinal, fantástico ou não, um roteiro ainda é um roteiro. [não?].

Na segunda metade, abordaremos os temas e filmes especificamente fantástico, dissecando, por exemplo, as diferenças no ponto de vista de Spielberg e Shyamalan ao encarar e contar esse tipo de história, ou as diferenças de estilos narrativos entre Stephen King, Richard Matheson e André Vianco.

As inscrições são gratuitas e abriram nesse dia 16 de outubro, e há 40 vagas na sala. Logo, os interessados devem enviar um e-mail para contato@mostracurtafantastico.com.br, informando nome completo, telefone e e-mail de contato.

Ou seja, resumindo:

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Workshop Roteiro Fantástico, com Raphael Draccon

Local: Casa das Rosas;  Avenida Paulista, número 37.

Dia: 16 de novembro.

Horário: 14 horas.

Carga horária: 3 horas (dois tempos de 1 hora e meia).

Vagas: 40.

Valor: gratuito, limitado ao número de lotação da sala.

Inscrições: contato@mostracurtafantastico.com.br, informando nome completo, telefone e e-mail de contato. Coloque no assunto: INSCRIÇÃO – WORKSHOP DE ROTEIRO FANTÁSTICO

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Sobre Raphael Draccon

Raphael Draccon nasceu no Rio de Janeiro, em 1981, e começou a carreira profissional aos 16 anos como digitador e redator de dois jornais de bairro.

Aos 18 anos ingressou na Faculdade de Cinema, onde se dedicou na especialização da escrita cinematográfica.

Em 2001, no primeiro período de faculdade, aos 20 anos, recebeu uma Menção Honrosa da American Screenwriter Association (ASA), pelo seu primeiro roteiro de longa-metragem, o drama sobrenatural “In Your Hands”.

Em 2008, o roteiro foi entregue por Stuart Manashil, da Creative Artist Agency, a Will Smith.

A partir dos 21 se tornou ao longo desse tempo roteirista, avaliador de roteiros e script doctor de diversas produtoras como Intervalo Produções, Aquarela Filmes,  Tonice Produções, Cinema Profissional, Idéia Prima, Bravo Studio e O2 Filmes  (projeto internacional em parceria com a Focus Features e a Universal Pictures).

Aos 22, escreveu seu primeiro romance, da série de literatura fantástica: “Dragões de Éter”, ainda durante os tempos de faculdade.

Aos 23 tornou-se agenciado de John Maclean, um dos maiores agentes literários internacionais.

Aos 24, adaptou o romance “O Futuro da Humanidade”, do mega-bestseller Augusto Cury (atual primeiro lugar nos TOP 10 das revistas: “Veja” e “Época” com mais de 7 milhões de livros vendidos somente no Brasil), ainda em fase de pré-produção, e foi finalista na categoria “Melhor Videoclipe”, com a cantora pop Cláudia Leitte, nos Prêmio Multishow e Meus Prêmios Nick, dos canais Multishow e Nickelodeon.

Aos 25 anos tornou-se o autor mais jovem a assinar com a gigante editorial espanhola Planeta do Brasil, e esgotou a tiragem inicial de 5 mil exemplares.

Aos 26, concluiu um argumento encomendado para um possível projeto envolvendo David Lynch no Brasil, em uma co-parceria entre Brasil e EUA.

Atualmente, com 27 anos, está prestes a levar ao mercado editorial mais três títulos de sua obra, e continua envolvido com grandes projetos cinematográficos.

Encontro Prática de Escrita – Unicsul 2008

No dia 04 desse mês (é, tópico atrasado…), ocorreu o Encontro Prática de Escrita, na Universidade Cruzeiro do Sul, em São Paulo, que inicia uma parceria da universidade com o grupo Labmind.

A ida já me foi uma surpresa, pois junto comigo na viagem conheci o ator Tonico Pereira, o eterno chefe do Lineu no A Grande Família (”Ô Lineuzinho…”), que estava indo a SP para interpretar o vilão na peça teatral “Hamlet”, com Wagner Moura.

Já deveria ter conhecido Tonico faz tempo; bacana poder virar para ele e dizer:

- Tonico, você conhece o Cosme dos Santos (nosso clássico: “óticas do povo, morô?), não?

- Sim, sim.

- Pois é. Você ia fazer o meu filme…

- É???

Um barato. Histórias passadas sobre um curta-metragem em que o papel de Tonico acabou com o impagável Nélson Feitas, o eterno corno Leozinho, do “Zorra Total”.

Mas sobre o evento:

Pessoas agradáveis; candidatos a escritores profissionais interessados e convidados espetaculares. Muitos nomes do mercado editorial fantástico já me eram figuras conhecidas, como as damas do fantástico nacional Rosana Rios e Helena Gomes, a agente literária Alessandra Pires, o organizador Cláudio Brites e o sempre simpático Sílvio Alexandre.

A surpresa para mim no evento foi conhecer duas figuras muito; mas muito singulares: Kizzy Ysatis, escritor de romances vampirescos únicos, e meu colega de mesa, o escritor Luís Eduardo Matta.

    Kizzy é um cara único. Ele é tipo de sujeito que você ri só de lembrar, não porque ele faça esforço para ser uma pessoa engraçada, mas porque, querendo ou não, simplesmente é uma pessoa muito divertida. Nota-se em pouco tempo de conversa que é um sujeito que jamais poderia ter se tornado advogado na vida; a impressão que se tem é que ele nunca seria capaz de contar uma única mentira, tamanha a sinceridade que expressa e se expressa em tudo.

Não à toa o sucesso de público e crítica que seu trabalho tem conseguido. Sua obra tem muito da pureza e sinceridade dele. É o tipo de escritor que merece os melhores ventos.

Já Matta trata-se de um estilo completamente diferente.  Inteligente, sarcástico, com um humor que às vezes chega a ser ácido (no melhor sentido), é o tipo de cara que vale a pena dividir uma mesa de literatura por simplesmente ser uma extrema diversão.

Ao comando da mediadora Helena Gomes, trocamos sobre o mercado editorial de hoje envolvido com outras mídas, a relação do escritor com a crítica profissional e amadora, como se define o valor de um livro, sobre adaptações de livros para cinema e a relação do autor amador e profissional com a internet, demos conselhos a esmos para escritores iniciantes, e respondemos às perguntas do pessoal presente.

Mas a melhor parte foi sem dúvida a questão levantada envolvendo os roteiros dos seriados de hoje. Acompanhem abaixo.

E sonhem conosco.

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DRACCON: “Lost”é muito melhor do que “Heroes” porque seus personagens alcançam a profundidade de literatura. Não é à toa que a série faz referência à literatura diversas e diversas vezes…

HELENA: Ah, mas eu gosto de Heroes!

DRACCON: Não, os personagens de Heroes são fraquinhos! Tirando a líder de torcida e o japonês, nenhum deles tem carisma!

HELENA: Não, pô! Ah… eu gosto…

DRACCON: (rindo) Ah, mas você não entende disso! Por isso que você tem essas idéias! [platéia já aos risos]. Helena, o criador do seriado pediu desculpas aos fãs pela segunda temporada do programa…

HELENA: Não, ele pediu desculpas pelo atraso!

DRACCON: Claro que não! Atrasou por causa da greve dos roteiristas! Ele pediu desculpas por causa da qualidade! [platéia continua rindo].

MATTA [roubando o microfone e botando ordem]: Olha aqui, bom na verdade não é nem Lost nem Heroes! É House!

[a platéia vem abaixo, gargalha e aplaude com vigor].

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Ai, ai… por isso é bom ser escritor. Ganha-se pouco, é verdade.

Mas a gente se diverte.