“Dragões de Éter” no Viagem Literária

Nova e poderosa resenha dessa vez no Viagem Literária, comandado pela bibliotecária Fernanda Assis.

Aproveitando que fui escolhido o autor do mês, o site também está sorteando a trilogia completa, onde todas as regras sobre como concorrer podem ser encontradas clicando aqui.

Link original da resenha aqui.

Enjoy.

ps: adorei a “advertencia” do post e as estrelinhas personalizadas.

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  Dragões de Éter: Caçadores de Bruxas >> quarta-feira, 1 de setembro de 2010

 



DRACCON, Raphael. Dragões de Éter: Caçadores de Bruxas. São Paulo: Editora Leya, 2010. 440p. (Dragões de Éter, v.1)


“Foi a época em que caíram fadas. Em que nasceram bruxas. Em que destronaram Reis. Dragões geraram-se do Éter e príncipes se tornaram sapos.”

Para os apaixonados por literatura, uma boa obra é aquela que seduz, que convence e que te faz viajar para um novo mundo. Mais do que o tema, os personagens ou a abordagem proposta, o autor te conquista com sua arte, com sua habilidade e faz uso de diversos recursos para tal. E neste processo, algumas vezes, nasce não um livro, mas um fenômeno literário. Raphael Draccon é um exímio contador de histórias e hoje eu tenho o prazer de narrá-la para vocês, conheçam Dragões de Éter: Caçadores de Bruxas.

Em outro mundo, em outra época, as fadas protegiam e testavam os humanos com provas que mostravam sua bondade, bravura e honestidade. Mas, muitos humanos se mostraram fracos de caráter e até mesmo as fadas caíram em tentação, surgiu a magia negra, nasceram então as bruxas. E com as bruxas as guerras, e com as guerras os caçadores de bruxas. Nasce uma nova era.

Muito tempo depois Primo Branford é o Rei de Arzallum, o maior Rei de todos os tempos. Primo e sua família são amados por seu povo, idolatrados pelos plebeus; as bruxas se foram e o reino está em paz. Rei Primo, sua rainha Terra e seus dois filhos são a alegria do reino. Sim, os príncipes. Um criado para assumir o reino, liderar os nobres e arrancar suspiros das donzelas. Enquanto o outro amava os plebeus, convivia com eles  e era tão amado pelas donzelas como seu irmão. 

Mas como em todo conto de fadas, coisas estranhas começam a acontecer e talvez o Rei não as perceba, até que seja tarde demais…

Uma menina andava sozinha pela floresta indo para a casa de sua avó, sem saber que aquele seria o dia mais trágico de sua vida. Sem saber que iria assistir de perto, sua querida avó sendo devorada por um lobo e que o episódio lhe renderia um apelido cruel que a perseguiria por muito tempo. Ela era Ariane Narin, aquela que foi salva pelo caçador, mas talvez você a conheça como Chapeuzinho Vermelho.

Saibam que ela odeia o apelido e seria perseguida eternamente por aquela tragédia se não fosse a ajuda de quem hoje é seu melhor amigo, João Hanson. Ele logo ficou com pena da menina, pois sabia muito bem o que era sobreviver a uma tragédia. Um dia voltando da cidade, ele e sua irmã foram enfeitiçados e ficaram muito tempo presos na casa de uma bruxa comedora de gente, comendo barro e cacos de vidro como se fossem chocolate. Mesmo depois de cozinharem a megera em um caldeirão, João e Maria nunca esqueceriam o pior momento de suas vidas.

O Rei podia ignorar pequenos incidentes isolados, acreditando que aquilo era obra do acaso e não fruto de magia negra. Mas, ele não pode ignorar um ataque maciço a sua amada cidade. Sangue e morte chegariam a Arzallum, pelas mãos de um pirata sanguinolento, hoje o maior pirata que já existiu. Jamil Coração-de-Crocodilo herdou a maldade em seu sangue, o herdeiro do capitão Gancho conquistou a duras penas o seu posto e tinha tudo planejado para o grande ataque.

Dizem que é em meio às grandes tragédias que surgem os grandes heróis, assim dizem os contos de fadas. Um príncipe será testado por uma fada, um romance irá surgir, uma plebéia pode ser tornar uma bruxa e dois adolescentes inteligentes poderão ajudar a salvar o reino. Não acredite tanto nos contos de fadas, aqui você encontra a verdadeira história.

“E, mais alto do que Maria Hanson jamais poderia ver, o rastro de uma estrela cadente escarlate voou por suas cabeças, abençoando aquele momento. Blake, a primeira estrela romântica, aumentou seu brilho. Fadas sorriram. E um beijo aconteceu.”

A sensação ao ler este livro é que você está “ouvindo” a historia, que nos é contada por um narrador muito crítico e bastante parcial. Durante a leitura você irá encontrar velhos personagens conhecidos, referências históricas, musicais e um toque de modernidade em uma história medieval. O narrador contesta diversos fatos e fica tudo muito divertido. O que diabos, por exemplo, aquela menina fazia sozinha no meio da floresta? Que tipo de pais deixaria uma criança de 9 anos fazer isso?

Os personagens são muito bem construídos e todos muito bem explorados durante a história, de Ariane Narin, passando pela realeza até um marujo novato; todos são tão importantes no decorrer da trama que é difícil definir aqui algum personagem secundário. Me encantei por Ariane, João e caí de amores pelo príncipe Axel. 

Adorei também encontrar de repente no meio do livro um personagem conhecido de tantas outras historias, apareceu um pirata malvado e eu lá pensando “aposto que vai ser o capitão gancho” e não se preocupem, que todos são perfeitamente incorporados a trama. 

E a narrativa do autor é um caso de amor a parte, na página 26 eu já estava completamente apaixonada (pelo livro ^^) e não consegui mais parar de ler, os capítulos terminam com determinada frase que você pensa, vou ler só mais um pouquinho e dava aquela espiada de rabo de olho lá no final da página seguinte. Então o Viagem Literária Adverte: “Raphael Draccon causa dependência, insônia e dor nas vistas”

Eu tentei da melhor forma descrever o universo mágico criado pelo autor, mas não sei se foi suficiente. Me apaixono pelos livros, pelo universo mágico, pelas histórias que me encantam e me emocionam, mas poucos livros me surpreenderam tanto quanto Dragões de Éter. Indispensável na estante, um conto de fadas moderno, inteligente e divertido e ao mesmo tempo uma história épica, emocionante e repleta de ação. 

Bom, resenha ficou gigante, mas tenho que dizer que Raphael Draccon ganhou mais uma fã de carteirinha e olha que só li ainda o primeiro da trilogia. Estou sofrendo esperando os outros chegarem (sorte dele que eu ainda não tinha lido o livro na Bienal senão tinha rolado um momento muito mais tiete rsrs. Mas garanti meu livro 1 autografado e a foto). E por falar em Bienal SP, a Editora Leya não só fez um trabalho fantástico na edição e na capa dos livros, mas também arrasou no lançamento na Bienal.

Ah, tem só mais uma coisinha, juro! Raphael Draccon é o autor nacional de setembro do Viagem Literária. Então durante o mês teremos ainda resenha dos outros livros, entrevista e promoção!!! \O/

Trilogia Dragões de Éter
  1. Caçadores de Bruxas
  2. Corações de Neve
  3. Círculos de Chuva
Site do autor:  http://www.raphaeldraccon.com
Site da Trilogia: http://www.dragoesdeeter.com

Avaliação (1 a 5):

 

Postado por Nanda às 08:48

“Dragões de Éter” no Livros Em Série

Faz tempo que estava devendo postar a resenha das queridas do Livros Em Série, site literário que já se tornou mais do que referência na nossa web.

A resenha foi assinada pela Lili e pela Patrícia “Patoka”, que, aliás, também dá altas dicas em estilo videolog no LEt’S Talk, e se você é amante de literatura e nunca havia ouvido falar, já não tem mais essa desculpa.

Link original da resenha aqui.

Enjoy.

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Resenha: “Caçadores de Bruxas”, de raphael Draccon

Postado por: Patoka @ Arquivado em: Notícias, Reviews

Livro: Caçadores de Bruxas
Série: Dragões de Éter
Autor (a): Raphael Draccon
Páginas: 256
Editora: Planeta (a reedição está sendo lançada pela Ed. Leya)
Resenha por: Lili

Com diversas referências contemporâneas, que vão de séries como Final Fantasy a contos de fadas sombrios, passando por bandas de rock como Limp Bizkit e Nirvana, o autor constrói, com extrema habilidade, uma narrativa em que romances, guerras, intrigas, fantasias e sonhos juvenis se entrelaçam para construir o final poético desse fantástico quebra-cabeça. Essa obra, que é a estréia do roteirista Raphael Draccon na literatura, combina fantasia, história antiga e aventura na medida certa, de uma maneira revolucionária em relação aos demais livros do gênero.

Um mundo fantástico, belo, complexo e bem construído, repleto de personagens que você acha que conhece. Isso mesmo, você só acha que conhece, porque depois que você entrar em contato com eles em Nova Ether, a sua referência aos clássicos infantis sofrerá uma revolução. Não toque neste livro se você quiser continuar lembrando-se de Chapeuzinho Vermelho apenas como a menininha que foi levar doces para a vovozinha.

A visão graciosa, realista e completamente criativa de contos de fadas é apresentada nas páginas de Caçadores de Bruxas, em que os protagonistas das histórias da sua infância são amigos e vivem na mesma terra. Genial na mesma medida que é compreensível e revigorante. Cada ser que habita o enredo tem sua personalidade marcada e juntos desencadeiam uma história impossível de largar e prazerosa de se ouvir.

Você leu certo: ouvir. O narrador conta a história e, em certos momentos, você tem certeza de que ele está sentado na sua frente conversando, gesticulando e explicando cada detalhe deste mundo encantado. O contato próximo entre autor e leitor transforma a narrativa em um deleite a parte.

Vale destacar que não é somente de contos de fadas que vive este reino, mas de incontáveis referências à música, à História (aquela com H maiúsculo) e à literatura mundial, divertidas de se encontrar, que surpreendem a cada página virada. Quando você se dá conta, lá está Raphael Draccon novamente, mudando os seus antigos parâmetros sobre esse ou aquele assunto.

Seria injusto com o leitor detalhar melhor o enredo. Draccon é um contador de histórias infinitas vezes melhor do que eu. E é por isso que é um dos jovens escritores brasileiros de maior sucesso da atualidade, que viu seu livro de estreia esgotado, vendendo como os grandes. O êxito é merecido, o autor e seu mundo possuem todos os atributos para tornarem-se um clássico.

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