Bate-papo e Palestra em RJ, SP & Brasília
Para o pessoal do RJ, SP e Brasília, seguem a data das próximas caravanas. Apareçam!
Enjoy.
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RIO DE JANEIRO
Quando: 08/04 (sexta), a partis das 19:00 hs (bate-papo).
Onde: Saraiva do Botafogo Praia Shopping.
O que: Bate-papo e sessão de autógrafos.
Entrada: Franca.
Participarei do retorno da edição do projeto “Nós, Autores”, comandado pela escritora Janda Montenegro.
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SÃO PAULO [atualizado]
[atualizado] Galera, devido a problemas com o espaço, já que o evento corria o risco de ter uma superlotação, o local está sendo transferido e haverá também uma nova data. Assim que confirmarem, aviso.
Quando: 09/04 (sábado), a partis das 17:00 hs.
Onde: Livraria Cultura do Shopping Villa-Lobos.
O que: Apresentação de cosplayers de Dragões de Éter, Palestra, bate-papo e sessão de autógrafos.
Com quem: Os três maiores podcasts do país – Jovem Nerd, RapaduraCast e Matando Robôs Gigantes.
Entrada: Franca.
Às 17 horas haverá a apresentação na Livraria dos cosplayers de Nova Ether que ajudaram a lotar o estande da Bienal de SP.
Já às 18 hs se iniciará um debate ecom o tema “Literatura Fantástica: Novos clássicos, Velhos autores”. O debate será entre eu, o pessoal do RapaduraCast e MRG, com mediação do Jovem Nerd.
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BRASÍLIA [atualizado]
Quando: 29/05 (domingo) [atualizado] 28/05 (sábado), horário a ser definido (o evento ocorre das 11 às 21 hs).
Onde: UNIP – W5 sul SGAS 913.
O que: Participação no evento de anime Kodama DF.
Entrada: Franca.
Mais detalhes em breve.
“Dragões de Éter” no Papiando
Resenha dessa vez de Andrea Inoue para o Papiando.
Link original aqui.
Enjoy.
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Dragões de Éter – Caçadores de Bruxas Vol.1
Trilha Sonora de Livros
O simpático blog Eu <3 Livros fez um post interessante sobre Trilhas Sonoras de Livros, em que cita inclusive Dragões de Éter.
Achei interessante a referência e concordo que ela faz sentido.
Link original da matéria aqui.
Enjoy.
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As Trilhas Sonoras de filmes são sempre um objeto de desejo a parte. Além de complementar a historia e muitas vezes contribuir com o foco emocional, ela pode apresentar-se tão grande e tornar-se por si só a arte.
E com os livros? É possível musica entre as palavras ou ela iria apenas atrapalhar sua leitura? E para escrever a musica distrai ou inspira? Muitos preferem o silêncio, mas será que o som perfeito não lhe fornece a emoção necessária para descrever um beijo? Uma festa ou até mesmo a morte?
Pode-se se unir as mágicas paginas dos nossos tão amados companheiros com os embalos que a musica nos proporciona? Musica, aliada ou distração? Vamos descobrir!
Ao ler Dragões de Éter do autor brasileiro Raphael Draccon o romance em certa parte é tão bom e completo que o autor narra até a musica tema de uma batalha decisiva. Ele não cita nenhuma musica em particular, apenas seus nuances heróicos. Neste momento ouvi tão claro quanto a luz a Nona Sinfonia de Beethoven.
Mas esta não é uma particularidade de Dragões de Éter. Alguns livros, não todos é verdade, me fizeram ter a impressão de casar perfeitamente como alguma musica que conhecia. Não raro os melhores livros que já li.
Essas ocorrências me fazem pensar se a musica pode se tornar um dos elementos chaves para um escritor. Entendo perfeitamente quem defenda que a musica distrairia e até faria o autor se ausentar do conto, mas será que não é um risco bom de correr?
Como tudo na vida, este elemento independente de sua eficácia deve ser usado com sabedoria e equilíbrio. Acredite, você não conseguiria escrever qualquer coisa com a musica errada na cabeça.
Exemplo:
Imagine você lendo uma passagem de Senhor dos Anéis, quando o Aragorn bate as portas de Mordor desafiando Sauron a uma ultima batalha. Há Orcs correndo de um lado para o outro, cavaleiros com armaduras reluzentes e de fundo você escuta um musica bem alta:
- Para para para papapapa! Morro do dendê nós vamos invadir, nos e os alemães vamos nos divertir…
É fica meio complicado. Portanto, musica certa para obra certa. Em minha opinião esse tipo de livro casa melhor com Enya, mas já vi gente que preferiria com musica clássica ou metal, mas funk… por favor né.
Ler já é complicado imagine só escrever?
Está parte depende fundamentalmente de você. Para alguns é simplesmente impossível escrever com qualquer som, outros botam aquele som pra relaxar e alguns mais ouvem os sons da natureza.
Posso dizer que muitas vezes Beethoven me tirou do ócio e fez meus dedos deslizarem agilmente sobre o teclado como os seus (não exatamente) deslizavam sobre o piano. Porém, outras vezes desejei o mais profundo silencio inviolável.
O que estou afinal tentando dizer é que como tudo a musica é uma variante e pode ser muito bom pra você e muito ruim pro seu vizinho. Isso sem falar em gosto, pois o que é musica boa pra um pode ser péssima para o outro. E apesar dos pesares este é um elemento forte e importante que você pode e deve tentar usar a seu favor.
Não há limitações na arte e escritores são todos artistas. Há inspiração na poesia, na musica, nos desenhos, esculturas, na suavidade e mesmo na brutalidade. Tudo depende de como você vê e como trabalha sobre isto.
Faça um teste, tente escutar musicas calmas e comece por ouvi-las baixinho como um pano de fundo. Você pode se surpreender com os resultados e se um dia lhe pintar a vontade de criar um AudioDrama você já tem meio caminho andado.
Se não gostar ou não adiantar lembre-se o silêncio estará esperando por você.
Arrisque.
Aliás, para ser trilha sonora do Eu Coração Livros alguma sugestão?
“Dragões de Éter” no Livros na Rede
Resenha do Luis Felipe para o Livros na Rede.
Link original aqui.
Enjoy.
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Raphael Draccon mostra que os livros brasileiros não são apenas Machado de Assis e Paulo Coelho
Demorou, mas chegou!
Raphael Draccon é, para quem não conhece, o escritor da trilogia “Dragões De Éter”, e, nesta postagem, resenharei o primeiro da trilogia, “Caçadores De Bruxas”.
O livro começa um pouco entediante, mas mais adiante o que eu pensei que seria uma história sobre dragões e bruxas, me surpreendeu trazendo uma releitura de contos de fada clássicos, personagens carismáticos e ação. Raphael Draccon escreve maravilhosamente bem e quando você começa a ler “Caçadores de Bruxas”, você não para! Eu li o livro em quatro dias, e estou animado para comprar a sequencia desse maravilhoso livro.
O mais curioso é que o livro fez sucesso sem uma mínima ação de marketing, o que apenas comprova o quanto este livro é bom. Uma história com uma trama enredada e reviravoltas do começo ao fim. É tudo num ritmo eletrizante.
As cenas de luta em que Axel Terra Branford – o meu personagem favorito do livro – participa são as melhores, apesar de poucas. Ele treina pugilismo – boxe – e na maioria das vezes não usa espada e sim os punhos.
Gostei muito da forma que ele faz os contos de fada terem sentido e enreda os mesmos numa trama cheia de intrigas, onde a verdade pode se desfazer em questão de segundos. Raphael Draccon tem uma escrita envolvente, onde você sente o que os personagens sentem. Raiva, dor, amor, ansiedade, medo, etc.
No começo, eu não estava entendo o que estava acontecendo. Não estava achando razão para os vilões estarem agindo de certa forma, e cheguei quase a desistir do livro por ter ficado confuso. Mas não desisti, e quando finalmente entendi tudo, não quis parar de ler.
O final é um dos melhores que eu já li num livro, simplesmente magnífico. Mas o que não é magnífico neste livro de Draccon?
“Dragões de Éter” em promoção [atualizado]
Hoje o Submarino estabeleceu o seu “o dia de comprar livros”.
Dessa forma, eles reduziram em 15% a maioria de seus títulos. E isso incluiu Dragões de Éter.
Para aqueles que se interessarem, cada volume, de R$44,90 foi reduzido para R$29,90.
E o box com os 3 títulos foi reduzido para R$89,90.
[atualizado] O Submarino enviou uma mensagem pelo twitter comunicando que, atendendo a pedido dos leitores, a promoção da trilogia diminuiu para R$79,90 [atualizado]
Quem desejar aproveitar, só clicar no link aqui.
Enjoy.
“Círculos de Chuva” no Olhar do Dragão
E a Nath, do Olhar do Dragão, que já havia resenhado Caçadores de Bruxas e Corações de Neve, agora resenha o Livro 3: Círculos de Chuva,
Link original aqui.
Enjoy.
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Meu Níver e Dragões de Eter – Circulos de Chuva
Dia 4 de março, a data do meu aniversário.
este NÃO foi o bolo : – ( |
Fecho este ciclo que começou em 2010
Num dia de chuva…
Bom gente, faço meu vigésimo terceiro verão e estou muito feliz por isso.
E estou devendo este post, mas a história continua fresquinha na minha cabeça.
Se D. E – Caçadores de Bruxas foi bom, D. E. – Corações de Neve foi ótimo, eu digo que, D.E. – Circulos de Chuva foi ÉPICO.
Quem é que conseguiu juntar numa única história, guerras, piratas, triangulos amorosos, bruxas, fadas e mais um monte de coisas que se eu citar aqui, vou acabar revelando algum spoiler?
Quem é que conseguiu reunir os personagens clássicos num formato completamente novo?
E que autor conseguiu me fazer rir por horas a fio por causa de um video criticando uma série de livros, cuja filha da protagonista se chama Nessie (nada haver com este post).
Enquanto os dois primeiros livros foram “leves” D.E. - Círculos de Chuva pode ser considerado “pesado”, mas não no sentido de ser uma leitura enfadonha, não, deixa disso, o ritmo é tão forte quanto o dos outros, isto é, trata-se de um daqueles livros que você não consegue parar de ler antes de chegar ao fim.
Porém, a maneira de como a guerra é descrita é bem realista, na minha humilde opinião, mas sem deixar de lado a fantasia.
E nesta história, as dragonesas (dragões femininos) aparecem, quando li esse termo, achei o máximo, pois só tinha ouvido “dragoas”, ou dragões fêmeas.
E claro, não posso me esquecer do aspira escudeiro João Hanson, quando eu li em algumas resenhas que ele foi o maior destaque do livro, não acreditei, eu achava que fosse ser a Maria ou então o príncipe ”perfeito” Axel.
Contudo, ainda na adolescência, ele virou HOMEM, de verdade, ele cresceu de um jeito que me fez querer sair da minha condição de semi-deusa por algumas horas para estar no lugar da Ariane.
Para quem não sabe, semi-deusa ou semi-deus é a forma que o leitor é citado na história.
To louca para saber o que vai acontecer no quarto livro , se houver um quarto livro.
Mas eu acredito que vai, por dois motivos.
1) Ficou muitas questões sem resposta.
2) Está rolando um concurso cultural na comunidade oficial da série no Orkut, e em que eu vou participar.
O vencedor vai ajudar a continuar a história
E para terminar, como já era de costume, hora de falar um pouco do meu pirata preferido.
A saga do Snail Galford foi demais, ele também teve seu destaque no livro.
A determinação que ele teve, as lutas, e o melhor, as reviravoltas que ocorreram no núcleo que coube a ele protagonizar.
Eu fiquei com o coração na mão varias vezes, principalmente nas partes em que a Liriel corria perigo, para manter a humanidade existente nesse grande personagem.
E sabe no que ele se tornou? Leia D.E. – Círculos de Chuva e saberá.
Uma das questões, que eu gostaria de deixar resgistrado é:
Por que os sub-titulos dos livros começam com C?
Caçadores de Bruxas
Corações de Neve
Círculos de Chuva
A Defesa de Axel
Post muito bacana para os que já leram a trilogia “Dragões de Éter” e cheio de spoilers.
Se você ainda não leu os três livros, melhor voltar a ele no futuro.
A leitora Jeniffer Viana recentemente escreveu um texto defendendo a união do casal Axel Branford e Maria Hanson, baseada em trechos do livro e raciocínio próprio. O resultado final ficou muito interessante e pode ser conferido abaixo.
Enjoy.
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AVISO: Este tópico possui spoilers referentes aos três Dragões já lançados, então se você ainda não os leu é melhor parar por aqui.
OUTRO AVISO: Como logo ficará evidente estou aqui para defender o casal Axel e Maria, se você gosta do Don Juan ou do Casanova, bom… Gosto é gosto. Não tente me forçar a mudar minha escolha e em troca não tentarei mudar a sua, estamos combinados?
Então, vamos começar…
Primeiro, pelos meus sentimentos, perfeitamente descridos na pag 25 de Círculos de chuva:
“Imagino que a vontade seja de enforcar o narrador do conto”.
Confesso que pensei seriamente em ir tirar satisfações com o bardo, mas levando em consideração que ele pratica artes marcias e que ele é o único que sabe como realmente a história termina achei melhor deixar quieto e entender que uma vez que o escritor define um casal na história ninguém consegue fazer com que “Ele” mude de ideia e que as vezes ele possa até guardar um amontoado de justificações que expliquem uma mudança no decorrer da trama, no caso especifico, o rompimento de Axel e Maria.
Mas, e esse é o grande “MAS” que me consola, vai que ele ainda não definiu nada e exista a mínima possibilidade do meu casal preferido (Axel e Maria, né?) terminar juntos. Bom, ai eu penso que ele – o bardo - possa vir a ser motivado. Sendo assim resolvi fazer um pequeno texto sobre a defesa de Axel como par romântico de Maria Hanson.
Bom, vamos aos argumentos:
1) Alma Gêmea
“Almas gêmeas nasceram juntas, são irmãs, mas em virtude do pecado cometido tiveram que se separar e por sentirem solidão encontraram outra alma partida que juraram amar por eternidades e assim foi feito. Cada ser possui outras duas metades, aquela que chama de irmã e aquela que chama de amor e são essas outras metades que o completam”.
Pelo que percebi nos livros o escritor apóia a ideia acima, uma vez que em Corações de neve, João entrega o anel a irmã, reconhecendo ela como alma gêmea e a Ariane como a mulher de sua vida.
E por que isso é relevante?
“-Ariane, Me dê um exemplo de um casal perfeito?
-Axel e Maria
-Por quê?
-Eles se complementam. “
Círculos de chuva pag. 122
Bom, nós sabemos que Ariane é uma garota “tocada” que é capaz de ver bem além do que as pessoas normais conseguem, será que ela se equivocaria neste ponto? Justo neste?
Então, para mim, se ela diz que Axel e Maria formam o casal perfeito e que se complementam eu acredito
Tá, eu sei que Axel se casou, mas veja bem…
“A ideia de casamento entre elfas não é como no conceito humano, esta mais para uma ligação entre irmãs”. Círculos de chuva pag 302
Claro que o casamento dele foi “único” e tal, porém te faz pensar o fato do conceito de casamento ser diferente entre elfos e humanos.
Conclusão:
João e Maria são almas gêmeas assim como Axel e Livith.
O homem da vida da Maria é Axel. (É o que espero…)
2) A Missão (espiritual) de Axel:
Axel foi obrigado a deixar Maria para cumprir suas obrigações como príncipe, e ajudar o irmão que ele havia machucado tanto. Ele se viu obrigado a fazer isso ao descobrir tudo pelo que Anísio havia passado.
Entretanto, é importante lembrar que, além disso, antes de partir para o Nunca ele perde o seu guarda-costas e é tomado por ódio. Literalmente, o herói esta no fundo do poço, ele perdeu a mulher que ama e o melhor amigo.
“Eu sei o que é perder um grande amor, e sei o que é ter de deixar um grande amor para trás” Axel, Círculos de chuva pag. 382.
“Axel … não correu por si só. Correu por um irmão que precisava compartilhar. Correu por um amor que não podia voltar atrás… correu pela busca de uma identidade”. Pag. 93
E como vimos isso mudou o mundo, ele ter ido para o Nunca permitiu que seu irmão ganhasse a guerra. “Rei Anisío Branford sabia que seu irmão havia chegado, e que havia cumprido o destino que precisava cumprir”. Círculos de chuva pag. 511
Axel cresceu e aprendeu na terra do Nunca. Mas ainda terá que acertar as coisas com o mestre Ira, mas lembre-se qual é o oposto deste mestre? Amor, paciência.
E o casamento dele com a Livith vai perdurar? Sim, deve. Porque é um casamento feito entre almas gêmeas, como o casamento de João e Maria.
Conclusão: Axel teve que passar/ vai ter que passar por duras provas para se tornar “digno”, puro, um verdadeiro iniciado. O escritor mesmo coloca que quando ele esta rumando para as terras do Nunca, de olhos vendados, a passagem se assemelha a uma iniciação. Axel tem que assumir seu papel no mundo. Porém penso que após terminar sua missão e eliminar dentro de si toda ira ele irá encontrar o amor, mais uma vez, na figura “Dela”.
3) Axel e Maria ainda se amam?
Esse ponto é crucial, em Círculos de Chuva são poucos os momentos no qual mostram um pensando no outro. Poucos mesmo. O que sugere que o sentimento que havia entre eles tenha acabado. Entretanto, observe os seguintes trechos:
“Quando Axel gostou de mim, gostou do que eu era. Eu não tinha nada a oferecer em termos de status”. Maria Hanson Círculos de chuva pag. 222
“Axel Branford lembrou-se dela. Claro que ele se lembrou dela naquele momento. Claro, que mais uma vez ele desejou que tudo fosse diferente. Mas aquele não era um conto de bardos. Aquele era o mundo real. *E era o momento dele assumir seu papel no mundo”. Círculos de chuva pag. 293
*Trecho relacionado a missão que ele deveria cumprir.
“E a figura de Axel Branford e o sentimento doloroso que a aprisionava a ele, aos poucos, foram se *dissolvendo”. Círculos de chuva pag. 526
*Dissolver não é o mesmo que acabar, destruir, esquecer. Dissolver é tornar mais fraco, mais sutil… etc.
Conclusão: Maria é e sempre será a escolhida de Axel, não vejo como isso possa ser mudado. Claro, que ela está magoada por tudo que aconteceu, mas isso não é o suficiente para ela esquecê-lo de vez. E Axel não esqueceu dela e deseja que tudo fosse diferente…Talvez um dia seja, né?
E vai ser curioso ver um reencontro entre “eles”. No mínimo interessante. Quero ver como esses dois corações irão se comportar na presença um do outro.
4) Casanova e Don Juan
Vocês acreditam que eles possam mesmo mudar? São “Eles”!
Eles podem adorar a Maria e pensar em ter apenas ela como mulher para o resto da vida. Mas eles fazem isso pelo sabor da conquista, pela dificuldade…
Além do mais, quem seria o escolhido dela? Não ia rolar aquele lance de Dona Flor e seus dois maridos, não é?
Ah! Mas, eles devem continuar por perto e seria legal ver um deles namorando a Maria e o que isso provocaria no Axel, que obviamente terá que lutar para provar que merece o amor dela, o perdão dela… etc.
Conclusão: eles serão os amados arqui-rivais de Axel e tornarão a trama bem interessante. Mas, não se pode mudar a natureza dos dois maiores conquistadores de todos os tempos.
5) Conto de fadas, finais felizes e tudo o que sobra.
A estrela de Black olha por Axel e Maria, ela os protege. Por mais árduos e problemáticos que sejam os caminhos que eles percorram, eles devem se encontrar novamente.
A história precisa manter a essência dos contos de fadas, a dupla essência que eles possuem.
Ao longo da jornada presenciamos o derramamento de sangue, pactos sombrios e dor. Muita dor. E isso nos remete as primeiras histórias, aquelas que não possuíam o final feliz.
Mas, precisamos da segunda essência dos contos, aquela que foi formada com o passar dos séculos, aquela que assegura que o bem pode vencer o mal, que o amor pode vencer tudo. Que nos remete a histórias que a plebéia pode vir a se tornar princesa.
E eu, realmente, quero ver a personagem de bom coração ter o príncipe aos seu pés. Simplesmente por amor. Simplesmente para ver as metáforas que esse romance encerra.
Li por ai, que o quarto livro possa vir ter uma passagem de cinco anos do término do terceiro e isso me assusta. Vai ser estranho encontrar os personagens cinco anos mais velhos… Mas, vai ser bom rever o reencontro de Axel e Maria após esse tempo e ver como o amor dos dois será despertado.
Ah! Claro, existe a possibilidade deles não ficarem juntos, não é? Mas isso seria injusto, injusto mesmo.
Por quê? Bom, observe que o motivo do término foi uma obrigação, não é injusto o amor terminar por causa de um dever?
E tudo, toda a história que eles passaram teria que ficar como lembrança e os sonhos de ambos não se realizariam…
A Maria disse: “Eu teria amado você”
Não seria triste vê-la incapaz de amar? A potência desse amor seria destruída…
Axel usou todos os clichês e fez tudo o que podia para se separar dela com amor, fez tudo o que pode para dar a ela uma noite perfeita… Mas, eles merecem mais do que isso. Eles merecem o final perfeito, com o viverão felizes para sempre estampado na última página.
“E as forças que chamam de semideuses são apenas observadores que podem torcer por seus preferidos e odiar seus malditos”. Casanova, Círculos de chuva pag. 280.
“Dragões de Éter” no Literatura de Cabeça
Resenha do Danilo Barbosa para o Literatura de Cabeça.
Link original aqui.
Enjoy.
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A reinvenção dos clássicos
O medo de não ser imparcial, já que a história te pegou de tal forma que você não vê defeito?
Pois foi isso que aconteceu comigo em Dragões de Ether – Caçadores de Bruxas, primeiro volume da aclamada trilogia de Raphael Draccon (Editora Leya, 498 páginas).
Como ele mesmo diz, o Reino de Nova Ether não foi criado por ele e, exatamente por isso, não tem como não cair nas graças da nossa imaginação. Pois foi do nosso imaginário, isso mesmo, de cada um de nós, que este reino surgiu em todo o seu esplendor. Num ato ousado e maravilhoso, o autor colocou em um mesmo lugar Liliputh, Oz, a Terra do Nunca e outros tantos lugares que nos permitiram a capacidade de sonhar.
Aqui temos fadas guerreiras e bruxas nojentas, lutando em um país governado por um rei justo e tão humano, por isso passível de acertos e erros na sua busca pelo bem. Também vemos os príncipes, fugidos dos contos de fadas, cada um tendo em seu coração a melhor forma de ganhar o respeito de seu povo. Bom, se você acha que isso parece conto de fadas, é porque ainda não sabe o melhor? Apesar de não ser em nada um livro feito para crianças, podemos entender como um magnífico conto de fadas sim! Afinal, aqui temos uma adorável adolescente que foi testemunha do cruel assassinato de sua avó, devorada por um lobo selvagem… Sabem de quem eu estou falando? Ainda não?! E se eu citar aqui, as palavras do próprio autor: “um sinistro chapéu alvacento e infantil, friamente manchado pelo sangue de uma senhora simpática e de um lobo abatido. Um legítimo e maldito Chapéu Vermelho”! Agora sabem de quem eu estou falando, não?
E o melhor amigo desta jovem e um adolescente que, junto com a sua irmã, foi encantado e torturado por uma bruxa asquerosa, cujo dom de iludir fez eles engolirem uma casa de vidro e madeira achando que era de doces…
Coincidência demais? Nada! É apenas o começo da maior das aventuras! Raphael conseguiu, com primor e maestria, dar uma reviravolta no mundo dos clássicos e, para nós, que achávamos que os nossos heróis de infância iriam sempre ficar apenas no nosso saudoso passado infantil, neste livro abraçamos e mergulhamos novamente nas histórias destes queridos e ilustres conhecidos.
Estes e mais uma gama de gente que cada leitor conhece se envolve num universo sombrio de amor, magia, loucura e redenção numa batalha decisiva do bem contra o mal de uma forma que eu nunca havia imaginado.
Nesta reinvenção dos clássicos, o autor coloca em pauta o melhor e o pior dos sentimentos humanos. Entremeada de fantasia, ele discute pré-conceitos, aparências, poder e lealdades de maneira que nenhum adulto coloca defeito.
Como um bardo antigo diante da fogueira, ele narra todos os aspectos da histórias de uma forma lírica e intensa, com uma riqueza de vocabulário única, detalhada sem se tornar piegas ou pedante.
É muito legal, em certos trechos vermos uma personagem como a Chapeuzinho Vermelho falando “Caraca” ou “Corta essa” e vermos na descrição de um simples píer “o ranger das madeiras apodrecidas” e “o cheiro de maresia invadindo as narinas” de um jeito próprio que não dá vontade de fechar o livro para fazer outra coisa.
Bom, gente, o livro deve ter os seus defeitos, mas que no momento não consigo ver, ok? Isso é a culpa de quem devora um livro e logo quer ler os outros volumes, que em breve coloco as resenhas aqui para vocês.
Novo Post
Está no ar desde anteontem o novo post da coluna “Cavernas & Dragões”, no Sedentario & Hiperativo:
A sombra dos Shinobis, ou por que ninjas rock…
Para quem não viu e quiser acessar, só clicar aqui.
Enjoy.
Top 10 personagens no Game Over
O blog Game Over S.S fez uma lista com seus 10 personagens favoritos.
Com a maioria oriundos de HQs e franquias de games, bacana à citação a Dragões de Éter.
Link original aqui.
Enjoy.
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