Feliz Natal 2012

Merry Christmas! =)

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“Fios de Prata – Reconstruindo Sandman” no Bunny Books

Resenha interessante da blogueira Priscila Boltão sobre “Fios de Prata – Reconstruindo Sandman”, concentrada não no livro em si, mas nas sensações sentidas por ela antes e durante a leitura.

Link original aqui.

Enjoy.

***

Capa Fios de Prata

Fios de Prata – Raphael Draccon
Ano: 2012
Editora: Leya
Páginas: 352
Avaliação:
Mikael Santiago realizou o sonho de milhares de garotos. Aos 22 anos era o jogador brasileiro com o passe mais caro da história do futebol. Mas à noite os sonhos o amendrontavam. Às vezes, o que está por trás de um simples sonho – ou pesadelo – é muito maior que um desejo inconsciente. Há séculos, Madelein, atual madrinha das nove filhas de Zeus, tornou-se senhora de um condado no Sonhar, responsável por estimular os sonhos despertos dos mortais. Uma jogada ambiciosa que acaba por iniciar uma guerra épica envolvendo os três deuses Morpheus, Phantasos e Phobetor, traz desordem a todo o planeta Terra e ameaça os fios de prata de mais de sete bilhões de sonhadores terrestres. Envolvido em meio a sonhos lúcidos e viagens astrais perigosas, a busca de Mikael pelo espírito da mulher amada, entretanto, torna-se peça fundamental em meio a uma guerra onírica. E coloca a prova sua promessa de ir até o inferno por sua amada..
Gente, eu protelei essa resenha como fiz com ACedE pela mesma razão: o livro é bom demais para ser resenhado. E assim como com ACedE, a gente TEM que resenhar, porque como diria o Green (em ACedE mesmo), tem esses livros que a gente lê que nos preenchem de uma alegria religiosa e a gente passa a acreditar que o mundo só será inteiro de novo depois que todos no mundo tiverem lido o livro. É meio que meu caso com fios de prata.
(Na verdade, meu caso tá na segunda parte desse trecho de ACedE, quando ele diz que tem livros que são tão especiais pra gente que a gente nunca consegue dividir com as pessoas, porque são parte de quem somos… mas acho que é um egoísmo meu não falar de livros assim, quero dizer, eu já faço isso com Harry Potter).
Enfim, fios de prata. Tô enrolando porque não sei o que falar.
Vejam bem, eu nunca fui muito de autores nacionais. De verdade. Eu lia muitos quando era criança (Ruth Rocha, Ana Maria Machado e depois Pedro Bandeira por um tempão) e li Paulo Coelho (podem vir os haters, li mesmo) e um tempinho atrás li Augusto Cury, que é muito bom, mas não diria fantástico (Ele é brilhante, mas não gosto muito da escrita dele). Ah, li também autores espíritas.
Mas assim, esses autores mais “modernos”, Vianco, Draccon, Spohr, Munhoz (a feminista aqui dentro grita ao ver só uma mulher na lista) eu protelava pra “um dia”. Acabei lendo uns 3 do Vianco, gostei, mas empaquei com Sétimo e ele tá lá pegando pó.
Engraçado que escrevendo agora eu lembro de outros que li (Martha Argel por exemplo) mas aí é que tá, eu li. E não gravei na minha mente a coisa do OMG QUE AUTOR(A) MARAVILHOSO(A). Como acontece com Rowling e Green. E apesar de tais autores serem ÓTIMOS (falo até dos que não li porque acredito na fama deles) eu confesso, rolava preconceito. Que nem com cinema nacional, sabe? Quando te dizem “nacional” você meio que torce o nariz e pensa o que pode sair de bom do bananão.
Tá, você que tá lendo eu não sei, mas eu sei que fui, durante muito tempo, elitista e anti-nacionalista. Isso é uma questão mais política que literária, mas influi diretamente nas leituras, como vocês percebem. Mas isso vira assunto pra outro post (que pode vir a se chamar “Porque li crepúsculo quando podia estar lendo dragões de éter – preconceitos).
Eis que um dia minha amiga Kemy vem bem louca “Pri o Raphael Draccon vem pra Curitiba!” e eu “Raphael who?” (no kidding, eu não liguei nome a pessoa) e ela me lembrou dos dragões de éter.
Pausa. Vocês devem estar pensando “Bunny, você tá falando que odeia literatura nacional e nem conhecia o Raphael Draccon? WTF?”
Calma. Eu odiaVA e não conheCIA, tudo no passado.
Porque GENTE.
A coisa é que pensei, depois de começar o blog, que eu mesma quero escrever. E não quero que as pessoas me julguem só porque sou brasileira. E por isso, tinha que aprender a conhecer os autores brasileiros.
Comprei Fios de Prata – no preço base salgadinho mesmo, porque não daria tempo de pedir online e esperar entregar. Vocês devem ter notado, tenho um fraco por autógrafos. Pego mesmo de autores que não li porque, se eu ler e gostar um dia, eu quero ter autografado (traumas de ter perdido a Lauren Kate em Curitiba).
E fui. Fui com Kemy pra Cultura ver quem era o tal Draccon.
Gente.
Em uma hora, mais ou menos, falando, o cara subiu trocentas posições no meu ranking de autores lindos amados. Fiquei RETARDADA na hora de tirar foto. Nem postei sobre o que ele falou naquele dia (e foi interessante!) porque eu fiquei meio retardada demais pra organizar as idéias pra postar (como fiz com Tahereh). Sei que peguei autógrafo, tirei foto e fiquei toda boba com meu livro novo.
A gente sempre corre um risco nessas horas, quando cria uma expectativa, porque o cara podia ser genial mas não bom autor, ou a história podia não me conquistar…. preocupação a toa. Com fios de prata, cada uma das minhas expectativas foi superada.
Aqui começa o porque essa resenha é difícil.
O Draccon tem uma escrita de dar inveja em uma pobre aspirante como eu. Ou em qualquer escritor famoso. Desde a primeira página do prefácio, você está fisgado. Não estou brincando nem exagerando quando digo, as frases de efeito do texto não eram só boas. Elas me davam arrepios. É impressionante, mas pouquíssimos livros que já li me dão essa experiência: cada palavra você sente o frio na espinha, aquela empolgação e adrenalina e um pouco de medo pelo que vai acontecer, e você já não vê as palavras tão bem montadas, você as sente, você vê o cenário.
“Sete bilhões de fios de prata.”
Sério, dá arrepio até de repetir e lembrar.
Tão vendo a dificuldade? Essa é uma sensação que não pode exatamente ser descrita. Assim como os soluços em ACedE e as noites sem dormir de HP, são coisas que não dá pra simplesmente colocar em palavras.
(Ironia das ironias, é que essa sensação indescritível vem das próprias palavras.)
É uma coisa tão forte que demorei a me dar conta, e só percebi que não tinha mais como escapar do envolvimento com o livro quando Ariana – a “mocinha” do livro, embora essa palavra não chegue aos pés de Ariana Rochemback – fazia sua apresentação de solo e Alejo – o mocinho, mas taí outra palavra que não procede para o maior sonhador de todos os tempos – se apaixonava perdidamente. Porque nessa sequencia toda, eu simplesmente tremia de empolgação pelos dois, sentia aqueles arrepios, sorria feito uma idiota e confesso que mal me lembro onde estava ou o que fazia. Só existia o livro.
Aliás, o livro não existia: existiam Ariana e Alejo.
A construção do livro é extremamente minuciosa. As mudanças de ponto de vista, que no começo me deixaram apreensiva, logo se tornam naturais. Até a construção do texto, os pronomes – Alejo, Mikael, Beliel, o Guerreiro, O Santo – tudo faz a leitura fluir de um jeito que você se molda as palavras e nem percebe. O tipo do livro que faz você desligar o mundo a sua volta.
Não vou mentir: é um livro difícil. Os planos de guerra engendrados nos Reinos do Sonhar me deram um nó nas idéias algumas vezes. Levei um mês pra terminar aquelas 350 páginas. Mas eu sou ocupada, e tudo, e cada minuto acordada parecia insuficiente para o livro. Só o que eu pensava o tempo todo era “meu deus, preciso terminar aquele capítulo!”.
E também, se fosse um livro “fácil” eu não estaria elogiando loucamente.
A história, muito bem contada, me deixou aflita, arrancando os cabelos, sem folego, que é tudo o que se espera de um bom livro (um ótimo nesse caso). Tive que me conter 90% do tempo pra não ir lá no twitter do Draccon e esbravejar “COMO ASSIM? COMO VOCÊ FAZ UMA COISA DESSA?” ou “ME DIGA QUE VAI FICAR TUDO BEM PELAMOR!” ou “OMG MY FEELS SDJFLKSJDLKFJSALDKJ” (tumblr users get it). Tudo em Caps mesmo. Tava descontrolada.
Mas o que quero dizer é: valeu cada segundo. Porque o final – coisa mais LINDA – respondeu cada mistério, cada linha que parecia perdida, cada palavra dita ao acaso. Muitas coisas NÃO foram ditas, e ainda assim explicadas (tô esperando até agora alguém me perguntar da velhinha do começo pra eu explicar.). E me arrancou muitas lágrimas e sorrisos. Eu ria e soluçava sem saber bem qual dos dois fazer primeiro. Quando cheguei na última página, minha vontade foi de nunca fechar aquele livro e devolver à estante, só continuar ali, admirando aquelas palavras finais.
Enfim. Eu não sei mais o que dizer além de “leiam pelamordedeus” pra que vocês entendam o que quero dizer. Quem curtiu Dragões de Éter vai amar. Quem curtiu Senhor dos Anéis e/ou Harry Potter vai amar (rola uma discussão sobre isso no livro inclusive). Quem curtiu Sandmann vai amar.
Percebam que não contei quase nada da história. É difícil contar sem spoilers. Mas basta que vocês saibam que é sobre sonhos, dos que dormem e dos despertos, almas, deuses ambiciosos e amor. Amor, muito, que é o que move os sonhos. Na vida real e no livro. E merece a leitura, mesmo que você leve 2013 todo pra ler, ou um mês como eu, ou menos tempo, mas faça um esforço e LEIA. Porque garanto que quando chegar no final, você não vai se arrepender. Você vai dizer “Putz, a Bunny tinha razão, minhas emoções estão em caquinhos e estou adorando.”
Ouso dizer que o Gaiman himself aprovaria totalmente essa reconstrução de Sandmann. Sem sombra de dúvida. Porque com certeza, no bosque onde crescem as árvores dos autores, a do Draccon tá ali do ladinho da do Gaiman, dando frutos pra caramba. (Referência, Bunny? Sim, leiam o livro!). Meu único arrependimento é não ter lido os livros dele antes.
Enfim. Depois desse livro fiquei completamente inspirada e cheia de livros nacionais de repente.
Em resumo? Perfeito. Só isso. E inspirador.
Só tenho a agradecer ao Draccon por ter escrito Fios de Prata.
Parei a rasgação de seda. O próximo post será no natal, com uma boa nova ;)

Fios de Prata – Raphael Draccon

Ano: 2012

Editora: Leya

Páginas: 352

Avaliação:

Mikael Santiago realizou o sonho de milhares de garotos. Aos 22 anos era o jogador brasileiro com o passe mais caro da história do futebol. Mas à noite os sonhos o amendrontavam. Às vezes, o que está por trás de um simples sonho – ou pesadelo – é muito maior que um desejo inconsciente. Há séculos, Madelein, atual madrinha das nove filhas de Zeus, tornou-se senhora de um condado no Sonhar, responsável por estimular os sonhos despertos dos mortais. Uma jogada ambiciosa que acaba por iniciar uma guerra épica envolvendo os três deuses Morpheus, Phantasos e Phobetor, traz desordem a todo o planeta Terra e ameaça os fios de prata de mais de sete bilhões de sonhadores terrestres. Envolvido em meio a sonhos lúcidos e viagens astrais perigosas, a busca de Mikael pelo espírito da mulher amada, entretanto, torna-se peça fundamental em meio a uma guerra onírica. E coloca a prova sua promessa de ir até o inferno por sua amada..

Gente, eu protelei essa resenha como fiz com ACedE pela mesma razão: o livro é bom demais para ser resenhado. E assim como com ACedE, a gente TEM que resenhar, porque como diria o Green (em ACedE mesmo), tem esses livros que a gente lê que nos preenchem de uma alegria religiosa e a gente passa a acreditar que o mundo só será inteiro de novo depois que todos no mundo tiverem lido o livro. É meio que meu caso com fios de prata.

(Na verdade, meu caso tá na segunda parte desse trecho de ACedE, quando ele diz que tem livros que são tão especiais pra gente que a gente nunca consegue dividir com as pessoas, porque são parte de quem somos… mas acho que é um egoísmo meu não falar de livros assim, quero dizer, eu já faço isso com Harry Potter).

Enfim, fios de prata. Tô enrolando porque não sei o que falar.

Vejam bem, eu nunca fui muito de autores nacionais. De verdade. Eu lia muitos quando era criança (Ruth Rocha, Ana Maria Machado e depois Pedro Bandeira por um tempão) e li Paulo Coelho (podem vir os haters, li mesmo) e um tempinho atrás li Augusto Cury, que é muito bom, mas não diria fantástico (Ele é brilhante, mas não gosto muito da escrita dele). Ah, li também autores espíritas.

Mas assim, esses autores mais “modernos”, Vianco, Draccon, Spohr, Munhoz (a feminista aqui dentro grita ao ver só uma mulher na lista) eu protelava pra “um dia”. Acabei lendo uns 3 do Vianco, gostei, mas empaquei com Sétimo e ele tá lá pegando pó.

Engraçado que escrevendo agora eu lembro de outros que li (Martha Argel por exemplo) mas aí é que tá, eu li. E não gravei na minha mente a coisa do OMG QUE AUTOR(A) MARAVILHOSO(A). Como acontece com Rowling e Green. E apesar de tais autores serem ÓTIMOS (falo até dos que não li porque acredito na fama deles) eu confesso, rolava preconceito. Que nem com cinema nacional, sabe? Quando te dizem “nacional” você meio que torce o nariz e pensa o que pode sair de bom do bananão.

Tá, você que tá lendo eu não sei, mas eu sei que fui, durante muito tempo, elitista e anti-nacionalista. Isso é uma questão mais política que literária, mas influi diretamente nas leituras, como vocês percebem. Mas isso vira assunto pra outro post (que pode vir a se chamar “Porque li crepúsculo quando podia estar lendo dragões de éter – preconceitos).

Eis que um dia minha amiga Kemy vem bem louca “Pri o Raphael Draccon vem pra Curitiba!” e eu “Raphael who?” (no kidding, eu não liguei nome a pessoa) e ela me lembrou dos dragões de éter.

Pausa. Vocês devem estar pensando “Bunny, você tá falando que odeia literatura nacional e nem conhecia o Raphael Draccon? WTF?”

Calma. Eu odiaVA e não conheCIA, tudo no passado.

Porque GENTE.

A coisa é que pensei, depois de começar o blog, que eu mesma quero escrever. E não quero que as pessoas me julguem só porque sou brasileira. E por isso, tinha que aprender a conhecer os autores brasileiros.

Comprei Fios de Prata – no preço base salgadinho mesmo, porque não daria tempo de pedir online e esperar entregar. Vocês devem ter notado, tenho um fraco por autógrafos. Pego mesmo de autores que não li porque, se eu ler e gostar um dia, eu quero ter autografado (traumas de ter perdido a Lauren Kate em Curitiba).

E fui. Fui com Kemy pra Cultura ver quem era o tal Draccon.

Gente.

Em uma hora, mais ou menos, falando, o cara subiu trocentas posições no meu ranking de autores lindos amados. Fiquei RETARDADA na hora de tirar foto. Nem postei sobre o que ele falou naquele dia (e foi interessante!) porque eu fiquei meio retardada demais pra organizar as idéias pra postar (como fiz com Tahereh). Sei que peguei autógrafo, tirei foto e fiquei toda boba com meu livro novo.

A gente sempre corre um risco nessas horas, quando cria uma expectativa, porque o cara podia ser genial mas não bom autor, ou a história podia não me conquistar…. preocupação a toa. Com fios de prata, cada uma das minhas expectativas foi superada.

Aqui começa o porque essa resenha é difícil.

O Draccon tem uma escrita de dar inveja em uma pobre aspirante como eu. Ou em qualquer escritor famoso. Desde a primeira página do prefácio, você está fisgado. Não estou brincando nem exagerando quando digo, as frases de efeito do texto não eram só boas. Elas me davam arrepios. É impressionante, mas pouquíssimos livros que já li me dão essa experiência: cada palavra você sente o frio na espinha, aquela empolgação e adrenalina e um pouco de medo pelo que vai acontecer, e você já não vê as palavras tão bem montadas, você as sente, você vê o cenário.

“Sete bilhões de fios de prata.”

Sério, dá arrepio até de repetir e lembrar.

Tão vendo a dificuldade? Essa é uma sensação que não pode exatamente ser descrita. Assim como os soluços em ACedE e as noites sem dormir de HP, são coisas que não dá pra simplesmente colocar em palavras.

(Ironia das ironias, é que essa sensação indescritível vem das próprias palavras.)

É uma coisa tão forte que demorei a me dar conta, e só percebi que não tinha mais como escapar do envolvimento com o livro quando Ariana – a “mocinha” do livro, embora essa palavra não chegue aos pés de Ariana Rochemback – fazia sua apresentação de solo e Alejo – o mocinho, mas taí outra palavra que não procede para o maior sonhador de todos os tempos – se apaixonava perdidamente. Porque nessa sequencia toda, eu simplesmente tremia de empolgação pelos dois, sentia aqueles arrepios, sorria feito uma idiota e confesso que mal me lembro onde estava ou o que fazia. Só existia o livro.

Aliás, o livro não existia: existiam Ariana e Alejo.

A construção do livro é extremamente minuciosa. As mudanças de ponto de vista, que no começo me deixaram apreensiva, logo se tornam naturais. Até a construção do texto, os pronomes – Alejo, Mikael, Beliel, o Guerreiro, O Santo – tudo faz a leitura fluir de um jeito que você se molda as palavras e nem percebe. O tipo do livro que faz você desligar o mundo a sua volta.

Não vou mentir: é um livro difícil. Os planos de guerra engendrados nos Reinos do Sonhar me deram um nó nas idéias algumas vezes. Levei um mês pra terminar aquelas 350 páginas. Mas eu sou ocupada, e tudo, e cada minuto acordada parecia insuficiente para o livro. Só o que eu pensava o tempo todo era “meu deus, preciso terminar aquele capítulo!”.

E também, se fosse um livro “fácil” eu não estaria elogiando loucamente.

A história, muito bem contada, me deixou aflita, arrancando os cabelos, sem folego, que é tudo o que se espera de um bom livro (um ótimo nesse caso). Tive que me conter 90% do tempo pra não ir lá no twitter do Draccon e esbravejar “COMO ASSIM? COMO VOCÊ FAZ UMA COISA DESSA?” ou “ME DIGA QUE VAI FICAR TUDO BEM PELAMOR!” ou “OMG MY FEELS SDJFLKSJDLKFJSALDKJ” (tumblr users get it). Tudo em Caps mesmo. Tava descontrolada.

Mas o que quero dizer é: valeu cada segundo. Porque o final – coisa mais LINDA – respondeu cada mistério, cada linha que parecia perdida, cada palavra dita ao acaso. Muitas coisas NÃO foram ditas, e ainda assim explicadas (tô esperando até agora alguém me perguntar da velhinha do começo pra eu explicar.). E me arrancou muitas lágrimas e sorrisos. Eu ria e soluçava sem saber bem qual dos dois fazer primeiro. Quando cheguei na última página, minha vontade foi de nunca fechar aquele livro e devolver à estante, só continuar ali, admirando aquelas palavras finais.

Enfim. Eu não sei mais o que dizer além de “leiam pelamordedeus” pra que vocês entendam o que quero dizer. Quem curtiu Dragões de Éter vai amar. Quem curtiu Senhor dos Anéis e/ou Harry Potter vai amar (rola uma discussão sobre isso no livro inclusive). Quem curtiu Sandmann vai amar.

Percebam que não contei quase nada da história. É difícil contar sem spoilers. Mas basta que vocês saibam que é sobre sonhos, dos que dormem e dos despertos, almas, deuses ambiciosos e amor. Amor, muito, que é o que move os sonhos. Na vida real e no livro. E merece a leitura, mesmo que você leve 2013 todo pra ler, ou um mês como eu, ou menos tempo, mas faça um esforço e LEIA. Porque garanto que quando chegar no final, você não vai se arrepender. Você vai dizer “Putz, a Bunny tinha razão, minhas emoções estão em caquinhos e estou adorando.”

Ouso dizer que o Gaiman himself aprovaria totalmente essa reconstrução de Sandmann. Sem sombra de dúvida. Porque com certeza, no bosque onde crescem as árvores dos autores, a do Draccon tá ali do ladinho da do Gaiman, dando frutos pra caramba. (Referência, Bunny? Sim, leiam o livro!). Meu único arrependimento é não ter lido os livros dele antes.

Enfim. Depois desse livro fiquei completamente inspirada e cheia de livros nacionais de repente.

Em resumo? Perfeito. Só isso. E inspirador.

Só tenho a agradecer ao Draccon por ter escrito Fios de Prata.

Parei a rasgação de seda. O próximo post será no natal, com uma boa nova ;)

Encontro Fantasy no Rio de Janeiro – Dom 09/12

fantasyfestival

Meu povo amado do Rio de Janeiro, convocação geral: NESSE domingo tem a Festa da Fantasy – Casa da Palavra, no Calabouço FunFest, na Tijuca!

Eu e Carolina Munhoz nos uniremos com a galera do Matando Robôs Gigantes e do Rabisco na Mesa para um megaevento com direito a música, bate-papo, autógrafos e cerveja medieval.

A entrada custa 1 kg de alimento para caridade ou R$5 de entrada.

Esperamos TODO MUNDO lá!

Encontro com Fátima Bernardes

fatimacaroldraccon

Final do Encontro com Fátima Bernardes.

As participações ao vivo foram rápidas, mas a matéria com Carol Munhóz ficou excelente. Após o programa já recebemos diversas mensagens de pessoas que se identificaram com o relato e compartilharam também suas histórias.

Além disso, Fátima se mostrou uma anfitriã adorável, pediu para retornarmos ao programa, e demonstrou-se uma mãe muito empolgada com essa nova geração de autores fazendo os jovens de hoje tomarem gosto pela leitura.

Para assistir ao video com trecho do programa, só clicar aqui.

Como diz o slogan: o #nerdpower se liga em você =)

Fátima Bernardes nessa segunda

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