De Gullermo del Toro a Emicida, entrevista para o Galeria VIP no México.
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outubro 30, 2013 | Filed Under
Cultura Pop,
Dragões & Éter |
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Com a versão portuguesa de “Dragões de Éter” na Bertrand do Chiado, em Lisboa, reconhecida pelo Guinness como a livraria mais antiga do mundo.
outubro 30, 2013 | Filed Under
Dragões & Éter |
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Matéria do Yahoo Brasil sobre a revolução digital no mercado editorial com opiniões minhas e de outros autores e editores.
Link original: http://br.noticias.yahoo.com/escritores-novos-no-brasil-caminhos-e-desafios-141100927.html
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Escritores novos no Brasil – caminhos e desafios
Autores Contemporâneos, Sociedade Digital, Nichos E Prerrogativas De Mercado
A revolução digital pode até parecer, para alguns, uma espécie de ameaça para o livro físico. Mas não é preciso pensar muito para se chegar à conclusão-clichê de que – assim como o cinema não acabou com o teatro, a TV não eliminou o rádio e Gates não apagou Graham Bell – o e-book não acabará com o livro de papel.
É claro que crianças e adolescentes, principalmente, gostam de brincar e interagir com os recursos das novas plataformas, mas na maratona da literatura o livro físico ainda é campeão. No negócio do livro, o formato digital representa apenas pequena fração das vendas no Brasil. E, mesmo que lá fora já se comercialize o digital em proporções representativamente maiores, a tendência mundial é aumentar esse mercado de vendas (o digital) sem que se reduza a comercialização do livro convencional.
Num mundo vasto de entretenimento como este que o mercado cibernético oferece, o lugar para a literatura permanece resguardado. O que mudou em todo esse cenário foi o próprio mercado da comunicação em si, com acréscimo de possibilidades na forma de se fazer e divulgar literatura. Especialmente em relação à possibilidade da confluência de mídias. Sim, a interação das mais diversas linguagens permite, por exemplo, que games e personagens das trilogias cinematográficas ganhem correspondentes na literatura, numa engrenagem cíclica. E, nesse desencadeamento, novos nichos e possibilidades encontram terreno na Literatura Brasileira. É o caso, especialmente, do realismo fantástico – nicho em que vêm se destacando alguns dos novos autores nacionais.
Novos autores brasileiros e o realismo fantástico
O próprio cenário digital em expansão é favorável a novas safras de escritores, no ritmo anunciado pelas novas tendências. E o momento plural de personagens embalados pelo approach do fantástico, sem dúvida, parece reforçar um nicho de realismo fantasioso, para o qual há suportes de mídia variados, desenvolvidos no ambiente cibernético contemporâneo, em que linguagens e suportes convivem e se intercomplementam.
A escritora Andréa del Fuego – que recebeu o Prêmio Saramago 2011 por seu romance “Os Malaquias” – é um exemplo dentre os novos autores nacionais que transitam com desenvoltura pelo terreno narrativo situado na divisória entre realidade e imaginação. Andréa diz que – no avançar de sua carreira (publicou por uma grande editora somente depois de nove anos depois da primeira publicação) – acredita haver tido sorte em certo momento, referindo-se especialmente ao fato de “ser recebida com esses elementos mágicos quando isso já teria sido superado”. A autora narra ainda: “Comecei com contos eróticos, mas já eram tortos (…) já havia elementos mágicos que foram tomando a situação aos poucos. O fantástico está cada vez mais na minha escrita, não vejo por que desviar esse impulso”.
Por sua vez, a autora Carolina Munhóz ressalta a literatura fantástica como gênero de destaque mundial, com ênfase na progressão no Brasil. Publicando, primeiro, “O inverno das fadas”, seguido de “A Fada”, e agora “Feérica”, ela manifesta que fica feliz por contribuir com o gênero no país.
Estratégias
Carolina Munhóz conta que – na sua busca literária – uniu jornalismo e literatura: “Quando tinha apenas um exemplar de capa dura feito por editora independente, mandei pautas para jornalistas de todos os veículos possíveis de mídia. Além disso, mandei releases para todas as feiras literárias, escolas da minha região e eventos de anime. Após muita insistência comecei a obter respostas. Chegou um momento em que eu não estava na livraria, mas já tinha saído na Folha de São Paulo, Estadão, Disney Channel e Revista Época. Juntei essa clipagem e apresentei junto à minha obra. Isso fez com que uma editora maior se interessasse”.
Visão de editores
E foi na seara do fantástico que, recentemente, alguns nomes atuais de destaque em cenário literário nacional se institucionalizaram como autores de obras de grande alcance. É o caso de Raphael Draccon – escritor de sucesso de realismo fantástico no Brasil – que definitivamente se consagrou no mercado com a trilogia literária ‘Dragões do Éter”. Tanto que o autor passou a cumular também a missão de editor; hoje ele coordena o selo editorial Fantasy – Casa da Palavra.
Draccon fala sobre essa nova geração de escritores no país, destacando nomes como Carolina Munhóz – vencedora do Prêmio Jovem Brasileiro; André Vianco, que ganhou prêmios de reconhecimento em Osasco, sua cidade; e Eduardo Spohr, que será premiado em Portugal. Mas o maior prêmio dentre esses novos representantes da literatura no país, destaca Raphael Draccon, é a formação de leitores e a confiança destes em autores nacionais. Ele salienta: “Havia um preconceito com o autor nacional, que está sendo quebrado dia após dia”.
O Yahoo consultou a respeito a editora Lourdes Magalhães – Presidente da Primavera Editorial -, que, ao abordar o tema, introduziu a questão definidora do prazer de ler, destacando que “é o gosto pela leitura que faz o leitor”. A publisher enfatizou a importância desse gosto do público infanto-juvenil pelo livro, sobretudo numa época em que sedutores apelos tecnológicos e audiovisuais estão por toda parte. Ela detalha: “É muito comum dizer que os jovens de hoje não gostam de ler, por conta de jogos eletrônicos, Internet etc. No entanto, livros como os da série “Harry Potter”, “Senhor dos Anéis” e “Crepúsculo” venderam milhões. Para mim, todo tipo de literatura é o caminho para formar um país de leitores. Discordo, por exemplo, que a Internet seja inimiga da leitura. Acho que os adolescentes estão lendo cada vez mais e que a Internet ajuda muito nisso, já que eles precisam ler e escrever para se comunicarem”.
Sobre o realismo fantástico, propriamente, Lourdes Magalhães diz que não há como negar o fenômeno no Brasil e no mundo. E complementa: “O mais interessante é que a consagração e reconhecimento do gênero é no âmbito dos leitores e não nas listas dos cadernos literários, das análises literárias e das leituras dos críticos nacionais. Cabe ressaltar, ainda, que os autores brasileiros de obras fantásticas não são cópias de autores estrangeiros”.
A editora não fecha o leque e lembra que há, dentre os ditos novos autores, bons escritores de histórias não-fantásticas.
O caminho da autopublicação / Impresso ou on-line?
Lourdes Magalhães possui experiência de 20 anos como consultora. Vivencia o mercado – nacional e internacional – do livro e participa das principais feiras mundiais do setor. Tendo atuado, anteriormente, em várias outras editoras de renome, possui todo o abalizamento para abordar o tema. E ela fala sobre os caminhos tomados por autores brasileiros contemporâneos frente a novas possibilidades e ferramentas. De acordo com a publisher – com a democratização da tecnologia e o aumento significativo de empresas que oferecem (mesmo de forma insipiente) serviços de autopublicação -, há realmente novos escritores optando pelo sistema. Mas ela lembra que uma publicação profissional (com critérios de projeto gráfico adequado, miolo e preparação de texto adequados) e posterior divulgação apropriadas – qualidade e respaldo – são de fundamental importância para o sucesso de uma obra.
Quanto ao fato de serem impressos ou digitais os livros desses novos autores, a editora destaca que o e-book, por exemplo, ainda não é prática efetiva entre os novos nomes. Provavelmente até porque tal mercado especifico pressupõe tecnologias, custos e critérios próprios, para desenvolvimento do produto / sistema. Ela detalha: “Cada leitor de e-book (lojas de e-books e equipamentos) exige um formato para o e-book, portanto, o escritor ainda depende de um “editor” para a publicação”.
Indagado sobre a questão, o autor e editor Raphael Draccon também explicou que o mercado de e-book nesse enfoque ainda é muito pequeno, até mesmo em relação a nomes brasileiros conhecidos da literatura.
Draccon destaca um grande problema na autopublicação: a dificuldade de distribuição. Ele explica: “Não é fácil colocar seu livro em uma grande rede de livrarias”.
O poder do networking
Lourdes Magalhães é realista ao esclarecer que, geralmente, as editoras direcionam seus investimentos para obras com resultados ditos mais garantidos, tais como best-sellers estrangeiros ou autores nacionais já publicados / consagrados. Mas o objetivo-mor de uma publicação por grande editora (com extensa rede de distribuição) passa pelo caminho do networking. A consultora diz: “Quanto à maneira de publicar livros impressos por uma editora, é a mais convencional possível: rede de contatos. O que muda é que hoje em dia o contato não precisa ser feito como antes, pessoal e formalmente, mas é possível utilizar muitas formas existentes”.
Diante do vasto leque de possibilidades das novas ferramentas tecnológicas e seus nichos de ação, a publisher sugere: “Um recurso de que muitos escritores se utilizam é a prerrogativa das redes on-line de literatura, como a Movellas, que atrai grande público adolescente, e a Book Country, da editora Penguin, a qual já vem recebendo reações instantâneas – e podem alterar textos de imediato e oferecê-los ao público para leitura”.
Mas Lourdes Magalhães elucida bem essas possibilidades: “Para mim, essas são ferramentas válidas para o escritor apresentar seu estilo, opiniões, textos, e não criar a literatura que fará a diferença para o leitor”.
Ferramentas cibernéticas e redes sociais no processo de captação
A presidente da Primavera Editorial, no entanto, acredita que não se pode descartar nenhum canal existente na hora de se produzir, promover ou veicular literatura. E garante que, no caso da editora que preside, está atenta a todos esses canais, como “lançamentos de livros estrangeiros (no acompanhamento de vários veículos específicos do mercado editorial e publicações para leitores); eventos de importantes livrarias; resultados de renomados prêmios; contato dos próprios autores; indicação de bons leitores; e, sem dúvida nenhuma, as redes sociais”. Mostrando a efetiva participação das redes sociais nesse processo de captação de obras, a publisher cita dois casos de contatos de novos autores que chegaram até ela, resultando ambos em publicações da editora: um por meio da rede profissional on-line LinkedIn e outro pelo Facebook.
Construindo marca
Lourdes Magalhães também sugere aos autores que entrem nos “clubes de livros on-line”, como o Skoob. Para ela, o escritor deve conviver no ambiente cibernético “sugerindo o livro na forma degustação”. Ela fala mais a respeito: “O feedback desses leitores, de gente apaixonada por livros, é muito importante. Além disso, pode render as indicações do boca-a-boca. Um leitor satisfeito e entusiasta do trabalho de um autor influencia muito um número grande de outros leitores. É assim que pode ser feito um trabalho de construção do nome do autor”.
O escritor e editor Raphael Draccon , em sua experiência, lembra que não existem duas histórias iguais na busca pelo “tal caminho das pedras”. E cita exemplos: “André Vianco foi demitido, pegou o dinheiro e publicou 1000 livros, indo de livraria em livraria. Eduardo Spohr aproveitou sua presença e utilizou o meio on-line. Carolina Munhóz aproveitou sua formação jornalística e foi para o meio off-line”.
No fim de contas, o fato é que a revolução digital – mesmo que não possa suprir por si só as necessidades de produção, lançamento e distribuição de um livro em rede extensa (isso é missão plausível para as grandes editoras do mercado) – já chegou para modificar o cenário: blogs, fan pagese redes de contatos podem aproximar editores e leitores dos novos autores. Em qualquer caso, no entanto – não importando se literatura “impressa” ou on-line -, o importante será a consistência do produto literário em foco. Se a qualidade for boa, o texto de um blog poderá ser “visto” e receber proposta de publicação. Poderá ganhar prêmios no Brasil ou internacionais. Poderá viabilizar a grande editora, finalmente, e “virar” livro de papel, atingir a megastore, agitar o mercado, movimentar a mídia. Poderá virar best-seller e inaugurar novos nichos de literatura… Abram alas aos novos autores!
outubro 28, 2013 | Filed Under
Mercado Editorial |
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Apenas hoje consegui parar para realmente escrever sobre a notícia de minha ida para a editora Rocco no ano que vem.
Não, eu não briguei com a Leya, na verdade amo essa empresa e as pessoas de lá e elas entenderam a minha decisão. Não, eu não “fui demitido”; pelo contrário, durante esse tempo, nós batemos todos os recordes possíveis. Do livro mais vendido ao recorde de um lançamento. Do show nas Bienais até o crescimento de 100% na Bienal do RJ desse ano e esse trabalho continuaria se ampliando.
A questão foi a seguinte: por mais que o trabalho como editor me ensinasse muito, contribuísse com o grupo e ajudasse a abrir portas, com o tempo ele começou a conflitar com a carreira de escritor. Quem me acompanha pelas redes sociais sabe que tenho passado ultimamente muito mais tempo fora do que em casa, dentre compromissos e viagens. Para dar uma ideia, olhando a agenda aqui, só volto a ter um final de semana livre no Rio de Janeiro na segunda semana de dezembro (!)!
E o trabalho de editor, contudo, nunca termina. É preciso buscar novos títulos, consultar relatórios da empresa, conversar com autores, expor riscos aos superiores, pensar em estratégias de apresentação do livro, negociar com livreiros, reavaliar estratégias de livros que não funcionaram, avaliar novos trabalhos. É um trabalho intenso. A rotina me tomava o dia inteiro e passava a escrever entre 11 da noite e 4/5 da manhã. Algumas horas depois, já precisava estar de pé de novo ou para continuar a trabalhar no editorial (em dias de semana) ou para embarcar para eventos (em finais de semana). Havia dias em que dormia 3/4 horas e acordava de repente sem saber se estava em casa ou em um hotel.
Além disso, passei a ter contatos com produtores americanos de grandes estúdios, mas não havia como me dedicar a essas oportunidades não apenas pela parte criativa, como também pela parte logística. Seria humanamente impossível.
Logo, eu precisava escolher o que queria para mim no ano que vem.
E eu decidi.
Selo Fantasy
O selo Fantasy irá continuar e, mais, com todo o meu apoio. É um trabalho construído com muito detalhe e que hoje já anda sozinho.
Permaneço no cargo de coordenador editorial até o final do ano, e ainda iremos editar dois livros que tenho muita empolgação: “Wayne de Gotham” e “O Renegado”, da trilogia “Corações Valentes”. Além disso será lançado ainda a próxima HQ de “Guerra dos Tronos” e também continuo como curador da série “Wild Cards”, que logo terá o segundo livro lançado.
Por último, meus livros já publicados continuam na Leya, assim como meu carinho.
Rocco Jovens Leitores
A proposta do novo selo envolvendo a Rocco Jovens Leitores e a literatura fantástica nacional foi feita a mim e Carolina Munhóz, e permitia a possibilidade de projetar meus próximos anos já se me voltasse apenas aos futuros livros, além de alçar novos voos. Por ter vivido em uma época em que o autor nacional de literatura fantástica mal tinha voz ou relevância no grande mercado editorial, fico muito, muito feliz de ver o tratamento e a atenção possíveis hoje, dignos de autores internacionais do gênero.
A Rocco Jovens Leitores é um setor composto de um dos melhores catálogos de literatura fantástica do grande mercado e toda a sua equipe possui uma empolgação contagiante.
Além disso, voltar a me dedicar integralmente à carreira de escritor também me permite voltar a me dedicar ao mercado audiovisual. Por isso ficarei por um tempo na ponte aérea Rio de Janeiro – Los Angeles – New York, mas sem deixar de comparecer às feiras, Bienais e eventos em que encontramos leitores tão queridos de todo o país.
Amanhã embarco em férias merecidas para alguns lugares que sempre sonhei conhecer na Europa (bem, alguns deles envolvem pesquisa de campo, o que também é trabalho, mas continua divertido) e, da minha parte, só posso agradecer pelo apoio de tantos leitores que me trouxeram até aqui e dizer que o que está vindo está sendo construído com muita dedicação, paciência e suor. Espero que gostem do que virá por aí.
Como sempre, porém, queria aproveitar também para deixar meu sincero obrigado por manterem essa confiança que nos alimenta a cada dia. Esperamos continuar a ver a literatura fantástica nacional crescer nas livrarias, nas outras plataformas, em outros idiomas. Vê-la entreter, formar leitores, gerar reflexão.
Ver a literatura fantástica somar, não subtrair.
No final das contas, é esse o objetivo de todos nós: unirmos sonhos.
Obrigado por nos permitirem continuar a sonhar com vocês.
Como sempre, obrigado por manterem essa confiança que nos alimenta a cada dia. Esperamos continuar a ver a literatura fantástica nacional crescer nas livrarias, nas outras plataformas, em outros idiomas. Ver a literatura fantástica somar, não subtrair.
No final das contas, é esse o objetivo de todos nós: unirmos sonhos.
Obrigado por nos permitirem sonhar com vocês.
outubro 10, 2013 | Filed Under
Mercado Editorial |
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Entrevista para o indiano Foradian Technologies sobre literatura e tecnologia. // Interview for Indian Foradian Technologies about literature and technology.
Link original: http://foradian.com/post/63067462963/brazilian-bestseller-novelist-raphael-draccon-shares
Enjoy.
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Brazilian screenwriter, editor and novelist of the bestseller fantasy trilogy ‘Dragons of Ether’, Raphael Draccon talks with Foradian as he shares his views about writing and the latest trends in it. Any aspiring writer out there? Read on this interview to know how to reach out to your readers.
Q: Please introduce yourself to our readers.
Raphael: I’m Raphael Draccon, a Brazilian screenwriter, writer and editor, best known for the fantasy trilogy “Dragons of Ether.”
Q: Could you please tell us about the new trends in writing?
Raphael: A young reader today is a connected reader, who delights in sharing his tastes with others. He shares his opinions in a democratic way, with people with the same tastes around the country or even from other parts of the world. Reading has become a way of connecting with people that most of the time he doesn’t even meet. It’s a reader who sees the book as a part of a large multimedia wheel which involves telling a story. With this new perception, some new literary terms such as “young adult” and “new adult” born. Some genres didn’t stick so much like “sick lit”, which would be reserved for stories involving characters with dramas around diseases like cancer. The fantasy genre proved its popularity and after an era of “high fantasy” many authors today are tending to write history with more realistic bases, influenced by authors such as George RR Martin and the war scenes of Bernard Cornwell. This trend also follows screenwriters from superheroes series and movies.
Q.How technology plays a vital role in writing?
Raphael: Understand the relationship of people share with technology is vital for a writer in today’s time. Today, a book shares advertising space with games, movies and TV shows. A person on the subway decides whether to read a book or play a game on his phone. Connecting with this reader today is essential. There are no rules, no formulas, you just can’t ignore this new relationship.In addition, there are now computer programs that contributes with the writer schedule. That realizes what words were repeated too much, that allows you to make notes and compare chapters. To the writers of any media, this is an easy way of formatting scripts actually saves critical time. Technology doesn’t replace the talent but contributes to empower it.
Q.Discuss the ways by which we can promote articles?
Raphael: The internet allows the writer to remove any barrier between him and the public. Through blogs and specialized sites, a writer can have an almost immediate return of opinions of people. This makes their writing grow and make them learn to deal with criticism. Additionally, the ebook platforms allow them to offer their material directly to the public. On the other hand, this increases the amount of amateur material. It’s necessary that the author is aware of the right time to expose his articles.
Q.Tell us about your inspiration and what made you write?
Raphael: I came from a humble background and started very early in the martial arts path. Meeting a difficult reality and identifying myself with Eastern concepts since childhood, made me have two goals as a writer: write about spirituality and the search for a dream. My books talk about characters in search for themselves and about situations that they should give up. I see fantasy as a metaphor of our greatest human fears and anxieties.
Q.What advice you will give to upcoming writers?
Raphael:No successful writer has the same story. As Paulo Coelho once said, “It is necessary that each one builds their own way.” Nowadays, everyone is writing a book and for the writer, it’s necessary to know what differentiates him from thousands who want the same job. The internet can be an useful tool but we need to go beyond that. Spend more time complaining about life on the web than on the blank sheet or the screen that separates the dream from the accomplishment of it. There is no other way. You must take the risk of being a writer, before it gets any reputation for being a writer. The rest is writing for love.
Connect with Raphael:
https://twitter.com/raphaeldraccon
http://www.raphaeldraccon.com
E hoje é o aniversário da fada da nossa literatura e a mulher que se uniu à minha vida: Carolina Munhóz.
Mais do que uma companheira, hoje em dia ela se tornou um porto seguro. Uma pessoa que me trouxe um tipo de relacionamento em que a companhia complementa, não compete.
Escritores se relacionam bem com palavras, mas com ela os sentimentos não precisam ser descritos. Os trejeitos escorrem confissões. A fragilidade enaltece o carisma. A sinceridade enobrece a persistência de um espírito que não se quebra, ainda que a vida por muitas vezes teste sua rigidez.
Ela é a que insiste, a que brilha, a que cai, a que se ergue, a que se julga, a que perdoa, a que triunfa. Exatamente como todas as mulheres são capazes, mesmo que às vezes necessitem das palavras corretas.
Faço questão de lembrá-la o quanto ela é estonteante todos os dias, não porque ela não acredite, mas para que não se esqueça. Nenhuma mulher deveria se esquecer disso. E, caso isso esteja acontecendo, então ela ainda não encontrou um homem que a mereça.
Espero fazer por merecer sua companhia todos os dias e espero que você que esteja compartilhando um pouco dessa relação conosco tenha na sua vida o mesmo complemento que encontrei na minha.
Existem poucas, bem poucas coisas pelas quais vale à pena viver e morrer.
O amor é uma delas.
outubro 4, 2013 | Filed Under
Dragões & Éter |
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Chamada da revista O Grito! sobre minha passagem no próximo sábado na Bienal de Pernambuco.
Para acessar o link original com a programação completa, só clicar aqui.
Nos vemos lá!
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O escritor Raphael Draccon é um dos destaques (Divulgação)
A 9ª Bienal Internacional do Livro de Pernambuco divulgou a programação deste edição. Com o tema Literatura, futebol e identidades nacionais, o evento será realizado de 4 a 13 de outubro, no Centro de Convenções, em Olinda, no Grande Recife. A novidade é que este ano conta com atividades em outros espaços da Região Metropolitana.
Entre os convidados, destaque para Xico Sá, Lucilá Gonçalves e Marcelino Freire. Há destaque para a jovem literatura feita no Nordeste, com a presença dos autores Gero Camilo, Nelson Maca, Allan Jones, Ícaro Tenório, Helder Santos e Vertim Moura. Há também espaço para a literatura fantástica, com a presença de Raphael Draccon e policial, com o americano William Gordon, marido de Isabel Allende. Além de Gordon, as outras duas atrações internacionais são o angolano Pepetela e o britânico Hari Kunzru.
Com orçamento de R$ 3,6 milhões, o evento tem apoio de 30 entidades. Este ano, a Bienal viveu polêmicas com a Associação do Nordeste dos Editores e Distribuidores de Livros (Andelivros), que acusava a Cia de Eventos, que realiza a Bienal desde 2001 de uso indevido de marcas (entenda o caso aqui). [ComNE10]
MESAS DE DEBATE E APRESENTAÇÕES
Dia 05 de Outubro
14h – Encontro de blogueiros literários. Blogueiros e leitores batem papo e trocam experiências de leituras.
15h30 – Futebol é muita história – Carlos Lopes conversa com Inácio França e Marcos Guterman.
17h – Procura-se a literatura fantástica – Paulo Floro conversa com Rinaldo Fernandes e Raphael Draccon.
19h – Literatura em ponto de bala – Schneider Carpeggiani conversa com William Gordon.
outubro 3, 2013 | Filed Under
Agenda,
Dragões & Éter |
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Resenha de Huggo Core para o Legado das Palavras.
Link original aqui.
Enjoy.
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Na Estante – Resenha – Fios de Prata Reconstruindo Sandman
Olá leitores do Legado das Palavras. Finalmente conclui a resenha de um dos melhores livros nacionais de 2012, livro esse de um autor que eu, particularmente, considero um dos melhores do gênero fantástico no Brasil, Raphael Draccon, inclusive eu já resenhei o livro Dragões de Éter – Caçadores de Bruxas, clique e confira. Hoje, entretanto, não falarei sobre a continuação de Dragões de Éter, mas sim, de seu novo livro Fios de Prata – Reconstruindo Sandman, baseado (claramente) no universo criado pelo autor Neil Gaiman em Sandman. O livro é o apogeu da carreira do autor (e espero que ela ainda voe ao infinito e além), publicado pela editora Leya, possuí 352 páginas e simplesmente foi lançado na Bienal do Livro de São Paulo (onde eu garanti o meu exemplar). Sem mais delongas, vamos ao que interessa.
Na trama, é apresentado Mikael Santiago – conhecido como Allejo -, um jogador de futebol brasileiro cujo o passe, aos 22 anos, é o mais valioso da história do esporte. Tamanha é sua habilidade que chega até mesmo ser considerada quase sobrenatural. Allejo realizou o sonhos de milhares de crianças brasileiras e em meio a esse sonho vivido por ele, Mikael enfrenta algo terrível: há dezoito meses seu sono é preenchido por estranhos pesadelos em cenário tenebrosos e sombrios, sonhos tão vívidos e…reais, que penetram além do subconsciente. Allejo nem desconfia do fato de há muitos séculos, Madelein, A Senhora dos Sonhos Despertos, é a senhora de um condado no Sonhar, musa inspiradora de um babilônico número de grandes artistas, e também senhora de um condado do Sonhar, responsável pelo estímulo no sonhos dos mortais. Entretanto, após uma engenhosa trapaça de Morpheus, os milhões de sonhadores terrestres passam a celebrá-lo como o verdadeiro Lorde dos Sonhos. Ato que gera inveja e ressentimento entre muitas entidades; Madelein, por sua vez, enxergar aí uma chance de ascensão, seus atos desencadeiam uma guerra sem precedentes pelo Sonhar, envolvendo os três Deuses Morpheus, Phantasos e Phobetor, além de colocar me risco os fios de prata de mais de sete bilhões de sonhadores terrestres. Paralelo a isso, Allejo tem a alma de sua amada entrelaçada aos planos de Madelein, em meio a sonhos lúcidos e viagens astrais, Mikael parte até os confins do Sonhar para resgatar o espírito da mulher amada, no entanto, sem saber que ele próprio é a peça mais importante em meio a guerra onírica.
Só esta sinopse já é de tirar o fôlego, não? Desde que conheci o trabalho de Draccon tornei-me fã de seus estilo de escrita e também de suas histórias. Acompanhei de perto todo o lançamento e a divulgação deste livro, comprei ele quando fui na Bienal do Livro (como já dito), e comecei a leitura empolgado, a empolgação se tornou voracidade, pois, ao longo das páginas e no decorrer da história, tive a felicidade de te algo que ia além da bela capa, algo envolvente e maravilhoso.
E bem escrito.
Raphael Draccon está em sua melhor forma como escritor, o modo de descrever (objetos ou sentimentos) se engradeceu muito em comparação à trilogia Dragões de Éter, a narrativa é simplesmente (desculpem o trocadilho) fantástica! Os personagens são bem trabalhados e desenvolvidos, o destaque vai para Mikael/Allejo. O personagem usa frequentemente a frase “Por você eu iria até o inferno, Ariana!”, obviamente, seu grande amor; Allejo é drasticamente impelido a fazer essa jura de amor ir além do que meras palavras. Mikael vai do jovem que vivencia um sonho a uma herói implacável em busca de seu amor verdadeiro. Ponto de equilíbrio entre Mikael e seus pesadelos lúcidos, a ginasta Ariana, possuidora de uma personalidade forte, decidida e sempre com palavras de apoio e argumentos críticos quando necessário, agrega grande valor à trama, além de ser o alvo usado para atingir Allejo. Mas não espere um romance forçado e bonito como lido em diversas outras obras, o amor nasce e discorre naturalmente. Mas nem só de protagonistas vivem as histórias; Phobetor; Morpheus; Phantasos; Madelein; são os percursores da guerra seus diálogos, atitudes e descrição não fazem parecer menos.
Draccon oferece suspense, vingança, amor, ódio, ressentimento, lealdade de forma bem equilibrada em todo enredo; além de nos oferecer uma vastidão de referências ligadas a personagens marcantes e adorados por muitos, como por exemplo Allejo (ícone do jogos de videogame da série International Superstar Soccer do Super Nintendo e dos jogos International Superstar Soccer, International Superstar Soccer De Luxe e International Superstar Soccer 64 do Nintendo 64), entre tantos outros usaremos apenas este exemplo afim de evitar spoilers desnecessários.
Enfim, Raphael Draccon mostra porque é um dos nomes mais proeminentes da literatura fantástica nacional, além de se apresentar como um grande escritor cada vez mais, a cada nova obra. Sem dúvidas, Fios de Prata – Reconstruindo Sandman vale cada página lida.