Deuses também morrem…
E ele se foi.
Em outro post, na época da morte de Heath Ledger, havia comentado sobre como existe uma certa melancolia em ver partir tão cedo jovens extraordinariamente talentosos.
Em casos como dessas estrelas jovens, existe a melancolia, mas compreende-se o fato como realidade.
Em casos como o de Michael, não.
A realidade simplesmente não parece material. Não se explica a psique de quem viu o mito que uma supernova como Michael Jackson fora, que ela simplesmente se apagou.
Afinal, uma energia não pode ser destruída; apenas transformada.
E essa estrela se transformava em tantas faces, mas tantas faces, que era difícil acreditar que se tratava de um ser humano comum.
A atual geração conheceu o Michael dos escândalos e da excessiva e perturbadora perseguição da imprensa, mas da minha geração para as anteriores, o que as pessoas se lembram era do maior artista pop que já pisou nesse planeta.
Eu não testemunhei a revolução causada pelos Beetles, e ainda que tivesse visto, tenho certeza que colocaria Michael Jackson ainda acima do quarteto como o maior artista pop da história mundial.
Michael não revolucionou apenas o ramo musicial; ele revolucionou o conceito de indústria de entretenimento como um todo.
Seu álbum “Thriller” elevou a mídia a um novo patamar; suas coreografias inovadoras; sua forma própria de ser; seu marketing social; as criações digitais para dar vida a um universo fantástico próprio, digno de um autor de literatura.
Nunca acreditei em uma única acusação de pedofilia contra ele; e sempre estive pouco me lixando para a opinião da imprensa sensacionalista sobre sua carreira ou sua pessoa (ou como cantam os fãs: “fuck the impress, Michael you’re the best“). Existem forças judiciárias e espirituais para julgar inocentes e culpados neste planeta e além dele. E se o nome desse artista para uma pessoa remeter apenas a julgamentos próprios sobre fatos que desconhece, então é com essa pessoa que existem problemas.
O fato é que Michael Jackson simplesmente não era deste planeta; e imagino o quão difícil deva ter sido para ele ter enfrentado a missão de viver por aqui.
Músicas e videoclipes como “Thriller”, “Remember the time”, “Bad”, “Black or White” e, principalmente, “Moonwalker, me deram um fascínio pelo realismo mágico, que me levou a traçar meu caminho atual como escritor.
Eu aprendi a dançar “Billie Jean”, e fui mais uma das milhões de crianças ao redor do mundo que arrumou um chapéu para aprender as coreografias de “Smooth Criminal”.
E se bobear, ainda lembro os passos.
Michael nesse momento deve estar se encontrando com Lenon, e os dois provavelmente irão conversar sobre como fora difícil vir a um planeta tão atrasado, e tentar elevar um pouco que fosse a energia vibratória de tal esfera.
Provavelmente eles irão lamentar determinadas atitudes da raça humana em relação a eles, e, principalmente, em relação a si própria.
Entretanto, ainda assim eu acredito que quando olharem para baixo, e quando observarem os milhões de adultos que hoje ainda se lembram e agradecem por suas luzes em fases difíceis de serem esquecidas na mente, e mais ainda no coração, eles saberão que todo sacrifício valeu à pena.
A verdade é que hoje Nova Ether ganhou mais uma estrela.
E essa é uma estrela tão forte, que sua luz se traduz em um holofote capaz de cegar uma pessoa se ela não souber observá-la como deveria.
Brilhe em paz, Michael.
Comentários
uma resposta to “Deuses também morrem…”
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Nova Ether ganhou mais uma estrela, Michael transcendeu… o cara realmente impressionava!
Homenagem impar…
Parabéns