Matéria: Correio da Bahia – Bienal da BA 2013
Matéria de Alexandro Mota para Correio da Bahia sobre minha participação com Carolina Munhóz na Bienal da Bahia 2013.
Enjoy.
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Alexandro Mota
Ao sair de Cansanção, a 340 Km de Salvador, para participar, ontem, da Bienal do Livro da Bahia, o estudante Douglas Moura, 17 anos, ouviu dos pais: “Vá lá ver os velhos, os barbudos”. Tivessem eles acompanhado o rapaz veriam que os ‘queridinhos’ da literatura infantojuvenil nada têm a ver com essa figura: são, na verdade, jovens, conectados e curtem histórias de fadas e vampiros.
Também gostam de falar do relacionamento com as amigas e querem entender a cabeça dos pais. Ontem, no penúltimo dia da bienal, nomes como Thalita Rebouças, Raphael Draccon e Carolina Munhóz atraíram adolescentes, crianças, admiradores da literatura fantástica e interessados no universo teen. Thalita, pela primeira vez no evento, debateu sobre Traição entre Amigas, título do seu primeiro livro.
A jornalista divulga a segunda edição do livro Ela Disse, Ele Disse – O Namoro (Rocco), parceria com Maurício de Souza. No início de sua mesa, rolou até “parabéns” pelo aniversário da moça, na semana passada. E para quem acha que os adolescentes não leem, a estudante Adielle Lago, 15, garante: “Muitos têm lido mais, por causa de livros que falam de coisas que vivemos. Adoro Thalita por causa disso”.
Casados, Raphael e Carolina mataram curiosidades sobre suas carreiras. Ele, autor da série Dragões de Éter (LeYa). Ela, eleita a melhor escritora em 2011 com o livro A Fada (Novo Século). “É bom ser casado com um escritor, por ele entender que madrugada é hora de produzir, que estar em Salvador em pleno sábado não é pra ir à praia, mas para trabalhar”, disse ela. Draccon tirou risos da plateia. “Estou me sentindo o rei do camarote. Lotar um auditório da Bienal agrega valor”, brincou.
A apresentação precisou ser transferida de espaço devido ao grande público, de mais de 300 jovens. Provocados sobre referências estrangeiras, os autores rebateram com novidades: Carolina promete um livro ambientado no Rio de Janeiro. “O Brasil é muito rico pelo seu folclore, há muitas criaturas mágicas que precisam ser exploradas”, disse. “O público brasileiro aprendeu a apreciar seus autores desses estilo. Ter referências do exterior não é ruim”, completou Raphael, que elegeu Capitães da Areia, de Jorge Amado, como melhor livro que leu. “Olha, estou aqui hoje na terra do cara”, lembrou. A bienal termina hoje, com visitação das 10h às 22h. O ingresso custa R$ 4/ R$2.
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