Dragões de Éter no “Canto da Lilo”

Resenha de Lívia Lorena para o Canto da Lilo.

Link original aqui.

Enjoy.

***

Resenha – Dragões de Eter – Raphael Draccon



Autor: Raphael Draccon
Páginas: 440
Editora: Leya
Segunda Edição
Ano: 2010
Sinopse – Dragões de Éter: Caçadores de Bruxas – VOLUME 1 – Raphael Draccon
Nova Ether é um mundo protegido por poderosos avatares em forma de fadas-amazonas. Um dia, porém, cansadas das falhas dos seres racionais, algumas delas se voltam contra as antigas raças. E assim nasce a Era Antiga. Essa influência e esse temor sobre a humanidade só têm fim quando Primo Branford, o filho de um moleiro, reúne o que são hoje os heróis mais conhecidos do mundo e lidera a histórica e violenta Caçada de Bruxas. Primo Branford é hoje o Rei de Arzallum, e por 20 anos saboreia, satisfeito, a Paz. Nos últimos anos, entretanto, coisas estranhas começam a acontecer… Uma menina vê a própria avó ser devorada por um lobo marcado com magia negra. Dois irmãos comem estilhaços de vidro como se fossem passas silvestres e bebem água barrenta como se fosse suco, envolvidos pela magia escura de uma antiga bruxa canibal. O navio do mercenário mais sanguinário do mundo, o mesmo que acreditavam já estar morto e esquecido, retorna dos mares com um obscuro e ainda pior sucessor. E duas sociedades criminosas entram em guerra, dando início a uma intriga que irá mexer em profundos e tristes mistérios da família real. E mudará o mundo.

Opinião:

Fantástico. Literalmente. Antes de mergulhar de cabeça no mercado literário eu confesso que nunca tinha lida nada sobre Rafhael Draccon e seus livros, no entanto, logo que comecei a adentrar no ramo, seu nome foi citado como sendo um dos novos autores que vinham se destacando. Aos poucos fui me familiarizando com o seu trabalho e não demorou para eu sentir uma imensa vontade de conferir uma de suas obras e de quebra aprender um pouco mais sobre fantasia.  Eis que eu ganhei o livro Dragões de Éter – Caçadores de Bruxas,  já na terceira edição, de Natal e devido a fila de livros não lidos o deixei de lado. Tudo mudou quando curiosa, resolvi dar umas folheadas e foi então que eu não consegui mais largá-lo. Rafhael encontrou uma nova maneira de nos apresentar personagens muito conhecidos e eu confesso que quando li o capítulo um do livro, fiquei fascinada com a apresentação da primeira personagem fantástica e as razões que a transformaram numa lenda, e a cada página virada era uma nova surpresa.  Não, não vou dizer que tudo é original, pois assim como uma fórmula clássica de livros épicos, temos algumas coisas que justamente fazem jus ao gênero fantasia, mas nada deixa a desejar, mesmo o livro sendo gigantão. As personagens são cativantes, as histórias paralelas à principal são bem construídas e tudo nos faz chegar num desfecho único e interessante, onde todos os mistérios são solucionados. Aliais isso pra mim é uma das coisas mais legais do livro, já que as pontas são todas amarradas e dão ao leitor a sensação de que de fato um ciclo se fechou, mesmo ainda restando dois livros da série(Corações de Neve e Círculos de Chuva). Falando das histórias, acho que a única que não me cativou muito, foi a do pirata Jamil Coração de Crocodilo e a do gatuno Snail, as demais, todas me fizeram viajar por Andreanne. Parabéns ao autor por narrar o livro como um bardo, que a tudo presenciou e que de forma dinâmica, mesmo sendo cheia de detalhes, não cansa o leitor. A ideia de uma história assim, onde o narrador conta e conversa com quem está lendo, me pareceu apropriada e não vejo o livro escrito de outra forma.  Tendo mais dois livros para ler só espero profundamente que haja alguma ligação bem grande com os acontecimentos de Caçadores de Bruxas e que algumas personagens dessa primeira história estejam nas duas sequências.

Ah! O livro em si é todo bonitão e isso é crédito da Leya.
No mais, deu pra perceber as razões do sucesso do autor, que agora terá seus livros publicados também em língua espanhola.  Sucesso Rafhael! Graças a sua história, agora eu sei as razões por trás de muitos contos de fadas.
Espero que você tenha gostado.
Beijos e até a próxima!

EVENTOS SP: Campus Party 2013 & Encontro Fantasy: MRG – Rapaduracast

Galera de SP, semana que vem estarei por aí em dois eventos divertidíssimos: um na Campus Party e outro na Livraria Cultura.

Acompanhem:

1) BATALHAS DE SAGAS

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No dia 30/01, às 20h30, irei até a Campus Party 2013 defender As Crônicas de Gelo & Fogo em uma batalha contra O Senhor dos Anéis.

2) ENCONTRO FANTASY SP: MRG & RAPADURACAST

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Fantasy – Casa da Palavra, em parceria com a Livraria Cultura, irá promover dessa vez em Sampa City o encontro com dois dos maiores podcasts da internet brasileira: o RapaduraCast e o Matando Robôs Gigantes.

Iremos falar sobre cinema e literatura fantástica, brincar com o público, montar histórias ao vivo e registrar momentos divertidos e inesquecíveis, além de sortear alguns brindes e comentar em primeira mão sobre tudo o que vem por aí.

O evento também comemora o lançamento em SP do livro da Fantasy: “Filhos do Fim do Mundo“, de Fábio M. Barreto, e o pré-lançamento de “O Espadachim de Carvão“, de Affonso Solano.

Time RapaduraCast presente:

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Jurandir Filho

Draccon com camisa

Raphael Draccon

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Carolina Munhóz

Time MRG presente:

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Affonso Solano

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Diogo Braga

Participação Especial Iradex:

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Raphael PH Santos

Data: Sexta, 01/02

Local: Livraria Cultura, do shopping Bourbon

Horário: 19 hs

Após o evento haverá sessões de fotos e autógrafos.

Não deixem de aparecer. Tragam seus livros, amigos e familiares.

E sejam muito bem-vindos à fantasia.

Dragões de Éter no “Estórias de Carter”

Resenha de Jéssica Almeida para o “Estórias de Carter”.

Link original aqui.

Enjoy.

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SET

Sugestão de Leitura: Dragões de Éter – de Raphael Draccon

O título de um livro pode dizer muito de uma obra. E ao mesmo tempo pode dizer nada. É o que acontece com o primeiro volume da triologia de Dragões de Éter escrita pelo brasileiro (sim, você não leu errado) Raphael Draccon.

Quando você encara o livro pela primeira vez, acredita que está diante de alguma história que contenha batalhas épicas envolvendo heróis, dragões e, possivelmente, princesas indefesas e bruxas malvadas. Porém, devo dizer que Dragões de Éter é muito mais do que o título possa dar a entender. As batalhas épicas existem, assim como os heróis. Temos algumas princesas também, mas elas não são tão indefesas assim. E as bruxas, bem, você pode ter muita raiva delas no começo, mas aprenderá que nem toda magia é negra. E que bem toda bruxa é má.

Com capitulos curtos, Dragões de Éter – Caçadores de Bruxas tem um erredo sensacional que prende o leitor do inicio ao fim, fazendo releituras mais sombrias de alguns contos de fadas bem conhecidos por nós sem perder a originalidade.

Você não consegue encontrar um personagem principal, porque de alguma maneira, todos eles são importantissimos para a história que se desenrola e estão interligados. E assim como há dificuldade para se encontrar um protagonista, há também aquela dificuldade para se encontrar um personagem favorito, porque, sinceramente, seria egoísta demais se apaixonar por apenas um.

Venha ver como as histórias de Ariane Narin, João e Maria Hanson e Axel Brandford se cruzam com as de tantas outras pessoas no reino de Arzalum. Mas esteja com a mente bem aberta e preste atenção nos detalhes. Por que em narrativas como a de Draccon, a diferença entre uma virgula e um ponto final pode mudar o mundo.

Particularmente, eu me tornei grande fã da saga, mesmo sem ter termiando de ler o segundo livro e faço questão de indicar o livro para todos aqueles que gostam de uma boa aventura aliada a um pouco de mistério e uma dose certa, sutil, de romance.

Sequência: Caçadores de Bruxas é seguido dos volumes Corações de Neve e Circulos de Chuva, respectivamente.

“Dragões de Éter” no 15, Yemen Rode, Yemen

Resenha de Renata Aielo para o “15, Yemen Rode, Yemen”.

Link original aqui.

Enjoy.

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Dragões de Éter – Raphael Draccon

“A aposta da Leya no romancista Raphael Draccon começou em novembro de 2009. Entre os primeiros livros lançados pela editora no Brasil, publicamos o segundo volume da trilogia do autor: Dragões de Éter: Corações de Neve. Ao lançar o primeiro e o terceiro volume da coleção, os leitores poderão acompanhar, do início ao fim, a leitura desta aventura fantástica criada por Draccon. Com diversas referências contemporâneas, que vão de séries como Final Fantasy e contos de fada sombrios a bandas de rock como Limp Bizkit e Nirvana, A série Dragões de Éter constrói uma trama em que romances, guerras, intrigas, diálogos filosóficos, fantasia e sonhos juvenis se entrelaçam para construir uma jornada épica de profundidade espiritual.”

Sinceramente, esse livro deveria dispensar apresentações.
Imaginem um mundo mágico, com uma mitologia toda diferente das que conhecemos (parcialmente, ao menos) em que personagens de Contos de Fadas vivem. Imaginou? Bem, é exatamente assim o mundo fantástico que Raphael Draccon lançou.
Pra começar, o autor brasileiro (pois é gente, bra-si-lei-ro) merece TODOS os méritos do mundo por ter trazido, junto com a sua editora LeYa, as Crônicas de Gelo e Fogo, de George Martin, pro Brasil. Assim sendo, obrigada Draccon por fazer a minha vida melhor. Ao quadrado.
Bem, você pode estar pensando que com essa história toda de Contos de Fadas a narrativa pode ficar meio maluca. Pois é, é o que eu penso sobre essa trilogia até hoje. São os livros mais malucamente (e isso é um adjetivo que nem ao menos existe na língua culta) maravilhosos que eu já li.
A narrativa gira em torno – pelo menos inicialmente – de Ariane Narin ( aquela menina do capuz vermelho, sabe?), João e Maria Hanson (os irmãos marcados pelo episódio da Casa de Doces) e a família Real Branford, a família regente de Arzallum.
A partir daí, Draccon pega vários  personagens já conhecidos nossos junto com alguns novos e joga em uma guerra contra bruxas, piratas e facções de bandidos. Pois é gente, doido assim.
Sem falar do jeito como ele narra o livro. Draccon se passa por um desses bardos antigos de tabernas em que se você paga um copo de cerveja pro sujeito, ele conta uma história.
A genialidade do autor é tanta, mas tanta, que consegue te deixar abismado e quando você vê está no fim do livro. Dos três. E depois está chorando porque quer mais.
Eu, particularmente, prefiro os dois primeiros. Acho que se você é menina, assim como eu, vai ter a mesma opinião. Mas não que isso impeça a narrativa do livro.
Enfim, Raphael Draccon virou meu autor brasileiro favorito.

Triplobooks

Video-resenha bem completa de Mariana Medeiros para o Triplobooks. Interessante que ela faz um vídeo comentando com detalhes TODOS os meus livros já lançados até aqui.

Quem quiser conferir, só clicar abaixo.

Enjoy!

Random House

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A jornalista Raquel Cozer em sua coluna na Folha de São Paulo anunciou em primeira mão mais uma das novas casas editoriais da série “Dragões de Éter”.

Depois da GaiLivros e da Dom Quixote, de Portugal, agora faço parte oficialmente do hall de escritores da gigante editorial Random House.

Os direitos da série foram vendidos em língua espanhola para a Random House Mondadori, responsável pela publicação de autores como Lauren Kate, Rick Riordan e mesmo a hoje amiga querida Alyson Nöel.

Em passagem pela Feira de Frankfurt 2012, conheci o diretor editoral Cristóbal Pera, que me explicou do início do trabalho pelo braço da Random House no México.

Particularmente, a notícia me deixou muito feliz e me remeteu a uma experiência em fevereiro do ano passado. Conhecendo Nova Iorque pela primeira vez, lembro de me deparar com um painel imenso do livro Eragon, de Christopher Paolini, em um prédio envidraçado da Times Square.

Guiado apenas pelo instinto nerd de curiosidade, fui até o prédio ver do que se tratava e então descobri que estava no quartel-general da Random House americana.

A sensação de magnitude e empolgação daquele lugar para um escritor profissional provavelmente é semelhante a que um historiador sente ao adentrar pela primeira vez o Museu do Louvre.

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Por isso me foi tão surpreendente e marcante receber o contato da divisão editorial do grupo alguns meses após e, um ano depois, poder contribuir oficialmente com o trabalho de uma empresa que tanto admiro.

A Random House Mondadori hoje é um grupo editorial de língua espanhola formado em 2001 através de uma fusão da Random House com a editora italiana Mondadori.

Para ler a nota exclusiva de Raquel Cozer na coluna, só clicar aqui.

Por último, mais uma vez como sempre preciso agradecer o apoio e o carinho de tantas pessoas no trabalho realizado até aqui.

Obrigado por nunca; por nunca acordarem. Vocês são os donos dos meus sonhos.

Seja em que língua for.

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Babilônia 2013 – RJ

Queridos do RJ, espero de coração que vocês tenham sobrevivido à virada do ano de 2013 intactos, e, ao ler essas linhas, estejam com todos os pedaços de carne grudados no corpo.

Se isso aconteceu, inclusive, nós já temos uma data para nos encontrar (na verdade, se você houver se tornado um zumbi, compareça ainda assim que em eventos desse tipo será um popstar. Depois dele, não garanto, mas durante, com certeza!).

E ele é o Babilônia 2013.

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Galera do RJ, eu e Carolina Munhoz fomos convidados para o Babilônia, da Livraria Travessa. O Globo elegeu o evento como uma das 50 melhores atividades do verão carioca, logo, iremos nos esforçar para fazer algo extremamente marcante e divertido.
E para fechar com chave de ouro o evento, nosso mediador será ninguém menos que Affonso Solano, do Matando Robôs Gigantes e a partir de março também da Fantasy – Casa da Palavra.
O evento conta com distribuição de senha e é sujeito a lotação do auditório, mas mesmo que isso ocorra, ao final como sempre atenderemos todo mundo até nos expulsarem de lá.
Sejam sempre bem-vindos à fantasia.

Eu e Carolina Munhóz fomos convidados pela Babilônia Cultura Editorial para o evento na Livraria Travessa que O Globo elegeu como uma das 50 melhores atividades do verão carioca. Logo, iremos nos esforçar para fazer algo extremamente marcante e divertido.

E para fechar com chave de ouro, nosso mediador será ninguém menos que a barbicha mais irônica da internet brasileira: Affonso Solano, do Matando Robôs Gigantes e, a partir de março, também autor da Fantasy – Casa da Palavra.

O evento conta com distribuição de senhas e é sujeito à lotação do auditório, mas mesmo que isso ocorra, ao final como sempre atenderemos todo mundo até nos expulsarem de lá.

Sejam sempre bem-vindos à fantasia.

Feliz Natal 2012

Merry Christmas! =)

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“Fios de Prata – Reconstruindo Sandman” no Bunny Books

Resenha interessante da blogueira Priscila Boltão sobre “Fios de Prata – Reconstruindo Sandman”, concentrada não no livro em si, mas nas sensações sentidas por ela antes e durante a leitura.

Link original aqui.

Enjoy.

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Capa Fios de Prata

Fios de Prata – Raphael Draccon
Ano: 2012
Editora: Leya
Páginas: 352
Avaliação:
Mikael Santiago realizou o sonho de milhares de garotos. Aos 22 anos era o jogador brasileiro com o passe mais caro da história do futebol. Mas à noite os sonhos o amendrontavam. Às vezes, o que está por trás de um simples sonho – ou pesadelo – é muito maior que um desejo inconsciente. Há séculos, Madelein, atual madrinha das nove filhas de Zeus, tornou-se senhora de um condado no Sonhar, responsável por estimular os sonhos despertos dos mortais. Uma jogada ambiciosa que acaba por iniciar uma guerra épica envolvendo os três deuses Morpheus, Phantasos e Phobetor, traz desordem a todo o planeta Terra e ameaça os fios de prata de mais de sete bilhões de sonhadores terrestres. Envolvido em meio a sonhos lúcidos e viagens astrais perigosas, a busca de Mikael pelo espírito da mulher amada, entretanto, torna-se peça fundamental em meio a uma guerra onírica. E coloca a prova sua promessa de ir até o inferno por sua amada..
Gente, eu protelei essa resenha como fiz com ACedE pela mesma razão: o livro é bom demais para ser resenhado. E assim como com ACedE, a gente TEM que resenhar, porque como diria o Green (em ACedE mesmo), tem esses livros que a gente lê que nos preenchem de uma alegria religiosa e a gente passa a acreditar que o mundo só será inteiro de novo depois que todos no mundo tiverem lido o livro. É meio que meu caso com fios de prata.
(Na verdade, meu caso tá na segunda parte desse trecho de ACedE, quando ele diz que tem livros que são tão especiais pra gente que a gente nunca consegue dividir com as pessoas, porque são parte de quem somos… mas acho que é um egoísmo meu não falar de livros assim, quero dizer, eu já faço isso com Harry Potter).
Enfim, fios de prata. Tô enrolando porque não sei o que falar.
Vejam bem, eu nunca fui muito de autores nacionais. De verdade. Eu lia muitos quando era criança (Ruth Rocha, Ana Maria Machado e depois Pedro Bandeira por um tempão) e li Paulo Coelho (podem vir os haters, li mesmo) e um tempinho atrás li Augusto Cury, que é muito bom, mas não diria fantástico (Ele é brilhante, mas não gosto muito da escrita dele). Ah, li também autores espíritas.
Mas assim, esses autores mais “modernos”, Vianco, Draccon, Spohr, Munhoz (a feminista aqui dentro grita ao ver só uma mulher na lista) eu protelava pra “um dia”. Acabei lendo uns 3 do Vianco, gostei, mas empaquei com Sétimo e ele tá lá pegando pó.
Engraçado que escrevendo agora eu lembro de outros que li (Martha Argel por exemplo) mas aí é que tá, eu li. E não gravei na minha mente a coisa do OMG QUE AUTOR(A) MARAVILHOSO(A). Como acontece com Rowling e Green. E apesar de tais autores serem ÓTIMOS (falo até dos que não li porque acredito na fama deles) eu confesso, rolava preconceito. Que nem com cinema nacional, sabe? Quando te dizem “nacional” você meio que torce o nariz e pensa o que pode sair de bom do bananão.
Tá, você que tá lendo eu não sei, mas eu sei que fui, durante muito tempo, elitista e anti-nacionalista. Isso é uma questão mais política que literária, mas influi diretamente nas leituras, como vocês percebem. Mas isso vira assunto pra outro post (que pode vir a se chamar “Porque li crepúsculo quando podia estar lendo dragões de éter – preconceitos).
Eis que um dia minha amiga Kemy vem bem louca “Pri o Raphael Draccon vem pra Curitiba!” e eu “Raphael who?” (no kidding, eu não liguei nome a pessoa) e ela me lembrou dos dragões de éter.
Pausa. Vocês devem estar pensando “Bunny, você tá falando que odeia literatura nacional e nem conhecia o Raphael Draccon? WTF?”
Calma. Eu odiaVA e não conheCIA, tudo no passado.
Porque GENTE.
A coisa é que pensei, depois de começar o blog, que eu mesma quero escrever. E não quero que as pessoas me julguem só porque sou brasileira. E por isso, tinha que aprender a conhecer os autores brasileiros.
Comprei Fios de Prata – no preço base salgadinho mesmo, porque não daria tempo de pedir online e esperar entregar. Vocês devem ter notado, tenho um fraco por autógrafos. Pego mesmo de autores que não li porque, se eu ler e gostar um dia, eu quero ter autografado (traumas de ter perdido a Lauren Kate em Curitiba).
E fui. Fui com Kemy pra Cultura ver quem era o tal Draccon.
Gente.
Em uma hora, mais ou menos, falando, o cara subiu trocentas posições no meu ranking de autores lindos amados. Fiquei RETARDADA na hora de tirar foto. Nem postei sobre o que ele falou naquele dia (e foi interessante!) porque eu fiquei meio retardada demais pra organizar as idéias pra postar (como fiz com Tahereh). Sei que peguei autógrafo, tirei foto e fiquei toda boba com meu livro novo.
A gente sempre corre um risco nessas horas, quando cria uma expectativa, porque o cara podia ser genial mas não bom autor, ou a história podia não me conquistar…. preocupação a toa. Com fios de prata, cada uma das minhas expectativas foi superada.
Aqui começa o porque essa resenha é difícil.
O Draccon tem uma escrita de dar inveja em uma pobre aspirante como eu. Ou em qualquer escritor famoso. Desde a primeira página do prefácio, você está fisgado. Não estou brincando nem exagerando quando digo, as frases de efeito do texto não eram só boas. Elas me davam arrepios. É impressionante, mas pouquíssimos livros que já li me dão essa experiência: cada palavra você sente o frio na espinha, aquela empolgação e adrenalina e um pouco de medo pelo que vai acontecer, e você já não vê as palavras tão bem montadas, você as sente, você vê o cenário.
“Sete bilhões de fios de prata.”
Sério, dá arrepio até de repetir e lembrar.
Tão vendo a dificuldade? Essa é uma sensação que não pode exatamente ser descrita. Assim como os soluços em ACedE e as noites sem dormir de HP, são coisas que não dá pra simplesmente colocar em palavras.
(Ironia das ironias, é que essa sensação indescritível vem das próprias palavras.)
É uma coisa tão forte que demorei a me dar conta, e só percebi que não tinha mais como escapar do envolvimento com o livro quando Ariana – a “mocinha” do livro, embora essa palavra não chegue aos pés de Ariana Rochemback – fazia sua apresentação de solo e Alejo – o mocinho, mas taí outra palavra que não procede para o maior sonhador de todos os tempos – se apaixonava perdidamente. Porque nessa sequencia toda, eu simplesmente tremia de empolgação pelos dois, sentia aqueles arrepios, sorria feito uma idiota e confesso que mal me lembro onde estava ou o que fazia. Só existia o livro.
Aliás, o livro não existia: existiam Ariana e Alejo.
A construção do livro é extremamente minuciosa. As mudanças de ponto de vista, que no começo me deixaram apreensiva, logo se tornam naturais. Até a construção do texto, os pronomes – Alejo, Mikael, Beliel, o Guerreiro, O Santo – tudo faz a leitura fluir de um jeito que você se molda as palavras e nem percebe. O tipo do livro que faz você desligar o mundo a sua volta.
Não vou mentir: é um livro difícil. Os planos de guerra engendrados nos Reinos do Sonhar me deram um nó nas idéias algumas vezes. Levei um mês pra terminar aquelas 350 páginas. Mas eu sou ocupada, e tudo, e cada minuto acordada parecia insuficiente para o livro. Só o que eu pensava o tempo todo era “meu deus, preciso terminar aquele capítulo!”.
E também, se fosse um livro “fácil” eu não estaria elogiando loucamente.
A história, muito bem contada, me deixou aflita, arrancando os cabelos, sem folego, que é tudo o que se espera de um bom livro (um ótimo nesse caso). Tive que me conter 90% do tempo pra não ir lá no twitter do Draccon e esbravejar “COMO ASSIM? COMO VOCÊ FAZ UMA COISA DESSA?” ou “ME DIGA QUE VAI FICAR TUDO BEM PELAMOR!” ou “OMG MY FEELS SDJFLKSJDLKFJSALDKJ” (tumblr users get it). Tudo em Caps mesmo. Tava descontrolada.
Mas o que quero dizer é: valeu cada segundo. Porque o final – coisa mais LINDA – respondeu cada mistério, cada linha que parecia perdida, cada palavra dita ao acaso. Muitas coisas NÃO foram ditas, e ainda assim explicadas (tô esperando até agora alguém me perguntar da velhinha do começo pra eu explicar.). E me arrancou muitas lágrimas e sorrisos. Eu ria e soluçava sem saber bem qual dos dois fazer primeiro. Quando cheguei na última página, minha vontade foi de nunca fechar aquele livro e devolver à estante, só continuar ali, admirando aquelas palavras finais.
Enfim. Eu não sei mais o que dizer além de “leiam pelamordedeus” pra que vocês entendam o que quero dizer. Quem curtiu Dragões de Éter vai amar. Quem curtiu Senhor dos Anéis e/ou Harry Potter vai amar (rola uma discussão sobre isso no livro inclusive). Quem curtiu Sandmann vai amar.
Percebam que não contei quase nada da história. É difícil contar sem spoilers. Mas basta que vocês saibam que é sobre sonhos, dos que dormem e dos despertos, almas, deuses ambiciosos e amor. Amor, muito, que é o que move os sonhos. Na vida real e no livro. E merece a leitura, mesmo que você leve 2013 todo pra ler, ou um mês como eu, ou menos tempo, mas faça um esforço e LEIA. Porque garanto que quando chegar no final, você não vai se arrepender. Você vai dizer “Putz, a Bunny tinha razão, minhas emoções estão em caquinhos e estou adorando.”
Ouso dizer que o Gaiman himself aprovaria totalmente essa reconstrução de Sandmann. Sem sombra de dúvida. Porque com certeza, no bosque onde crescem as árvores dos autores, a do Draccon tá ali do ladinho da do Gaiman, dando frutos pra caramba. (Referência, Bunny? Sim, leiam o livro!). Meu único arrependimento é não ter lido os livros dele antes.
Enfim. Depois desse livro fiquei completamente inspirada e cheia de livros nacionais de repente.
Em resumo? Perfeito. Só isso. E inspirador.
Só tenho a agradecer ao Draccon por ter escrito Fios de Prata.
Parei a rasgação de seda. O próximo post será no natal, com uma boa nova ;)

Fios de Prata – Raphael Draccon

Ano: 2012

Editora: Leya

Páginas: 352

Avaliação:

Mikael Santiago realizou o sonho de milhares de garotos. Aos 22 anos era o jogador brasileiro com o passe mais caro da história do futebol. Mas à noite os sonhos o amendrontavam. Às vezes, o que está por trás de um simples sonho – ou pesadelo – é muito maior que um desejo inconsciente. Há séculos, Madelein, atual madrinha das nove filhas de Zeus, tornou-se senhora de um condado no Sonhar, responsável por estimular os sonhos despertos dos mortais. Uma jogada ambiciosa que acaba por iniciar uma guerra épica envolvendo os três deuses Morpheus, Phantasos e Phobetor, traz desordem a todo o planeta Terra e ameaça os fios de prata de mais de sete bilhões de sonhadores terrestres. Envolvido em meio a sonhos lúcidos e viagens astrais perigosas, a busca de Mikael pelo espírito da mulher amada, entretanto, torna-se peça fundamental em meio a uma guerra onírica. E coloca a prova sua promessa de ir até o inferno por sua amada..

Gente, eu protelei essa resenha como fiz com ACedE pela mesma razão: o livro é bom demais para ser resenhado. E assim como com ACedE, a gente TEM que resenhar, porque como diria o Green (em ACedE mesmo), tem esses livros que a gente lê que nos preenchem de uma alegria religiosa e a gente passa a acreditar que o mundo só será inteiro de novo depois que todos no mundo tiverem lido o livro. É meio que meu caso com fios de prata.

(Na verdade, meu caso tá na segunda parte desse trecho de ACedE, quando ele diz que tem livros que são tão especiais pra gente que a gente nunca consegue dividir com as pessoas, porque são parte de quem somos… mas acho que é um egoísmo meu não falar de livros assim, quero dizer, eu já faço isso com Harry Potter).

Enfim, fios de prata. Tô enrolando porque não sei o que falar.

Vejam bem, eu nunca fui muito de autores nacionais. De verdade. Eu lia muitos quando era criança (Ruth Rocha, Ana Maria Machado e depois Pedro Bandeira por um tempão) e li Paulo Coelho (podem vir os haters, li mesmo) e um tempinho atrás li Augusto Cury, que é muito bom, mas não diria fantástico (Ele é brilhante, mas não gosto muito da escrita dele). Ah, li também autores espíritas.

Mas assim, esses autores mais “modernos”, Vianco, Draccon, Spohr, Munhoz (a feminista aqui dentro grita ao ver só uma mulher na lista) eu protelava pra “um dia”. Acabei lendo uns 3 do Vianco, gostei, mas empaquei com Sétimo e ele tá lá pegando pó.

Engraçado que escrevendo agora eu lembro de outros que li (Martha Argel por exemplo) mas aí é que tá, eu li. E não gravei na minha mente a coisa do OMG QUE AUTOR(A) MARAVILHOSO(A). Como acontece com Rowling e Green. E apesar de tais autores serem ÓTIMOS (falo até dos que não li porque acredito na fama deles) eu confesso, rolava preconceito. Que nem com cinema nacional, sabe? Quando te dizem “nacional” você meio que torce o nariz e pensa o que pode sair de bom do bananão.

Tá, você que tá lendo eu não sei, mas eu sei que fui, durante muito tempo, elitista e anti-nacionalista. Isso é uma questão mais política que literária, mas influi diretamente nas leituras, como vocês percebem. Mas isso vira assunto pra outro post (que pode vir a se chamar “Porque li crepúsculo quando podia estar lendo dragões de éter – preconceitos).

Eis que um dia minha amiga Kemy vem bem louca “Pri o Raphael Draccon vem pra Curitiba!” e eu “Raphael who?” (no kidding, eu não liguei nome a pessoa) e ela me lembrou dos dragões de éter.

Pausa. Vocês devem estar pensando “Bunny, você tá falando que odeia literatura nacional e nem conhecia o Raphael Draccon? WTF?”

Calma. Eu odiaVA e não conheCIA, tudo no passado.

Porque GENTE.

A coisa é que pensei, depois de começar o blog, que eu mesma quero escrever. E não quero que as pessoas me julguem só porque sou brasileira. E por isso, tinha que aprender a conhecer os autores brasileiros.

Comprei Fios de Prata – no preço base salgadinho mesmo, porque não daria tempo de pedir online e esperar entregar. Vocês devem ter notado, tenho um fraco por autógrafos. Pego mesmo de autores que não li porque, se eu ler e gostar um dia, eu quero ter autografado (traumas de ter perdido a Lauren Kate em Curitiba).

E fui. Fui com Kemy pra Cultura ver quem era o tal Draccon.

Gente.

Em uma hora, mais ou menos, falando, o cara subiu trocentas posições no meu ranking de autores lindos amados. Fiquei RETARDADA na hora de tirar foto. Nem postei sobre o que ele falou naquele dia (e foi interessante!) porque eu fiquei meio retardada demais pra organizar as idéias pra postar (como fiz com Tahereh). Sei que peguei autógrafo, tirei foto e fiquei toda boba com meu livro novo.

A gente sempre corre um risco nessas horas, quando cria uma expectativa, porque o cara podia ser genial mas não bom autor, ou a história podia não me conquistar…. preocupação a toa. Com fios de prata, cada uma das minhas expectativas foi superada.

Aqui começa o porque essa resenha é difícil.

O Draccon tem uma escrita de dar inveja em uma pobre aspirante como eu. Ou em qualquer escritor famoso. Desde a primeira página do prefácio, você está fisgado. Não estou brincando nem exagerando quando digo, as frases de efeito do texto não eram só boas. Elas me davam arrepios. É impressionante, mas pouquíssimos livros que já li me dão essa experiência: cada palavra você sente o frio na espinha, aquela empolgação e adrenalina e um pouco de medo pelo que vai acontecer, e você já não vê as palavras tão bem montadas, você as sente, você vê o cenário.

“Sete bilhões de fios de prata.”

Sério, dá arrepio até de repetir e lembrar.

Tão vendo a dificuldade? Essa é uma sensação que não pode exatamente ser descrita. Assim como os soluços em ACedE e as noites sem dormir de HP, são coisas que não dá pra simplesmente colocar em palavras.

(Ironia das ironias, é que essa sensação indescritível vem das próprias palavras.)

É uma coisa tão forte que demorei a me dar conta, e só percebi que não tinha mais como escapar do envolvimento com o livro quando Ariana – a “mocinha” do livro, embora essa palavra não chegue aos pés de Ariana Rochemback – fazia sua apresentação de solo e Alejo – o mocinho, mas taí outra palavra que não procede para o maior sonhador de todos os tempos – se apaixonava perdidamente. Porque nessa sequencia toda, eu simplesmente tremia de empolgação pelos dois, sentia aqueles arrepios, sorria feito uma idiota e confesso que mal me lembro onde estava ou o que fazia. Só existia o livro.

Aliás, o livro não existia: existiam Ariana e Alejo.

A construção do livro é extremamente minuciosa. As mudanças de ponto de vista, que no começo me deixaram apreensiva, logo se tornam naturais. Até a construção do texto, os pronomes – Alejo, Mikael, Beliel, o Guerreiro, O Santo – tudo faz a leitura fluir de um jeito que você se molda as palavras e nem percebe. O tipo do livro que faz você desligar o mundo a sua volta.

Não vou mentir: é um livro difícil. Os planos de guerra engendrados nos Reinos do Sonhar me deram um nó nas idéias algumas vezes. Levei um mês pra terminar aquelas 350 páginas. Mas eu sou ocupada, e tudo, e cada minuto acordada parecia insuficiente para o livro. Só o que eu pensava o tempo todo era “meu deus, preciso terminar aquele capítulo!”.

E também, se fosse um livro “fácil” eu não estaria elogiando loucamente.

A história, muito bem contada, me deixou aflita, arrancando os cabelos, sem folego, que é tudo o que se espera de um bom livro (um ótimo nesse caso). Tive que me conter 90% do tempo pra não ir lá no twitter do Draccon e esbravejar “COMO ASSIM? COMO VOCÊ FAZ UMA COISA DESSA?” ou “ME DIGA QUE VAI FICAR TUDO BEM PELAMOR!” ou “OMG MY FEELS SDJFLKSJDLKFJSALDKJ” (tumblr users get it). Tudo em Caps mesmo. Tava descontrolada.

Mas o que quero dizer é: valeu cada segundo. Porque o final – coisa mais LINDA – respondeu cada mistério, cada linha que parecia perdida, cada palavra dita ao acaso. Muitas coisas NÃO foram ditas, e ainda assim explicadas (tô esperando até agora alguém me perguntar da velhinha do começo pra eu explicar.). E me arrancou muitas lágrimas e sorrisos. Eu ria e soluçava sem saber bem qual dos dois fazer primeiro. Quando cheguei na última página, minha vontade foi de nunca fechar aquele livro e devolver à estante, só continuar ali, admirando aquelas palavras finais.

Enfim. Eu não sei mais o que dizer além de “leiam pelamordedeus” pra que vocês entendam o que quero dizer. Quem curtiu Dragões de Éter vai amar. Quem curtiu Senhor dos Anéis e/ou Harry Potter vai amar (rola uma discussão sobre isso no livro inclusive). Quem curtiu Sandmann vai amar.

Percebam que não contei quase nada da história. É difícil contar sem spoilers. Mas basta que vocês saibam que é sobre sonhos, dos que dormem e dos despertos, almas, deuses ambiciosos e amor. Amor, muito, que é o que move os sonhos. Na vida real e no livro. E merece a leitura, mesmo que você leve 2013 todo pra ler, ou um mês como eu, ou menos tempo, mas faça um esforço e LEIA. Porque garanto que quando chegar no final, você não vai se arrepender. Você vai dizer “Putz, a Bunny tinha razão, minhas emoções estão em caquinhos e estou adorando.”

Ouso dizer que o Gaiman himself aprovaria totalmente essa reconstrução de Sandmann. Sem sombra de dúvida. Porque com certeza, no bosque onde crescem as árvores dos autores, a do Draccon tá ali do ladinho da do Gaiman, dando frutos pra caramba. (Referência, Bunny? Sim, leiam o livro!). Meu único arrependimento é não ter lido os livros dele antes.

Enfim. Depois desse livro fiquei completamente inspirada e cheia de livros nacionais de repente.

Em resumo? Perfeito. Só isso. E inspirador.

Só tenho a agradecer ao Draccon por ter escrito Fios de Prata.

Parei a rasgação de seda. O próximo post será no natal, com uma boa nova ;)

Encontro Fantasy no Rio de Janeiro – Dom 09/12

fantasyfestival

Meu povo amado do Rio de Janeiro, convocação geral: NESSE domingo tem a Festa da Fantasy – Casa da Palavra, no Calabouço FunFest, na Tijuca!

Eu e Carolina Munhoz nos uniremos com a galera do Matando Robôs Gigantes e do Rabisco na Mesa para um megaevento com direito a música, bate-papo, autógrafos e cerveja medieval.

A entrada custa 1 kg de alimento para caridade ou R$5 de entrada.

Esperamos TODO MUNDO lá!

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