Círculos de Chuva próximos

Acabei a última leitura de “Dragões de Éter – Círculos de Chuva”.

Essa semana a capa oficial deverá ficar pronta, e provável que eu já tenha uma sinopse e as primeiras páginas para download por aqui.

Foi interessante reler o material agora, já que este é o livro mais rápido que terminei de escrever, repassei o arquivo e vi começar a ser trabalhado por uma editora, situação bem diferente da de quando estamos ainda batalhando pelas primeiras publicações.

Reler a obra agora de uma maneira menos imersa me fez vê-la com olhos de leitor, relembrar passagens e se deixar levar pela história.

A sensação que tenho após o fim da leitura é a mesma que tive ao terminar o livro anterior: “Dragões de Éter – Corações de Neve” era ainda melhor que “Dragões de Éter – Caçadores de Bruxas”.

E “Dragões de Éter – Círculos de Chuva” é ainda melhor que “Dragões de Éter – Corações de Neve”.

Espero que em breve possamos trocar opiniões.

Sonhem conosco.

Sempre.

Resenha de “Dragões de Éter” no “Divagações”

Resenha da leitora Bizinha no “Divagações de uma mente fora de órbita”, que, além de ser uma dessas leitoras ávidas, também adora caçar e descobrir livros diferentes e interessantes da literatura produzida aqui.

Link original aqui.

Enjoy.

***

“Dragões de Éter – Caçadores de Bruxas” de Raphael Draccon

Essa resenha é de um livro que tenho com muito carinho, primeiramente pela forma como o encontrei, sozinho e perdido no canto de uma prateleira da livraria enquanto eu tentava trocar um livro que ganhei repetido, mas também por nunca ter ouvido falar do livro antes desse dia. É um livro extraordinário e sempre que alguém lê depois da minha indicação me pergunta em seguida “Mas como que ninguém divulga esse livro?”, bem, também não sei… De qualquer forma, “Caçadores de Bruxas” é o primeiro livro de uma série de pelo menos três, “Corações de Neve” já foi publicado e “Círculos de Chuva” que está previsto para agosto de 2010.

.o O o.

Dragões de Éter – Caçadores de Bruxas
Raphael Dracoon
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DRACOON, Raphael. Dragões de Éter: Caçadores de Bruxas. 1.ed. São Paulo: Editora Planeta. 2007. 420 p.

SOBRE O AUTOR
Raphael Draccon é roteirista profissional e autor de literatura fantástica contemporânea, ficção de horror e romances sobrenaturais. É o autor mais jovem a assinar com os braços nacionais de duas das maiores holdings editoriais do mundo, e roteirista premiado pela American Screenwriter Association.

SOBRE O LIVRO

Nova Éter não é um lugar comum. À primeira vista, pode até parecer que seja, mas a verdade é que apesar de tudo se mostrar tão concreto e palpável, ele pode ser alterado a qualquer momento. Isso se dá porque esse é um lugar que existe apenas enquanto os semideuses (filhos dos deuses) queiram que ele exista, basta que eles esqueçam do mundo por um instante que tudo deixa de existir. Parece complicado? Isso é porque ainda não ouvisse a história de alguns moradores de lá…
O bardo que narra o livro nos leva ao principal reino de Nova Éter, governado pelo Rei dos reis, Primo Brandford. Este reino prospera após uma terrível página de sua história, uma página cheia de bruxas praticantes de magia negra, que foram aniquiladas após a Caça às Bruxas, mas que antes causaram danos terríveis. Apesar do período de calmaria, o povo ainda lembra dos sofrimentos dessa época, e sob o manto de perfeição que cobre o reino, ainda restam as cicatrizes desse passado sombrio.
E acompanhando Ariane, Anísio, Axel, Branca, João, Liriel, Maria, Snail por um mundo de fadas, bruxas, orcs, anões, reis e piratas, o leitor descobre que o que o manto cobria não eram apenas cicatrizes, haviam ainda feridas abertas. Pelas páginas conhecemos melhor os personagens enquanto eles também descobrem a si mesmos. Nenhum dos personagens é linear, todos guardam alguma surpresa páginas a frente; pode-se até ter um preferido, mas dificilmente não se vai gostar de todos eles. Fora a surpresa de se encontrar diversas referências a histórias já consagradas. E para quem acha que é impossível se conseguir uma boa história misturando as partes mais sombrias dos contos de fadas, aviso que o impossível não existe num mundo feito de éter.

FRASES

“Primeiro, o assassino. Certo, se você está acompanhando e entendendo a narração dessa história, considero que está do ponto de vista humano da narrativa, e, por esse prisma, o lobo gigantesco nada mais é que um assassino de senhoras solitárias e indefesas. Mas você não pensaria assim se compreendesse os fatos pelo lado animal da história.” p.19

“É interessante como é penas em momentos como aquele de Maria, quando se está sozinho e em silêncio, que as pessoas podem fazer uma autocrítica sincera sobre as próprias atitudes diante da vida.” p.65

“- Resolvi seguir seu conselho, mesmo porque esse dia me pareceu propício para agir de forma diferente à que tenho costumado agir. Você quer saber realmente por que voltei aqui após ser escorraçado como um cachorro, Liriel Gabbiani?
‘Eu reespondo: resolvi fazer um favor de graça a alguém, ao menos uma vez em minha vida.’” p.394-395

“Dragões de Éter – Caçadores de Bruxas” de Raphael Dracoon

Essa resenha é de um livro que tenho com muito carinho, primeiramente pela forma como o encontrei, sozinho e perdido no canto de uma prateleira da livraria enquanto eu tentava trocar um livro que ganhei repetido, mas também por nunca ter ouvido falar do livro antes desse dia. É um livro extraordinário e sempre que alguém lê depois da minha indicação me pergunta em seguida “Mas como que ninguém divulga esse livro?”, bem, também não sei… De qualquer forma, “Caçadores de Bruxas” é o primeiro livro de uma série de pelo menos três, “Corações de Neve” já foi publicado e “Círculos de Chuva” que está previsto para agosto de 2010.

.o O o.

Dragões de Éter – Caçadores de Bruxas
Raphael Dracoon
DRACOON, Raphael. Dragões de Éter: Caçadores de Bruxas. 1.ed. São Paulo: Editora Planeta. 2007. 420 p.

SOBRE O AUTOR
Raphael Draccon é roteirista profissional e autor de literatura fantástica contemporânea, ficção de horror e romances sobrenaturais. É o autor mais jovem a assinar com os braços nacionais de duas das maiores holdings editoriais do mundo, e roteirista premiado pela American Screenwriter Association.

SOBRE O LIVRO

Nova Éter não é um lugar comum. À primeira vista, pode até parecer que seja, mas a verdade é que apesar de tudo se mostrar tão concreto e palpável, ele pode ser alterado a qualquer momento. Isso se dá porque esse é um lugar que existe apenas enquanto os semideuses (filhos dos deuses) queiram que ele exista, basta que eles esqueçam do mundo por um instante que tudo deixa de existir. Parece complicado? Isso é porque ainda não ouvisse a história de alguns moradores de lá…
O bardo que narra o livro nos leva ao principal reino de Nova Éter, governado pelo Rei dos reis, Primo Brandford. Este reino prospera após uma terrível página de sua história, uma página cheia de bruxas praticantes de magia negra, que foram aniquiladas após a Caça às Bruxas, mas que antes causaram danos terríveis. Apesar do período de calmaria, o povo ainda lembra dos sofrimentos dessa época, e sob o manto de perfeição que cobre o reino, ainda restam as cicatrizes desse passado sombrio.
E acompanhando Ariane, Anísio, Axel, Branca, João, Liriel, Maria, Snail por um mundo de fadas, bruxas, orcs, anões, reis e piratas, o leitor descobre que o que o manto cobria não eram apenas cicatrizes, haviam ainda feridas abertas. Pelas páginas conhecemos melhor os personagens enquanto eles também descobrem a si mesmos. Nenhum dos personagens é linear, todos guardam alguma surpresa páginas a frente; pode-se até ter um preferido, mas dificilmente não se vai gostar de todos eles. Fora a surpresa de se encontrar diversas referências a histórias já consagradas. E para quem acha que é impossível se conseguir uma boa história misturando as partes mais sombrias dos contos de fadas, aviso que o impossível não existe num mundo feito de éter.

FRASES
“Primeiro, o assassino. Certo, se você está acompanhando e entendendo a narração dessa história, considero que está do ponto de vista humano da narrativa, e, por esse prisma, o lobo gigantesco nada mais é que um assassino de senhoras solitárias e indefesas. Mas você não pensaria assim se compreendesse os fatos pelo lado animal da história.” p.19

“É interessante como é penas em momentos como aquele de Maria, quando se está sozinho e em silêncio, que as pessoas podem fazer uma autocrítica sincera sobre as próprias atitudes diante da vida.” p.65
“- Resolvi seguir seu conselho, mesmo porque esse dia me pareceu propício para agir de forma diferente à que tenho costumado agir. Você quer saber realmente por que voltei aqui após ser escorraçado como um cachorro, Liriel Gabbiani?
‘Eu reespondo: resolvi fazer um favor de graça a alguém, ao menos uma vez em minha vida.’” p.394-395

Dia 15/06 – Presentes de aniversário

Nesse dia 15/06 tive um bom aniversário.

Ganhei alguns presentes interessantes:

- Vitória (sonolenta) do Brasil contra a Coréia (país criador do Taekwondo) na Copa.

- Liberação de 80 “Dragões de Éter – Caçadores de Bruxas”que haviam sobrado no estoque da Planeta para bibliotecas de cidades pequenas do interior de SP, que clamam por doações.

- A primeira prova digital de “Dragões de-Eter – Círculos de Chuva”.

- Confirmação de convite para participar do RPGCon, no início de julho, em SP.

Em suma: ótimos presentes para um mesmo dia, não?

Agradeço também a todos pelas mensagens recebidas por e-mail, twitter, facebook e orkut.

Sonhem conosco.

Resenha de “Dragões de Éter” no “Lugar Distante”

A resenha dessa vez vem do simpático Lugar Distante.

Link original aqui.

Enjoy.

*****

Dica de Leitura: Dragões de Éter – Caçadores de Bruxas

Essa é uma indicação de leitura que já queria fazer há algum tempo. Vou contar antes que conheci Dragões de Éter pela internet, em minhas pesquisas para as postagens do LugarDistante, no blog do autor Raphael Draccon. Encontrei no início desse ano numa livraria por aqui, um exemplar de DE, da edição da editora Planeta, edição que já é considerada rara. Tive uma epifania na hora. Mas vamos a resenha;

Dragões de Éter é narrado por um bardo, ou o que parece ser, um ótimo contador de histórias; Ele o convida pra se sentar, pois ele tem uma grande história para contar. Narra as aventuras, desventuras, provações, descobertas, de uma gama de personagens principais; Todos jovens, em idade ou espírito, que vivem num mundo de fantasia, Nova Éter. Nesse mundo, há um reino perfeito, com seu Rei perfeito, que prospera após uma era sombria, um período difícil que ficou conhecido como Caça às Bruxas. Uma era que os praticantes de magia negra, as bruxas, foram caçados e destruídos; Após vinte anos, o Rei, que sagrou-se como grande herói responsável pelo período de paz, governa.
Porém, coisas estranhas subitamente começam a acontecer, coisas que remontam do período de Caça às Bruxas. Coisas que as pessoas desejam esquecer. Que ameaçam essa nova paz. Os personagens, cada um da sua maneira, enfrentam suas batalhas, suas provações; Aprendem a fazer escolhas que podem decidir o destino de muitos, assumem responsabilidades. Suas histórias vão se encaixando e se ligando numa trama cheia de mistérios, revelações, e fantasia.
Dragões de Éter é um livro que nos mostra uma nova fantasia, resgates de histórias antigas, fantasiosas, presentes em nossos sonhos e imaginário, da época da infância. Tem muitas referências culturais, que vão desde livros, a bandas de rock, e games. Uma narrativa super bem construída, personagens carismáticos, que se encaminha para um grande final. O livro que é nacional, é um bom exemplo da qualidade da nossa literatura, que não perde em nada para qualquer outra. Um livro que resgata o poder da imaginação, da verdadeira fantasia, presente em cada um de nós.

Aqui o trailer do livro:



O livro já tem uma continuação, volume dois, que é Dragões de Éter – Corações de Neve; e outro volume três, Dragões de Éter – Círculos de Chuva, prometido para Agosto desse ano. Mais detalhes no blog do autor: http://www.raphaeldraccon.com/blog/

Sonhem conosco.

Resenha de “Dragões de Éter” no “Sobre Livros”

Resenha dessa vez vinda do site SobreLivros, um portal com resenhas e promoções que indico como referência.

Link original aqui.

Enjoy.

***

Resenha: Caçadores de Bruxas – Raphael Draccon

quinta-feira, maio 27, 2010 17:30

Postado na Categoria Resenhas
21 Comentários

Olá leitores do Sobre Livros! Primeiramente quero me desculpar pelo meu sumiço. Uma série de eventos ocorreram nesses últimos dias que impossibilitaram minha plena dedicação ao site, e digo mais, informo que só não cheguei ao estado de demência por ter sido conduzida, em momentos desesperadores, para o mundo de Nova Ether.

Mas como toda boa narrativa, vamos começar do princípio. A alguns bons dias, Sherlock e eu estávamos decidindo quais seriam os próximos livros em que eu deveria adquirir e conferir. Argumentei advertindo minha curiosidade no livro Dragões de Éter – Caçadores de Bruxas, e Sherlock concordou plenamente. E foi esse aí um grande feito, porque fui apresentada a um mundo divertido, emocionante e repleto de surpresas aos quais eu nunca imaginaria…

O autor. Apresento-lhes um autor da mais alta estirpe: Brasileiro! São por caras assim que tenho orgulho de ser brasileira, acredite! Raphael Draccon é autor de literatura fantástica contemporânea, ficção de horror e romances sobrenaturais, além de roteirista. Nasceu no Rio de Janeiro, e aos 22 anos escreveu este romance que vou resenhar agora.

Dragões de Éter – Caçadores de Bruxas se passa em um reino que só existe graças a um Criador, um semideus. E mais incrível é que, na maioria dos contos, para um deus existir é imperativo ter devotos que tenham fé nesse deus. Mas em Nova Ether isso é inverso. Para essa terra mágica existir o seu Criador deve manter seus pensamentos voltados a ela.

O livro começa narrando uma história muito triste, de uma garotinha que perde sua avó de forma trágica: um lobo faminto devora a avó diante aos olhos da neta. Ela é Ariane Narin, uma garota que fará parte de suas mentes enquanto viajam por esse universo.

Também somos apresentados a dois irmãos, Maria e João Hanson, que, igualmente a pequena Narin não permitirão que viajemos a Nova Ether sem nos deixar uma marca. Os dois foram vítimas de uma terrível bruxa que com a inteligência de Maria e esperteza de João, foi subjugada. Curiosos em conhecê-los? E olha que até o momento falei apenas dos plebeus. Vamos à realeza?

 

O Contador da história também nos apresenta a Família Real Branford. Isso mesmo! Família Real! Somos apresentados ao Rei Primo Branford, o Maior Rei de todos os reinos. Nasceu plebeu, mas galgou o merecido cargo real devido sua belíssima atuação na Caçada das Bruxas. A rainha Terra, não é uma simples rainha, deixe-me acrescentar.

A Rainha-Fada Terra era uma avatar do Criador. Isso quer dizer que ela era uma representação física do seu Criador, mas enquanto exercia suas obrigações como Fada se apaixonou por um grande guerreiro, e o Criador deu a ela a mortalidade para que pudesse viver ao lado de seu amor Primo.

Linda história, certo? Mas acalme-se, tem mais… Temos dois galantes príncipes! Suspiro! O primeiro príncipe e herdeiro da coroa, Anísio Branford é tudo que se espera de um futuro Rei. Desde cedo ele foi preparado para ser o próximo líder daquela nação.

O segundo príncipe, e se posso omitir minha opinião: para esse príncipe meu suspiro é maior… é Axel Branford. Axel (acho que posso chamá-lo assim, afinal ele povoou meus sonhos nesses últimos dias) é extremamente devoto a sua plebe. Sempre freqüenta onde o povo está, e é um excelente pugilista. Assim concluo, Anísio é amado pela nobreza e Axel pela plebe.

E também temos o perfeito vilão! Mas por favor, não se apressem a julgá-lo! Primeiro deixe-me adverti-los que Jamil Coração de Crocodilo é o filho de nada mais, nada menos, que o perverso e mais temido pirata Gancho. Isso mesmo, filho bastardo do Capitão Gancho! Só isso deveria rendê-lo uns 20% de absolvição de seus pecados…

Sem palavras para descrever como essa história me envolveu e cativou. A cada página virada percebemos como o autor amarra as histórias ora apresentadas sem nexo. Contos de fadas as quais, quando criança eu não via sentido, são apresentadas neste livro de forma surpreendente, pois o autor as descreve de maneira factível.

Surpreendente, envolvente e cativante. Três termos que ainda não descrevem com perfeição aquilo que senti por este livro ao virar a última página. Dragões de Éter – Caçadores de Bruxas entrou para meus livros prediletos e já estou sedenta para conhecer o próximo livro da série, Corações de Neve. Boa Leitura!

Mais informações sobre a série “Dragões de Éter” no site:
http://www.sobrelivros.com.br/info-dragoes-de-eter-raphael-draccon/

Os 10 melhores livros nacionais de literatura fantástica

O Listas Literárias divulgou o resultado de uma enquete feita entre seus visitantes, sobre os 10 melhores livros nacionais de literatura fantástica.

Segue o resultado abaixo. Link original aqui.

Agradeço os votos.

Sonhem conosco.

***

1 – Dragões de Éter – Caçadores de Bruxas, de Raphael Draccon [47%] [Mais sobre o livro]
2 – A batalha do apocalipse: Da queda dos anjos ao crepúsculo do mundo, de Eduardo Spohr [14%] [Mais sobre o livro]
3 – Filhos de Galagah, de Leandro Reis [8%] [Mais sobre o livro]
4 – Aura de Asíris, de Rafael Lima [8%] [Mais sobre o livro]
5 – Sagas de Hartvellir: A guerra dos dragões, de M. H. Prado [6%] [Mais sobre o livro]
6 – A fome de Íbus: Livro do dentes-de-sabre, de Albarus Andreo [ 4%] [Mais sobre o livro]
7 - O desejo de Lilith, de Ademir Pasacale [4%] [Mais sobre o livro]
8 – Um mundo perfeito, de Leonardo Brum [4%] [Mais sobre o livro]
9 – A guerra das sombras – O livro de Ariela, de Jorge Tavares [2%] [Mais sobre o livro]
10 – Além da terra do gelo, de Victor Maduro [2%] [Mais sobre o livro]

Resenha Dragões de Éter, por Eduardo Spohr

E o escritor Eduardo Spohr, autor do eletrizante livro cult nerd “A Batalha do Apocalipse”, minha atual leitura, e um dos nerdcasters do Jovem Nerd, fez uma resenha sobre “Dragões de Éter – Corações de Neve” em seu blog Filosofia Nerd.

Segue abaixo a opinião do autor, que, aliás, não apenas é um contador de histórias muito acima da média, como uma pessoa íntegra que merece todo sucesso que anda acumulando.

Link original aqui.

Enjoy.

*****

Resenha: “Dragões de Éter – Corações de Neve”

Capa de “Dragões de Éter – Corações de Neve”, da editora Leya

Conheci o Raphael Draccon no início do ano, quando fui convidado a gravar o podcast Papo na Estante, conduzido pelos excelentíssimos senhores Thiago Cabello e J.G. Valério (O Nerd Escritor). A conversa fluiu super bem, todos com as mesmas ideias e conceitos sobre métodos de trabalho e ética profissional. Como o Raphael também mora no Rio de Janeiro, marcamos de tomar um café e daí começou a nossa amizade.

Já no primeiro encontro, senti que estava diante de um profissional talentoso e disciplinado, e de uma pessoa honesta e simples. Ele surgiu com essa ideia de trocarmos os nossos livros (“A Batalha do Apocalipse” e “Dragões de Éter”), e acabamos nos tornando fãs um do outro.

Esta semana terminei de ler o segundo volume da sua série literária – “Corações de Neve” –, e estou postando a resenha em primeira mão, aqui no Filosofia Nerd. Quem ainda não leu, atente ao aviso sobre spoilers, no final do texto.

SEM SPOILERS

De cara, o que mais impressiona na obra de Draccon é o talento que ele tem para escrever. Eu, pessoalmente, tive que ralar e treinar muito para desenvolver meu estilo, mas o Raphael parece que nasceu com um dom especial para a coisa. Posso dizer, com toda a sinceridade, que a habilidade com que ele conduz a narrativa é diga de grandes autores brasileiros.

O texto de Raphael Draccon tem algo de poesia – ou, melhor, é pura poesia, aliada à prosa. Nada mais coerente com um cenário habitado por criaturas de contos de fadas do que uma metáfora para as questões humanas mais profundas.

DAQUI PARA BAIXO, SPOILERS

“Dragões de Éter – Corações de Neve” surpreende por sair do lugar comum. Em meio ao hype da literatura povoada por magos e guerreiros, este romance não é apenas uma aventura, é uma releitura das histórias e mitos antigos. Aqui não há grandes combates em feras aladas, cavaleiros de armaduras ou bruxos lançando seus feitiços – na verdade, até há, mas este não é o atrativo do livro. A obra triunfa em suas metáforas, nos seus diálogos cheios de significados e no sentido de nos fazer ver além da forma, enxergando assim a mensagem.

Exemplar autografado

Aos que ainda não leram DdE e se arriscaram a bisbilhotar estas linhas, eu aconselho que encarem o romance sem preconceitos, tendo certeza de que não verão um “Eragon” ou mesmo um “Senhor dos Anéis”. O que pode parecer uma desvantagem para alguns é o diferencial para outros – foi assim que Draccon consegui se destacar em meio à infinidade de histórias fantásticas disponíveis no mercado.

NOVA ETHER E SEUS PERSONAGENS

O cenário por onde caminham os nossos heróis é o reino de Nova Ether, que apresenta-se como um reflexo dos sonhos e da imaginação dos seres humanos do mundo real – exatamente por isso, aqui tudo é possível.

O meu personagem preferido é o príncipe Axel Branford, um herói no sentido mais clássico do termo – e acredito que este também seja o favorito de Draccon, pois o jovem monarca rouba a cena com seu treinamento e combate no torneio de pugilismo Punho de Ferro. Neste ponto, dá para identificar bem as referências aos filmes de Bruce Lee e a identificação com a Jornada do Herói, com a queda e o renascimento de Branford – Axel é quem mais aprende ao longo da história, e nós também aprendemos com ele.

Outra figura que me cativou foi o famosíssimo Robert de Locksley, uma versão etérea de Robin Hood, com seu time de seguidores, tais como John Pequeno e o frei Tuck.

NÚCLEOS

A obra é dividida em núcleos de personagens, semelhantes às estruturas de roteiro de seriados de TV, no melhor estilo “Lost” e “Heroes”. Isso é natural, uma vez que Draccon também é roteirista, e domina muito bem a linguagem cinematográfica.

Dragões de Éter, em detaque na estante

Outro destaque vai para a parte gráfica. A capa e a formatação de “Dragões de Éter – Corações de Neve” são belíssimas. Se você, como eu, gosta de ter um belo livro na estante, não vai se arrepender.

Aguardo ansiosamente o lançamento do próximo livro da série. O volume é precedido por “Caçadores de Bruxas” e será seguido por “Círculos de Chuva”.

Dia do Orgulho Nerd

super-nerd-interviewee

(Além também do Dia da Toalha, em homenagem ao Douglas Adams, do Guia dos Mochileiros da Galáxia, mas isso é outra história)

E não adianta quererem criticar; como citado no post sobre Eragon: os nerds hoje comandam o mundo.

E falando nisso, por acaso você conhece o Manifesto com os direitos e deveres dos nerds mundiais?

O fato é que ninguém – mesmo o troglodita mais bombado da sua academia – não vive hoje sem celular, iphone, msn, orkut, facebook, youtube, twitter, blue-ray, blog, playstation, e sabe-se lá mais o que vier a tomar vida por causa de um geek (o nerd viciado em tecnologia).

O cinema se rendeu às adaptações de quadrinhos. Os acionistas tiveram de admitir que a indústria de games é a indústria de entretenimentos mais lucrativa do mundo. A presença de Neil Gaiman já causa rebuliços maiores do que determinados rock stars. Mangás de Naruto entraram na lista dos livros mais vendidos do New York Times!

Logo, aquele sujeito que apanhava na escola, sendo humilhado todos os dias pelos valentões porque usava bermuda na altura do umbigo e era buscado na escola pela avó, hoje são chefes de websites e corporações de milhões de dólares! E na maioria das vezes, antes dos 30!

http://farm1.static.flickr.com/35/101665997_40f424268d_o.jpg

(jogador de futebol? Não, a boa agora é ser geek…)

Até mesmo a fantasia, que antes era algo renegado a grupos nerds do meio rpgístico (ouvi falar de “Senhor dos Anéis” na sexta série, quando era um pirralho pré-adolescente e o livro era cult; em vez de pop), hoje é o estilo literário mais popular do mundo. Harry Potter chegou; Crepúsculo hoje comanda; e os eventos de Anime e seus Cosplayers são mais requisitados do que a presença de políticos em CPIs.

Um dos homens mais ricos do mundo (não por acaso) é um dos maiores geek do mundo.

http://www.solarnavigator.net/sponsorship/sponsorship_images/bill_gates_time_magazine_cover_april_1984.jpg

(nesse exato momento, para ler isso aqui você está usando alguma coisa que esse cara pensou…)

O próximo dono do mundo também.

(… e se não está é porque está usando outra vinda desse aqui.)

As mulheres mais quentes de Hollywood estão admitindo serem fãs de quadrinhos, e pedindo para interpretarem as heroínas.

http://jovemnerd.ig.com.br/wp-content/uploads/img_meganfox_2107_41.jpg

(é, ela não apenas estrelou Transformers; ela é nerd assumida…)

E o presidente mais poderoso do mundo não apenas é um nerd assumido, como foi salvo pelo Homem-Aranha…

http://img509.imageshack.us/img509/1272/barackvm5.jpg

… e estrelou uma edição própria como um poderoso bárbaro.

http://mypetjawa.mu.nu/archives/barrack_the_barbarian.jpg

(é, é ele mesmo…)

E advinha qual o programa de humor mais assistido dos EUA?

O que eu podemos concluir com isso?

É maravilhoso viver para ver essa revolução.

nerd3

(“o nerd de hoje é o cara lindo do amanhã…”)

Logo, para finalizar, segue abaixo os direitos e deveres do Manifesto Mundial desse dia, com comentários extras by myself.

Enjoy.

DIREITOS

1. O direito de ser ainda mais nerd. – É óbvio; ou do contrário de onde virá a evolução tecnólógica dessa planeta? Da casa do BBB?

2. O direito de não sair de casa. – As garotas podem vir até seu cafofo conhecer seu douby surround…

3. O direito de não gostar de futebol ou de qualquer outro esporte. – Ou de jogá-los no X-Box, Wii ou Playstation…

4. O direito de se associar a outros nerds. – Pois para isso um nerd árabe criou o Orkut…

5. O direito de ter poucos (ou nenhum) amigo. – Já que o Second Life é virtual…

6. O direito de ter tantos amigos nerds quanto quiser. – Pois ninguém comanda o mundo sozinho, e futura fusões de empresas são essenciais para o crescimento dos negócios…

7. O direito de não ter que estar “no estilo”. – O que por si só já se traduz em um estilo…

8. O direito ao sobrepeso (ou subpeso) e de ter problemas de vista. – Pois não existe nerd feio; existe nerd pobre…

9. O direito de expressar sua nerdice. – E ganhar dinheiro com ela…

10. O direito de dominar o mundo. – Exercido muito bem.

DEVERES

1. Ser nerd, não importa o quê. – Afinal, a vida precisa ter graça…

2. Tentar ser mais nerd do que qualquer um. – Pois a concorrência hoje já está absurda sem as cotas de reserva de vagas…

3. Se há uma discussão sobre um assunto nerd, você tem que dar sua opinião. – Ou isso vai se acumular no seu corpo e gerar câncer…

4. Guardar todo e qualquer objeto nerd que você tenha. – No futuro eles irão valer milhares de dólares no e-bay…

5. Fazer todo o possível para exibir seus objetos nerds como se fosse um “museu da nerdice”. Pois a arte não foi feita para ser guardada…

6. Não ser um nerd genérico. Você tem que ser especialista em algo. – Já que é com isso que irá ganhar dinheiro.

7. Assistir a qualquer filme nerd na noite de estréia e comprar qualquer livro nerd antes de todo mundo. - Pois você tem de ser o primeiro a escrever no seu blog sobre a qualidade da adaptação!

8. Esperar na fila em toda noite de estréia. Se puder ir fantasiado, ou pelo menos com uma camisa relacionada ao tema, melhor ainda. – E ainda ser fotografado para o Sedentário, o Omelete, o Jovem Nerd, o Herói, a Dragão Brasil…

9. Não perder seu tempo em nada que não seja relacionado à nerdice. – Ou seja: arrume garotas nerds como Megan Fox!

10. Tentar dominar o mundo! – Exercido muito bem.

Certo, não levem esse Manifesto tão a sério.

Devemos ser nerds, devemos ser geeks, mas esportes, artes marciais ou qualquer outra arte como forma de expressão, e encontros com o sexo oposto não apenas são extremamente prazerosos, como expandem a criatividade para expandir e revolucionar o universo afronerdístico.

O fato é que o mundo já é dos nerds.

E quer saber? Eu tenho o maior orgulho disso…

Rio

Já viram o simpático, divertido e fenomenal primeiro trailer de “Rio”, nova animação do brasileiro Carlos Saldanha, diretor responsável pela série “A Era do Gelo”?

Saldanha gerou tanto dinheiro com a série anterior, que hoje em dia ele tem liberdade dentro do estúdio para filmar até mesmo a lista telefônica dele.

Sorte nossa.

Enjoy.

Reflexão com estilo

Sabe, às vezes é interessante termos uma análise de fora sobre algum processo em que estamos envolvidos com intensidade demais.

No caso, o comentário da leitora Aline, que está lendo Dragões de Éter – Corações de Neve, acabou fazendo isso comigo.

“O discurso do Anísio foi ótimo! ^^ (”mesmo um conteúdo fraco pode ser facilmente disfarçado e bem vendido por uma boa apresentação.”) hahaha O que acho interessante no Raphael Draccon é que diferente de outros escritores que nos contam as histórias nas páginas dos livros, ou mesmo diferente daqueles que parecem materializar a história diante de nós de forma tão real que parece que estamos lá! cada um com seu mérito… Raphael é diferente… com sua escrita ele consegue fazer parecer que ele próprio está alí; sentado ao seu lado te contando a coisa toda. da pra escuta-lo contando com a própria voz alí ao pé da cama. é um estilo diferente! e a referencia aos clássicos, aos contos de fada! é sempre divertida! ^^ muito bom ver como ele usa elementos tão conhecidos de forma tão original!

Aline

É, até que ela me fez pensar sobre o assunto e faz sentido…

Como sempre é enriquecedor conhecer opiniões dos leitores.

Sonhem conosco.

Sempre.

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